setembro 20, 2015

[Livros] Dez Coisas Que Aprendi Sobre O Amor - Sarah Butler

Título Original: Ten Things I've Learnt About Love
Autor: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
Gênero: Ficção, Romance
País: Inglaterra
ISBN: 9788581637778
Classificação: ★★★★☆

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Amor, saudade e duas pessoas em busca de um recomeço. O livro de Sarah Butler emociona e toca fundo nos corações mais sensíveis. Com uma narrativa detalhista e bastante descritiva, a autora fez uma história clichê se transformar em uma obra de arte, literalmente. Duas almas perdidas em Londres vagam buscando algo que perderam e, enquanto isso, tentam encontrar a si mesmas.

O cenário londrino foi minunciosamente explorado. Cada esquina, cada tonalidade, cada nome traz realismo, comoção e um mar de sentimentos. Sarah constrói imagens claras na imaginação do leitor e as colore de acordo com o desenvolvimento de suas personagens. Enquanto lia, revisitei a cidade inglesa e li cada trecho como se estivesse tomando um hot chocolate no Starbucks da Russel Square, sentindo o inverno europeu que congela até a alma, mas aquece o coração.

O enredo criado pela autora não é extremamente complexo, assim como não é apelativo. Seu romance é comovente por si só, por contar a história de uma garota que perdeu o pai e um pai que perdeu a filha. Ambos buscam a coragem necessária para seguir em frente, mesmo quando tudo tenta puxá-los para trás. Seus caminhos se cruzam em uma bela mensagem de amor e esperança. 

Daniel é um morador de rua que vive em busca de alguém. Sua procura incessante chega a ser desesperadora e nos faz pensar sobre o que sobra para os que perderam tudo. Apesar de viver nas ruas há muitos anos, Daniel carrega uma vida de boas lembranças e um dom especial: a arte. Talentoso e sensível, ele enxerga as cores em sua essência e vê o mundo sob uma perspectiva incrível. Juntando pedaços de lixo, o senhor de idade que mendiga pelas ruas londrinas, faz coisas lindas para presentear a filha que perdeu e, mesmo assim, tanto ama.

Alice acabou de perder o pai para o câncer e não consegue se livrar da saudade, da dor e da culpa por não ter estado ao seu lado. A jovem costuma fugir quando as coisas estão muito difíceis, mas a doença do pai e o apelo de suas irmãs fazem com que ela permaneça em sua cidade natal. Com uma vida amorosa destroçada e a impressão de que destrói tudo em que toca, Alice se sente perdida e sozinha. Tanto Alice quanto Daniel tem uma curiosa mania de fazer listas e as coisas que eles têm em comum vão aproximá-los e mostrar o verdadeiro sentido da esperança.

Dez Coisas Que Aprendi Sobre o Amor é um livro delicado, que traz duas histórias extremamente bem contadas e que, apesar de opostas, se completam. Sarah Butler narra mais do que dramas familiares, dramas humanos. De forma singular, a narrativa traz mais de dez lições sobre o amor, um milhão delas.

"Porque há sempre uma chance, e no dia em que eu desistir pode ser o dia em que encontrarei o que procuro." (p. 80)

Sinopse: Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. 

Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

"O amor é dourado. Nunca a encontrei, mas que outra palavra há exceto amor?" (p. 128)

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