novembro 21, 2014

[Livros] Vermelho Como o Sangue - Salla Simukka - Trilogia da Branca de Neve #1

Título Original: As Red As Blood
Autor: Salla Simukka
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
Gênero: Ficção, Suspense, Policial
País: Finlândia
ISBN: 9788581635798
Classificação★★☆☆☆
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Vermelho Como o Sangue era um dos lançamentos mais aguardados da Novo Conceito. Lamento dizer, mas foi também uma das minhas maiores decepções literárias. Vendido como um romance policial, passa longe do gênero. É uma história fraca que mal se sustenta até o final. Não há mistério, não há surpresa. Os personagens são rasos e tudo é bastante dedutível. 

A narrativa gira em torno de Lumikki, uma garota de dezessete anos que vive sozinha e aparentemente é bem durona. Ela não tem amigos, vive isolada e faz o possível para chamar pouca atenção. Sem querer, Lumikki esbarra numa enorme quantia de dinheiro. O problema é que esse dinheiro é sujo. Literalmente sujo, afinal, ele está coberto em sangue. O acaso, o destino e a curiosidade de Lumikki vão envolvê-la numa conspiração bastante previsível e pouco plausível. Assassinatos, roubos, corrupção, tudo isso com leves toques de contos de fada.

A autora brinca com as histórias dos contos e as adapta para o mundo real, onde não há bondade, justiça ou honestidade. A protagonista é o tipo de mocinha badass (fodona) que escapa de toda e qualquer situação, desarmando bombas com chiclete num estilo bem MacGyver. Os acontecimentos são muito surreais e a 'máfia' parece com aqueles personagens idiotas e atrapalhados que estão sempre escorregando na casca de banana. 

O dinheiro está ligado a três jovens (dois deles bem inúteis para a trama - e Elisa) que estavam bêbados quando o pacote foi jogado no quintal. Como algo típico de pessoas que estão levemente alteradas, eles se enrolaram com ele. Elisa é uma patricinha metida e é também filha de um policial da Narcóticos. A narrativa vai seguindo, os problemas vão surgindo e Lumikki vai se envolvendo com o problema que nem era seu. Elisa se apega à ela e no meio do interesse, surge uma amizade. Para mim tão forçada quanto o livro todo parece ser. Os outros dois, como eu disse inúteis, só observam e vez ou outra abrem a boca para dar algum palpite idiota.

Seja qual tenha sido a intenção de Salla Simukka, não deu certo. É o tipo de livro que te deixa com aquela cara de ué. Eu procurei, procurei, procurei um final, algo que valesse a pena na leitura, mas não encontrei. É uma trama intrincada, mas que em nenhum momento evolui ou se intensifica. Não é que a história seja ruim, apenas poderia ter sido melhor trabalhada e infelizmente introduz uma trilogia, a expectativa para os próximos livros? Que mudem minha opinião sobre a trilogia e tenham finais mais interessantes.

"Ela era a peça o quebra-cabeça que não tinha seu próprio lugar, mas poderia de repente preencher quase qualquer buraco que fosse necessário. Ela não era como os outros. Ela era exatamente como os outros." (p. 28)

Sinopse: No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue. Aos 17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas perfeitos. Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus negócios. Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.

"Não procure o poder por vingança. Procure o poder para evitar situações que a fariam querer vingança." (p. 57)

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