outubro 27, 2014

[Livros] Para Onde Ela Foi - Gayle Forman

Título Original: Where She Went
Autor: Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
Gênero: Ficção, Romance
País: EUA
ISBN: 9788581635675
Classificação★★★★☆
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Intenso. Para Onde Ela Foi é mais do que a versão de Adam da história. É a sequência da decisão de Mia em Se Eu Ficar e tudo em que essa escolha culminou, as partes boas e em especial, as ruins. Tudo - tudo mesmo - o faltou no primeiro livro foi trabalhado neste. A narrativa de Gayle, mais sólida, consistente e sensível conseguiu me emocionar dessa vez e o personagem principal, com quem eu não havia conseguido criar um vínculo antes, agora tem minha admiração.

O final do primeiro livro foi previsível e clichê, mas se enganou quem pensou que a história acabava aí. Eu, inclusive, me enganei. Gayle Forman deixou o melhor para a continuação. As consequências da escolha de Mia são expostas em Para Onde Ela Foi e o leitor vai se questionar junto ao protagonista - dessa vez, Adam - o que aconteceu entre ele e a garota que ele amava. Onde eles perderam o ritmo e começaram a desafinar.

Se você ainda não leu Se Eu Ficar, essa resenha não é para você. Aqui começam os spoilers sobre o livro anterior. Depois de sair do coma e 'decidir' ficar, Mia não foi mais a mesma. Ela interiorizou toda a sua raiva e foi embora. De cara pode parecer meio estranho (para mim, pelo menos foi bem estranho). Por que ela decidiria ficar com Adam para depois partir? É o que o rapaz vai procurar entender o livro todo. 

Mia terminou com ele e seguiu sua vida. Simples assim! Ela decidiu seguir sua carreira de violoncelista e estudar na Juilliard. A vida ficou complicada e o amor não foi o bastante. Mas foi ela quem escolheu isso. O livro mostra a percepção de Adam, em primeira pessoa. Em contraposição ao livro anterior, dessa vez o questionamento é outro. E se eu não tiver escolha? 

Poucas vezes na literatura, eu vi o ponto de vista masculino do término de um namoro. Sem dramas ou inseguranças, Adam só quer entender o porquê. Mia decide de uma hora para outra apagar os dois anos que eles passaram juntos. É triste ver um relacionamento acabar quando para um dos dois ainda não havia terminado. O roqueiro entra em depressão, passa a sofrer de ansiedade e se vicia em remédios. Apesar de sua carreira estar em ascensão, ele se sente cada dia mais no fundo do poço. É o paradoxo da vida de um astro, brilhante de longe e destruído por dentro.

Quando Mia terminou com ele, Adam se trancou no quarto e compôs freneticamente. Suas letras cheias de revolta e raiva levaram a banda às paradas de sucesso, mas o guitarrista não tem mais sua musa inspiradora e a banda já não se entende tão bem. Na trama, conhecemos mais sobre o mundo das celebridades, afinal, a Shooting Star agora é famosa. Muito famosa. Além dos seus próprios questionamentos e problemas, o guitarrista ainda tem de lidar com os papparazzi, a industria, os fãs e a loucura que é o show business. Os remédios para controlar a ansiedade são sua válvula de escape, mas a situação começa a sair fora do controle quando nem mesmo eles dão a segurança de que o garoto precisa.

É quando por acaso (ou não), ele tem a oportunidade de assistir a um concerto de Mia Hall. Essa noite pode mudar tudo, ajudá-los a entender e dar aos dois uma última chance de dizer adeus. Com os mesmos recursos narrativos, Gayle mistura flashbacks com o tempo presente e traz uma história maravilhosa. A dor e a música se unem em um belíssimo uníssono e a plateia é o leitor. É uma continuação mais que necessária, esse livro é música para a alma e melodia para os corações.

"- (...) Amora não existe aqui. Como é possível que uma fruta simplesmente deixe de existir de uma costa para a outra?
Como é possível que um namorado deixe de existir de um dia para o outro? - Não sei dizer." (p. 64)

Sinopse: Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos não em milhas, não em continentes, não em anos , e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado. Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce.

"Quero diminuir o espaço que nos separa, medido em passos - não em quilômetros, não em continentes, não anos -, e colocar meus dedos calejados no seu rosto. Quero tocá-la e me certificar que é realmente ela, não um desses sonhos que tive com tanta frequência desde que ela partiu, quando eu a via tão claro como o dia, estava pronto para beijá-la ou levá comigo, e depois acordava com Mia fora de alcance. Mas não posso tocá-la. Esse é um privilégio que não existe mais. Mesmo contra a minha vontade." (p. 48)


outubro 25, 2014

[Fotos] Tatuagens Literárias #1


Olá queridos, na coluna 'Achados' dessa semana vamos falar sobre tatuagens literárias. Todo mundo sabe que às vezes um livro nos marca muito. Nós (porque eu também estou envolvida nesse meio) que adoramos tatuagens e livros, decidimos então juntar nossas duas paixões. Fiz uma seleção das tatuagens literárias mais interessantes da blogosfera e vou falar um pouquinho sobre elas. Eu não tenho (ainda) uma tattoo inspirada em algum livro porque tenho MUITOS livros favoritos e aí fica difícil escolher um só, mas logo logo eu resolvo isso. Enquanto eu não me decido, confira algumas opções lindas que eu encontrei na blogosfera:

"Harry representado por seus inconfundíveis óculos e cicatriz."

"Para aqueles que adoram sagas, essa tatuagem une algumas das mais famosas."

"Uma maneira simples de levar Gus e Hazel com você. O tão famoso okay."

"Essa tatuagem é de encher os olhos de lágrimas. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom. Com as 'assinaturas' dos amigos Remo, Thiago, Pedro e Sirius. Todo Potterhead adoraria."

"O Pequeno Príncipe e sua frase mais famosa. O essencial é invisível aos olhos. 
Resume tudo, não?"

"As Vantagens de Ser Invisível. Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos. Verdade em forma de tatuagem. Chbosky sabia das coisas."

"Alice no País das Maravilhas e sua emblemática frase 'Somos todos loucos aqui'. Um dos momentos mais incríveis da narrativa, onde a sanidade ou a falta dela é questionada."

"Mais uma bela representação de Harry Potter. Todo potterhead sabe o que significa a plataforma 9 3/4."

"Afastar os dementadores da sua vida. Não é esse o propósito da felicidade? 
Um dos feitiços mais incríveis criados por J.K. Rowling."

"Todo fã de Senhor dos Anéis que bate o olho nesse mapa sabe o quanto ele significa. O mundo criado por Tolkien nunca será esquecido."

"A Mulher do Viajante do Tempo, meu livro preferido por toda a eternidade. Essa frase é muito importante e extremamente significativa para a narrativa. Henry diz a Claire na carta."

outubro 22, 2014

[Livros] Mar da Tranquilidade - Katja Millay

Título Original: The Sea Of Tranquility
Autor: Katja Millay
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788580413250
Classificação★★★★★
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Sem palavras. Foi assim que eu fiquei ao terminar de ler a última página de Mar da Tranquilidade. Espero que vocês não percebam a dificuldade que estou tendo para escrever essa resenha. Esse foi definitivamente o melhor livro que eu li esse ano e é extremamente desafiador falar de algo que nos afeta tanto. E olha que quem acompanha o blog sabe que esse tem sido um período de ótimas leituras, mas nada - NADA - se compara ao que eu senti ao ler Mar da Tranquilidade. Foi tudo, menos tranquilidade. A narrativa mexeu comigo de uma forma inexplicável e conquistou meu coração, esmigalhando-o e reconstruindo-o página após página, capítulo após capítulo.

O livro causou sensações parecidas com as que tive ao ler Um Caso Perdido de Coleen Hoover, mas o desfecho de Mar da Tranquilidade supera tudo o que eu já pude ler na vida. Katja Millay faz conexões e ligações invisíveis que tecem um final maravilhoso e com uma única frase, inclusive a última, tudo faz sentido. Enquanto isso, ao finalizar a leitura, na vida real, nada mais faz sentido. É perfeição demais, é um livro para não se esquecer. Nunca.

Seu romance de estreia é a prova de que a autora veio para ficar e seu talento é inegável. Alternando os pontos de vista dos dois protagonistas nós percebemos como Katja construiu personalidades tão complexas e distintas entre si. Não tem como confundir Josh e Nastya, seus medos, inseguranças e fantasmas solidificaram suas histórias e a autora consegue com maestria entrelaçar seus dramas e seus corações. A narrativa fala de dor - física, psicológica e emocional. Machuca a alma saber que apesar de ser uma obra de ficção, é tão cheia de realidade. A vida nem sempre é justa e, às vezes, chega a ser cruel. É preciso encontrar um motivo para continuar, um rumo para seguir e uma mão para segurar. 

Nastya é uma jovem devastada pela dor que se rebelou contra o mundo e contra si mesma. A autodestruição é a sua forma de lidar com o que restou dela. O mistério em torno do que causou tamanho estrago na garota toma grande parte do livro, mas não é - nem de longe - o ponto mais importante da narrativa. Seu processo de 'cura', ou seu recomeço é que é a questão. Nastya recebe a oportunidade de sair do buraco em que ela mesma se enterrou, mas ela está no fundo há tanto tempo, que o sol cega seus olhos. Por diversas vezes, ela prefere se encolher na escuridão a voltar a ser quem era. É de partir o coração.

Fugindo de seu passado, Nastya decide recomeçar sua vida longe de onde tudo aconteceu, ela se torna o oposto da felicidade. Sua alegria e seu sorriso desaparecem. Envolta em preto, negatividade, ódio e raiva ela se transforma em outra pessoa. Depois do incidente, ela não falou mais, com ninguém mais. Depois do que aconteceu, ela se recusa a dizer qualquer coisa, para qualquer um. Poucos se lembram da sua voz. Na nova escola, a maldade dos outros adolescentes pouco a incomoda, ela criou um escudo tão forte em torno de si, que nada pode abalá-la ainda mais. As coisas mudam quando ela observa de longe um garoto sentado sozinho, todos os dias no mesmo lugar. Ele a faz querer falar e desperta dentro dela algo que havia morrido há muito tempo.

Josh é um adolescente cercado por tragédias, toda a sua família morreu, cada um a seu tempo, de diferentes formas. Hoje, aos dezessete anos, ele não tem ninguém. Poucos querem ser amigos de alguém que atrai tanto a morte e por isso, ele só tem o seu melhor amigo Drew. Um playboy metido, galinha, arrogante, engraçado e popular, que apesar de se comportar como um babaca na maior parte do tempo, parece ter algum coração. Isso basta para Josh. Drew é tudo o que ele tem.

As vidas desses personagens problemáticos e tão incrivelmente complexos, são expostas para o leitor da forma mais sensível e comovente e em certo ponto, seus dramas se encontram. Eles precisam ser salvos de si mesmos e talvez a amizade, a esperança e o amor possam reconstruí-los. De início, a única coisa em comum entre os Nastya e Josh é a carpintaria, disciplina eletiva que eles cursam na escola, e que os distrai da confusão, os leva para longe dos problemas e os une. 

A arte da carpintaria é também uma metáfora presente na narrativa. Ela reforça a ideia de que algo feio (como um pedaço de madeira velha ou um móvel usado, desgastado pelo tempo) pode se tornar algo incrivelmente belo de novo. Josh conserta coisas, Nastya precisa de conserto. Ela afasta todos que a amam, enquanto tudo o que Josh deseja na vida é ter de volta aqueles que ele amava. No sentido literal da palavra, os protagonistas se completam. Sozinhos, eles eram sinfonias em desarranjo, juntos eles estão estão em sintonia. 

O silêncio proposital da protagonista queria dizer muita coisa. E o meu só quer dizer que eu não consigo colocar nas palavras nem metade do que senti lendo esse livro. Vou seguir o conselho de Nastya, afinal, nada do que eu possa dizer vai ser suficiente para fazer jus à obra e por isso me calo. Que o silêncio seja toda a tranquilidade e a paz que se pode desejar. O título do livro tem uma ligação íntima com o livro e que emociona. Cada detalhe importa, o silêncio, o título, a carpintaria, a raiva, o amor. Precisa ser lido, sentido, apreciado e entendido. A perfeição se esconde nas imperfeições e os silêncios preenchem corações.

" (...) - Feliz aniversário, Flor do Dia.
- Eu desejei que a minha mão ficasse boa de novo - digo quando ele entra no carro depois de mim. Foi meu primeiro desejo e o único que importa.
- Eu desejei que a minha mãe estivesse aqui hoje, o que é idiota, porque é um desejo impossível.
Ele dá de ombros e se vira para mim, disfarçando o sorriso que sempre me conquista.
- Não é idiota desejar ver sua mãe de novo.
- Nem é tanto que eu quisesse ver a minha mãe de novo - diz ele, me olhando com a profundidade de mais de 17 anos nos olhos. - Eu queria que ela visse você." (p. 208)

Sinopse: Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.

A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida. À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde – ou se é isso mesmo que ele quer.

Eleito um dos melhores livros de 2013 pelo School Library Journal, Mar da Tranquilidade é uma história rica e intensa, construída de forma magistral. Seus personagens parecem saltar do papel e, assim como na vida, ninguém é o que aparenta à primeira vista. Um livro bonito e poético sobre companheirismo, amizade e o milagre das segundas chances.

"- Só para você saber - eu lhe informo -, um dia eu vou me cansar de dividir o seu afeto com aquela mesa de centro e vou obrigá-lo a escolher.
- Só para você saber - ele me imita -, eu cortaria aquela mesa em pedaços e a usaria como lenha antes de ter que escolher entre qualquer coisa e você." (p. 272)

outubro 16, 2014

[Livros] Entre o Amor e o Silêncio - Babi A. Sette

Título Original: Entre o Amor e o Silêncio
Autor: Babi A. Sette
Editora: Novo Século
Páginas: 528
Gênero: Romance, Ficção
País: Brasil
ISBN: 9788542802344
Classificação★★★★★
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Perfeito. Essa foi a primeira palavra que me veio a cabeça depois de finalizar a leitura. Nem de longe eu esperava que fosse amar tanto Entre o Amor e o Silêncio. A narrativa, bem construída, repleta de detalhes, é também bem desenvolvida e tudo se conecta incrivelmente ao final. Babi tem um dom com as palavras, sua escrita transborda amor e eu me peguei suspirando diversas vezes pelo livro e pelo casal de protagonistas. Isso sem falar nessa capa maravilhosa que faz pescoços girarem para ver o que eu estou lendo. 

A autora alterna sua escrita de momentos de fofura extrema, romantismo e cenas calientes, eróticas. A transição de um estilo para outro é sutil e vai agradar, principalmente, ao público feminino não-conservador que gosta de ler sobre amor e sobre sexo. Surgiram na blogosfera algumas comparações entre esse livro e o tão famoso Cinquenta Tons de Cinza. Não! Eu preciso frisar que a trilogia Cinquenta Tons não faz jus a essa comparação. A única semelhança é o fato do personagem principal ser bilionário. Nada além disso. O livro de Babi é infinitamente melhor, tem muito mais história, uma história muito linda e comovente.

Aliás, diferentemente da mocinha de E.L. James, a protagonista Francesca não é boba, insegura e sem profundidade, pelo contrário, é uma das mocinhas mais decididas e feministas que eu já vi. Ela sabe o que quer e corre atrás dos seus objetivos. Sem mimimi, aprenda Srta. Anastasia Steele. Francie fala o que pensa e faz o que quer. 

Com leves toques de humor, drama, romance e erotismo, a trama conquista. É possível acompanhar uma grande evolução nos personagens e fica claro como o amor pôde transformá-los, positiva e negativamente diversas vezes no decorrer do livro. O único problema que eu preciso ressaltar foi o fato de a sinopse não chegar nem perto de transmitir quão bom é o livro. Ela foca demais no coma de Mitchell, sendo que o livro fica realmente excitante depois disso. E quando eu digo excitante quero que vocês percebam o duplo sentido empregado na expressão.

Francesca Wiggs é atriz profissional e escritora nas horas vagas, ela tinha um relacionamento de três anos invejável com Vince, um diretor de teatro galanteador e excepcionalmente charmoso. O fato é que ela o pega transando com outra atriz num intervalo de ensaio e sua vida vira de ponta cabeça. O diretor - ah, claro! - arrependido pede milhares de desculpas, diz que a ama, a pede em casamento, mas Francie não consegue esquecer da decepção e da traição. Vince também é ator, e apesar de saber interpretar o papel de cachorro arrependido, sua atuação ou não, não convence mais a ex-namorada.

Para tentar esquecer, Francesca decide focar sua atenção no livro que está escrevendo. Na história ela fala sobre o sentimento da falta, a dor do arrependimento, da saudade. Em seu romance (dentro do romance), ela narra belas lições de vida em forma de cartas. Para preencher o restante do seu tempo, Francie decide fazer leituras voluntárias em um hospital. Ela começa então a ler seu livro (até então em desenvolvimento) para um paciente em coma e assim sua vida muda completamente.

O paciente em coma é, ninguém menos, que Mitchell Petrucci, um empresário bilionário, filantropo, playboy (Tony Stark), galanteador, mulherengo e arrogante. Ele sofreu um acidente de carro e seu estado já começa a ser considerado irreversível. A jovem com pena por ver um homem tão imponente assim incapacitado, passa a vê-lo com cada vez mais frequência e acaba se apaixonando por ele. Parece loucura mas sim, ela se apaixona por um cara em coma. Talvez porque em coma ele fosse mais agradável que na vida real ou também porque ele era um cara excepcionalmente bonito. E principalmente, porque era triste ver alguém que tinha tudo, mas não tinha ninguém. 

No silêncio de Mitchell, a jovem encontra a paz que precisa para recomeçar e conforme as semanas vão passando, ela se empenha cada vez mais em ajudá-lo a melhorar. Tratamentos alternativos, horas de dedicação, atenção e pesquisa. Viciada, obcecada e frustrada por não estar obtendo nenhum resultado, ela percebe que já está beirando a loucura. Para piorar as coisas, Mitchell havia deixado assinado uma autorização de eutanásia para uma ocasião como essas e seu tempo está se esgotando. Logo irão desligar os aparelhos que o mantêm vivo e Francesca não poderá viver tudo o que sonha viver com aquele homem.

Vou além do que é explorado na sinopse, porque é aqui que a história fica boa. Francie se afasta de Mitchell, pois não quer estar por perto quando ele for 'desligado'. Ela passa um mês na casa da mãe e quando retorna, decide saber o que aconteceu com ele. A boa notícia é que ele acordou e está praticamente recuperado. A má notícia é que ele está praticamente recuperado, é um imbecil, fútil, canalha e ainda um homem lindo de morrer. 

Com toda a inocência de quem não conhecia a reputação do dono do grupo John Petrucci Group & Co., Francesca vai visitá-lo e o bilionário praticamente a enxuta de lá, sem dar a mínima para tudo o que ela fez por ele. Ingratidão, desprezo e frieza, isso é o que todos viam nele e passa a ser o que a jovem vê. Arrasada, Francesca ainda tem de lidar com seus próprios problemas, como o fato de seu pai, a quem ela nem conhece, parecer odiá-la. A falta que sente do pai, a traição, o desprezo de Mitchell praticamente levam a garota ao fim.

Enquanto isso, após sua quase-morte, Mitchell Petrucci está novo em folha e de volta à ativa. O negociador feroz, mulherengo e conquistador retoma o controle de suas empresas e volta a ser um canalha desprezível. Sua família o detesta, o que é recíproco, e se houver algum ser na face da Terra, que por acaso se importe com ele é por interesse. Mas nem tudo voltou ao normal após o acidente, o empresário passou a ter sonhos estranhos com uma moça desconhecida e suas histórias.

Esse é um livro fantástico, que vai envolver os leitores e conquistar corações. O imponente sr. Petrucci é impertinente, irritante, porém, terrivelmente sexy e vai fazer de tudo para entender os estranhos sonhos que ele vem tendo. O homem desse livro é mais do que o tão famoso sr. Grey, é mais cínico, mais bruto, mas também tem rachaduras no seu coração de gelo e sabe usar sua beleza e seu charme. 

Além disso, o enredo ainda traz personagens secundários maravilhosos como Lily - a melhor amiga espevitada e o amigo gay - Tom, que é aquele típico melhor dos melhores amigos e faz tudo para ajudar. Alguns personagens ficaram com finais indefinidos, mas isso não chega a ser um problema para mim. De verdade, eu não preciso saber o rumo que todos tomaram, afinal, quem sabe o rumo que todos os coadjuvantes da nossa vida tomaram? 

O destino vai cuidar para que esses dois se encontrem e se desencontrem muitas vezes e as coincidências que os ligam vão além do compreensível. A grande sacada da autora é deixar no ar a pergunta: "Seria o amor capaz de fazer um milagre?", para quem não leu o livro, pode achar que o milagre seria Mitchell despertar do coma. Errado, será suficiente amor e milagre para trazer um homem completamente perdido de volta ao seu caminho? O amor pode consertar almas corrompidas? Corações partidos? Preencher os espaços que a falta deixa? Eu marquei tantas frases quanto foi possível e o livro já é um dos meus favoritos. A autora é uma fofura e estou ansiosa para ler seus próximos romances. Se eu indico esse livro? De olhos fechados, em silêncio e com muito amor.

"- Se você fosse um príncipe e eu uma princesa, você deveria acordar agora - disse, tentando encontrar alguma graça na louca situação. - Será que existem príncipes em camisolas ou princesas de calças jeans e touca hospitalar? De qualquer maneira, acho que foi uma falta de cavalheirismo da sua parte não despertar instantaneamente após o beijo. Sendo assim, talvez eu te beije mais algumas vezes para ter certeza de que você é imune a esse antídoto." (p. 118)

Sinopse: Francesca Wiggs sofreu uma grande decepção amorosa e, desde então, está decidida a não se relacionar mais. Além de se dedicar a escrever o seu livro, ela resolve preencher os dias com um trabalho voluntário – a leitura para pacientes em coma proporcionaria para ela a distância para problemas com o coração. No entanto, um grande imprevisto ocorre quando ela passa a se sentir atraída pelo paciente. Mitchell, descrito como um poderoso magnata, seria a antítese de tudo o que ela busca em um homem... se não estivesse em coma. Precisar de alguém inconsciente seria um absurdo, não seria? Amar uma pessoa que nunca responde parece loucura! Francesca já havia entendido e sentia-se quase segura diante disso. Mas, e se Mitchell acordasse? A aproximação desses personagens tão diferentes revela um romance encantador e divertido, repleto de reviravoltas. Entre a vida e a morte, a ilusão e a realidade, o amor pode ser realmente o milagre que faz tudo mudar?

"- Não uso isso desde os meus dezessete anos, - Deu uma risada sem vergonha.
O tipo de sem-vergonha que sabe muito bem o poder que aquilo exercia sobre o sexo oposto.
- E imagino que devo acreditar?
- Nunca disse esses versos de verdade para mulher alguma. Quando fazia, era um garoto que precisava disso para ganhar alguns beijos na boca. Nunca disse isso para amante nenhuma, simplesmente porque não sou leviano. - Francie umedeceu os lábios. Ele continuou com o olhar preso na boca dela:
- Não sou homem de dizer aquilo que não sente, de prometer aquilo que não quer cumprir só para impressionar." (p. 410)


outubro 11, 2014

[TAG] Outubro Rosa


O Love Lovers blog também aderiu à campanha Outubro Rosa e para comemorar esse mês especial de combate ao câncer de mama, resolvi lançar uma brincadeira. Vocês vão selecionar alguns livros de lombada rosa e tirar uma foto (como a que ilustra esse post). Com os títulos das lombadas vocês devem escrever um texto que fale sobre o câncer, a campanha, o objetivo ou simplesmente contar uma história sobre o tema. Você pode conferir mais sobre a campanha aqui. A conscientização é o primeiro passo para prevenir e combater com sucesso qualquer tipo de câncer. Em especial o de mama, que é o mais comum entre as mulheres. Faça exames regularmente, se cuide, pratique exercícios físicos e mantenha uma boa alimentação. São pequenas atitudes que além de melhorar sua qualidade de vida, podem evitar que você desenvolva a doença.

Aqui vai a minha contribuição: "Beth não sabia, mas ela passaria por uma verdadeira Prova de amor, por ela mesma. Ela se achava uma 'Man repeller' e sentia que afastava todo tipo de homem. Beth descobriu que tinha câncer aos trinta anos, ela se sentiu terrível. Teve vergonha e achou que nunca encontraria alguém que a aceitasse após a cirurgia. Ela conheceu Benjamin e eles começaram a namorar. Ben não liga para o fato de Beth não ter uma das mamas, ele sabe que Beth é mais do que apenas seu corpo. Beth nunca mais abaixou a cabeça ou chorou por sua sorte. Ela sabe que teve muita. Hoje em dia, Quando uma garota entra num bar ela deseja ser aquela mulher confiante e feliz que Beth se tornou. Dizem por aí, que nas Folhas soltas de um diário antigo de Benjamin, esse Casório já estava previsto. Beth aprendeu que a vida é para se viver porque Nada dura para sempre, então devemos aproveitar o hoje como se não houvesse amanhã. Quando eu olho no espelho Quero ser Beth Levitt."

Desafio cinco amigas a responderem a TAG: Rayssa do Diários de Leitura, Joyce do Entre Páginas e Sonhos, Li do Literalizando Sonhos, Karol do Hey Karol e Jess do Entre Leitores.


outubro 10, 2014

[Livros] Ivvi - Leandro Andreo

Título Original: Ivvi
Autor: Leandro Andreo
Editora: Pandorga
Páginas: 120
Gênero: Poesia, Lírico
País: Brasil
ISBN: 9788561784447
Classificação★★★★★
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Quando encontrei na blogosfera inúmeras resenhas positivas sobre Ivvi, eu nem sonhava que o autor aceitaria fazer uma parceria com o blog e tampouco imaginava o quanto eu iria admirá-lo após o término do livro. Há tempos eu não lia um livro de poesia tão bem escrito, tão repleto de significados e ao mesmo tempo tão sensível. Leandro faz uma mescla de sentimento e técnica que resulta em uma verdadeira obra de arte. Sua poesia é inspiradora e derrete qualquer coração, em especial conquista os românticos apaixonados, como esta que vos escreve.

Os versos do autor transbordam amor por sua musa inspiradora, Ivvi. E no decorrer do livro, podemos acompanhar não só a evolução da história contada através do gênero lírico, mas também a evolução da escrita de Andreo. Na leitura, me deparei com poesias perfeitamente metrificadas e uma sonoridade encantadora. Por vezes me peguei suspirando, com a mão no coração, por mais clichê que pareça é verdade. Ler sobre o amor é quase tão bom quanto amar, faz sentir. Faz sonhar. 

Ivvi é mais que uma declaração, é uma lição de amor. A personagem principal a quem o poeta tanto admira e em quem encontra inspiração é a personificação desse sentimento. Este que nos preenche e nos domina, elevando nossos corações, se apossando do nosso ser até tomar nossas vidas e pensamentos. Ivvi está na vida do poeta e também nas dos leitores, com outros nomes, de outras formas, mas sempre com intensidade. Afinal, quem nunca amou perdidamente, nunca viveu.

O livro é divido em cinco partes que se complementam e seguem uma cronologia. Assim como um relacionamento ou mesmo a vida, não é feita somente de amor, vamos percebendo outras emoções do eu lírico que culminam num belo final. Não vou detalhar cada parte, porque o livro é relativamente curto e eu poderia, portanto, falar mais do que devo. A poética de Leandro Andreo não precisa de elogios, por si só já se sustenta. É injusto que eu tenha que escolher adjetivos para falar o quanto gostei da obra. Vou resumir com uma palavra meu sentimento pelo livro, por Ivvi, pela poesia: AMOR.

"Mas, se o amor for verdadeiro,
Que teu corpo mude inteiro,
Mesmo assim, terás paixão.
Sei que agora não te importas,
Ao ficar com formas tortas,
Verás que tenho razão." (p. 23)

Sinopse: Quando tu, bela Ivvi, conheci, meu mundi se virou completamente. Desalento, que outrora era aparente, perdeu-se de repente. Eu sorri. Os dias se passavam, percebi que tu não me saías mais da mente, eras tão jubilosa e, certamente, a mulher mais bonita que já vi. Ivvi é uma personagem não só desta obra, mas da vida de todos. Todos nós temos alguém na vida que nos inspira, que tira o melhor de nós e que permite manifestações tão verdadeiras como as mensagens de Amor dos poemas deste livro. A personagem Ivvi irá ultrapassar os limites destas páginas e irá refletir na Ivvi real que habita na vida de cada leitor.

"E quando Ivvi conheceres,
Nenhum mais dos vivos seres
Ganhará tua atenção.
Inicialmente encantado, 
Ficarás apaixonado
E na palma de sua mão.
Pensarás na bela apenas,
De modo que teus poemas,
Outros temas não terão." (p. 33)

outubro 06, 2014

[Livros] Garoto Encontra Garoto - David Levithan

Título Original: Boy Meets Boy
Autor: David Levithan
Editora: Galera Record
Páginas: 240
Gênero: Ficção, YA
País: EUA
ISBN: 9788501047779
Classificação★★★★☆
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Mais um livro de Levithan que me encanta, emociona e surpreende positivamente. Eu já falei que esse autor tem um espaço cativo no meu coração e na minha estante, né? Ok, porque eu não canso de repetir o quanto eu gosto dos seus livros. Ele fala de homossexualidade, bissexualidade, sexualidade e amor de maneira ímpar e como simpatizante e membro da aliança gay-hétero adoro  e apoio sua forma de pensar. David é um daqueles autores dos quais eu leria até a lista de compras. Suas narrativas sempre falam sobre o amor de uma forma simplificada, desmistificada e pura. Sem limites, complicações ou padrões. O mundo que David Levithan cria em seus livros, se não é o mundo ideal, se aproxima muito dele. E não difere sexo, cor, classe social ou credo.

Para iniciar essa resenha, gostaria de deixar claro que um dos pontos que mais incomodou outros leitores, foi exatamente o que eu mais gostei: a cidade 'utópica' em que se passa a narrativa. Sim, é uma cidade perfeita, onde não há preconceito. Na escola, é perfeitamente normal um garoto ser líder de torcida e se apaixonar por uma quarterback transexual. Assim como gays e lésbicas não sofrem nenhum tipo de preconceito e integram uma 'aliança gay-hétero'. Os adolescentes e até mesmo as crianças são livres para se expressar. E desde pequenos aprendem a lidar com sua própria sexualidade. Tudo isso pode soar surreal, e infelizmente ainda é.

Se você notar o exagero com que foram construídas as personagens, vai perceber que o autor quer é chamar nossa atenção para o real motivo do preconceito. Por que é tão estranho imaginar uma quarterback transexual? Ou um 'líder' de torcida? O que há de tão errado em um casal gay? Levithan explora o tema tentando nos trazer excessos e extremos com a intenção de nos questionar. Por que isso nos choca tanto? Ser diferente, ser pouco, ser muito, ser absurdamente diferente. E daí? 

Esse livro me fez perceber que todos nós ainda carregamos preconceitos. E que devemos nos desapegar deles e olhar para quem as pessoas realmente são. Infinite Darlene não é a protagonista, mas rouba a cena. Ela é mais do que uma quarterback, é mais do que uma transexual e muito mais do que uma rainha do baile. É uma personagem incrível que nos conquista e que ganha a minha admiração por ser tão fantástica, literalmente. É similar ao que aconteceu em Will & Will, com o Tiny Cooper. Levithan é mestre em criar coadjuvantes melhores que os protagonistas.

A história central gira em torno de Paul, um garoto gay que tem uma turma de amigos muito divertida. Ele se apaixona à primeira vista por Noah, um - até então desconhecido - colega de escola. O problema é que Paul pisa na bola e arruína suas chances com o garoto. Para completar, sua melhor amiga Joni está namorando um cara que é um verdadeiro mala. Seu melhor amigo, Tony, tem pais religiosos que não aceitam o fato do filho gostar de garotos. E seu ex-namorado Kyle, de quem Paul levou um doloroso chute na bunda agora o quer de volta.

Como o mundo não é perfeito, algumas coisas me incomodaram e  não pude dar cinco estrelas ao livro. Joni é uma personagem irritante. Mimada, egoísta e só liga para o próprio umbigo. Da metade para frente passa a ser intragável, assim como seu relacionamento com o brutamontes do Chuck. Paul também não é dos protagonistas mais adoráveis. Sim, ele pisou na bola e se arrependeu, mas isso não o redime, pelo menos não para mim. De qualquer forma, sua amizade com Tony é muito legal e eu adoraria saber um pouco mais sobre seu melhor amigo.

Confusões à parte, é um livro muito bem escrito e que, obviamente, é um young adult com potencial. É também, um dos livros mais famosos de Levithan, destinado ao público young adult e/ou LGBT. Numa sociedade tão preconceituosa, egoísta e retrógrada como a nossa, o autor nos lembra que somos tão diferentes quanto iguais. E isso não nos torna superiores ou inferiores. O amor não tem sexo, cor, raça ou religião, ao menos não para mim e para David Levithan. Por isso admiro esse autor e o aplaudo de pé.

"Vi homens andando de mãos dadas na rua em uma cidade grande e li sobre mulheres se casando em um estado não muito longe do meu. Encontrei um garoto que talvez eu ame e não fugi. Acredito que posso ser quem eu quiser ser. Todas essas coisas me dão força." (p. 188)

Sinopse: Nesta mais que uma comédia romântica, Paul estuda em uma escola nada convencional. Líderes de torcida andam de moto, a rainha do baile é uma quarterback drag-queen, e a aliança entre gays e héteros ajudou os garotos héteros a aprenderem a dançar. Paul conhece Noah, o cara dos seus sonhos, mas estraga tudo de forma espetacular. E agora precisa vencer alguns desafios antes de reconquistá-lo: ajudar seu melhor amigo a lidar com os pais ultrarreligiosos que desaprovam sua orientação sexual, lidar com o fato de a sua melhor amiga estar namorando o maior babaca da escola... E, enfim, acreditar no amor o bastante para recuperar Noah!

"- Acho que sei o que vem agora.
- As pessoas perguntam o tempo todo?
E o engraçado é que não, elas não perguntam o tempo todo.
- Por que 'infinita' - pergunta Infinite Darlene.
Cory concorda.
- Porque - explica ela -, em determinado ponto da vida, eu me dei conta de que estava vivendo uma vida muito finita, e não queria mais isso. Sei que a finitude é inevitável, pois todos nós morremos, nenhum de nós pode andar até a lua, e assim por diante. Mas ainda quero viver minha vida infinitamente. Quero viver como se qualquer coisa fosse possível. Porque é tedioso demais, incolor demais viver finitamente. Sei que não vou viver para sempre, mas quero poder seguir em qualquer direção que me pareça certa." (p. 223)


outubro 05, 2014

[Vídeos] Tan Hong Ming Apaixonado - [8 anos depois]


Esse é um vídeo bem antigo, mas nunca vai deixar de ser fofo *-*'

O pequeno é um exemplo de como o amor é inocente, puro e do que é gostar de alguém na infância. Um vídeo bonito, que derrete corações e sempre me emociona. É uma propaganda publicitária malasiana, mas que foi gravada com crianças reais, foi espontâneo e enquanto gravavam o comercial, o garotinho decidiu confessar seus sentimentos. Tan Hong Ming está apaixonado e mostra que não tem medo de amar, mas esconde a paixonite de sua melhor amiga porque acha que ela não gosta dele. Veja o vídeo e se surpreenda com o quanto uma criança pode entender do amor. A pequena Ummi Khazriena também é uma fofurinha. 

Como o vídeo é bem antigo, procurei na internet sobre esses dois lindinhos hoje em dia e encontrei algumas poucas reportagens, nenhuma dela traduzida para o português. Então dei uma resumida no que eu encontrei para vocês. Os pequenos cresceram, mas continuam com o mesmo jeitinho tímido e doce. Esta é a primeira vez que os dois se vêem depois do ensino primário. Infelizmente haviam sido separados pela distância e perderam contato nesses anos todos, apesar do sucesso viral do vídeo. A timidez e o constrangimento dos dois é notável, além é claro dos costumes malasianos que pedem um certo respeito no cumprimento.


Oito anos após o pequeno declarar seu amor, os dois foram entrevistados e responderam algumas perguntas sobre o vídeo e sobre suas vidas hoje em dia. Com quatorze anos, eles não pensam em namoro, só em estudo, mas ficaram felizes em se reencontrar. Tan disse que fisicamente ela ainda é a mesma, ou seja, continua bonita. O primeiro amor de infância a gente nunca esquece, né?

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