abril 14, 2014

[Livros] Primeiro Amor - James Patterson

Título Original: First Love
Autores: James Patterson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788581633909
Classificação★★★★★
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Quando recebi o livro Primeiro Amor, lançamento de abril da Editora Novo Conceito, imaginei que esse seria apenas mais um romance adolescente. Me enganei, afinal James Patterson provou mais uma vez que é um autor versátil e dentre os diversos gêneros literários que escreve, também sabe emocionar com um bom romance. Dessa vez, ele traz um drama que vai conquistar os fãs de A Culpa é das Estrelas e levar os mais sentimentais às lágrimas.

A capa do livro não me chamou atenção, espero que a editora possa caprichar um pouco mais numa próxima edição, quem sabe. Mas a diagramação e os detalhes adicionados à cada início de capítulo dão um charme todo especial à história. Além disso, capítulos curtos que fazem a leitura fluir. É uma história bonita, que pode ser lida em uma tarde, sem esforço algum.

Patterson nos traz a história de Alexandra Moore, uma jovem careta, nerd, apaixonada por livros que tem uma queda, pra não dizer um tombo, por seu melhor amigo Robinson. Axi, como é chamada pelo amigo, perdeu uma irmã para o câncer e viu sua família se deteriorar depois disso. Vivendo com o pai alcoólatra que mal sabe cuidar de si próprio, ela decide fugir de casa. 

Claro, a garota não espera embarcar nesse plano de fuga sozinha, ela convida o melhor amigo para ir com ela, afinal ele é totalmente o oposto de Axi. Engraçado, carismático e malandro, Robinson é o melhor parceiro de fuga que Alexandra poderia desejar. Ela o chama de Patife, ele a chama de MC - menina careta. Os dois se tornam não só parceiros de fuga, mas também parceiros de crime. 

Cometendo delitos de cidade em cidade, os dois não pensam nas consequências, vivem como Bonnie e Clyde, roubando carros, dormindo ao relento e fazendo o que podem para se divertir e esquecer os problemas dos quais fugiram. Eles só ligam para o hoje, porque sabem que a vida nem sempre dá oportunidade de um amanhã, então devem aproveitar cada segundo dessa viagem e tentar transformar essa amizade em um amor de verdade. 

É uma leitura mais que recomendada. Vocês vão torcer para esses dois, rezar para que eles criem juízo e recordar como é bom ter um primeiro amor. Num mundo onde nada é certo, estamos todos numa estrada e não sabemos onde esta vai dar. É preciso fechar os olhos, aproveitar a viagem e amar como se não houvesse amanhã.

"- Acho que acabei de viver o melhor momento da minha vida.
Comecei a rir como uma idiota, porque isso era exatamente o motivo pelo qual fomos até ali, o que eu queria proporcionar a ele.
Carpe diem. O hoje, afinal, era tudo o sabíamos ter." (p. 62)

Sinopse: Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.

"(...) - Entre os genes cancerígenos da família Moore e, digamos o aquecimento global, qualquer filho que eu viesse a ter estaria condenado. Ele nasceria com olhos azuis e uma bomba-relógio dentro dele, exatamente como o resto da minha família. Isso é que é receber uma mão difícil nesse jogo de cartas. - Tentei não soar tão amarga quanto eu me sentia.
Robinson estava lentamente acariciando meus dedos.
- Mas os olhos azuis seriam lindos - ele provocou, baixinho." (p. 180)


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