maio 26, 2015

[Livros] Labirinto de Espelhos - Bárbara Negrão

Título Original: Labirinto de Espelhos #1
Autor: Bárbara Negrão
Editora: Novo Século
Páginas: 456
Gênero: Ficção, Romance, Sobrenatural
País: Brasil
ISBN: 9788542803235
Classificação★★★★☆
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Envolvente, sedutor, apaixonante. Esses adjetivos poderiam caracterizar Willian, o protagonista do livro, mas por ora, definem o que eu achei de Labirinto de Espelhos. Eu devorei suas quatrocentas páginas em pouco tempo e terminei o livro desejando mais. Posso dizer que a leitura me fez, inclusive, assumir hábitos vampirescos, como o de ler madrugadas a fio.

O livro de estreia da autora Bárbara Negrão tem fortes influências das séries Crepúsculo e Diários do Vampiro, e por isso, comparações são inevitáveis. As cenas narradas no decorrer da história são adaptações dos acontecimentos de Crepúsculo. Como fã do primeiro livro da saga adorei as referências e apesar da forte inspiração, Labirinto de Espelhos toma um rumo completamente diferente da quadrilogia de Stephenie Meyer.

Título, capa e sinopse não revelam, propositalmente, que o livro fala sobre vampiros. Tentando fugir dos estereótipos, foi uma excelente escolha da autora nos deixar no escuro. Ao perceber que Labirinto de Espelhos tem em sua narrativa essa temática, as leitoras já estão completamente rendidas aos encantos de Willian e, assim como a protagonista, se apaixonam pelo seu lado humano, antes de conhecer seu lado sombrio. 

O livro é praticamente todo narrado do ponto de vista de Eva, a típica garota de interior. Inexperiente, desastrada e meio tapada, ela perpetua a condição das mocinhas: sempre indefesas. Provavelmente essa tenha sido a única coisa que eu não gostei no livro. O fato de que a personagem principal é, mais uma vez, uma sonsa. Acontece também em Crepúsculo e em Diários do Vampiro. E me incomodou em todos eles.

Superando a parte de que Eva tropeça até nos próprios pés, ela evolui no decorrer do livro. E assim como acontece em Crepúsculo, isso não importa, porque o foco dos leitores (em especial das leitoras), é Willian, o vampiro bonitão e interessante. A autora fez com que o leitor fizesse parte da história vendo o mundo a partir dos olhos olhos de Eva. Ela se vê como uma garota sem graça, enquanto Willian é, basicamente, um deus grego. Quem não se acharia sem graça perto da perfeição?

A trama se inicia com um dos únicos capítulos narrado pelo vampiro, no qual vemos que ele sonha com uma humana há muito tempo. Desesperado para entender o que os sonhos significam e também apaixonado pela garota, Willian sai em busca da mulher dos seus sonhos. Logo também conhecemos Eva, uma garota, como eu disse anteriormente, bem comum. Claro que essa imagem é a que ela faz de si própria, se pararmos para observar como Willian a descreve nos sonhos, ela também pode ser vista como uma deusa grega. Fora dos sonhos e a partir de sua própria perspectiva, porém, ela é insegura. 

Eva sempre teve ao seu lado um melhor amigo, Noah, mas este a abandonou quando descobriu que ela não gostava dele 'daquele' jeito. Abalada pela perda do amigo, a garota se desestabiliza e se afunda numa onda de depressão. Mesmo tendo outras amigas, a garota ainda se sente sozinha. Todos sabemos a falta que nosso melhor amigo faz, não é? 

As coisas começam a mudar quando um rapaz misterioso surge na cidade. A perfeição em pessoa é Willian Delamare e ele chegou para ficar. O garoto aos poucos se aproxima de Eva e a química entre o vampiro e a humana é instantânea. Depois de anos sonhando com ela, ao tocá-la ele se sente vivo novamente, e além dos sentimentos confusos da adolescente, ele sente seu desejo. Esse desejo, porém, pode ser perigoso para os dois, afinal, apesar de apaixonado por ela, Willian ainda é um predador e Eva é a presa. 

Muitos segredos, reviravoltas e emoções aguardam os leitores. O romance os dois pode até ser um chavão batido, mas quem não adora uma história de amor proibido? Que tipo de amor não é perigoso? Mesmo não namorando um vampiro, qualquer mocinha pode sair machucada. Bárbara Negrão fala sobre seres sobrenaturais, mas acima de tudo, fala sobre um amor que transcende tudo isso.

"- Por que, Robin Hood? - perguntei, quebrando o silêncio que se instalara. - Ele não rouba dos ricos para dar aos pobres? - disse, segurando uma risadinha. - Pretende roubar alguma coisa hoje?
- Pretendo - disse, olhando com uma sobrancelha levantada. - Mas não vou dá-la a ninguém, vou ficar com ela só para mim - completou, dando um de seus sorrisos." (p. 259)

Sinopse: Quando a estudante Eva Lins conhece o misterioso e sedutor Willian não imagina quais segredos ele podia esconder por trás de tanta beleza. Que ele é perigoso, ela pôde ver em seus olhos desde a primeira vez que se encontram, porém, a vontade de estar junto a ele é maior do que qualquer pressentimento que a jovem possa ter. Chocada pelas revelações, e ao mesmo tempo atraída e fascinada por todo o mundo novo que envolve Willian, Eva não se deixa intimidar e se entrega à história que promete ser a mais emocionante de toda sua vida, sem imaginar que mais mistérios estão para serem revelados.

" (...) - E o que você aprendeu? - Senti minha garganta ficando seca.
Ele se aproximou do meu ouvido e falou baixinho:
- Aprendi que primeiro você tem que ficar bem perto, assim. - E com isso fez uma pequena pressão em minha cintura me prensando ainda mais em seu corpo. - Depois tem que umedecer os lábios, assim.
E bem devagar ele passou a língua pelos lábios. Meu coração começou a bater rápido e meus músculos começaram a se contrair.
- E depois? - perguntei, quase sem fôlego.
- Sempre manter contato visual.
Concordei com a cabeça sem ter certeza do que fazia. Estava tão perdida olhando de seus lábios para seus olhos e voltando aos seus lábios que se uma bomba caísse a poucos metros eu não daria a menor importância." (p. 329)


maio 25, 2015

[Sobre] 25 de maio - O Dia da Toalha!


No dia 25 de maio comemora-se o Dia da Toalha. Mas o que significa isso? Por que as pessoas tiram foto com suas toalhas? Por que diabos toalhas? A resposta para essa e outras perguntas é ... 42!

Todo nerd (ou não) conhecedor da mais famosa obra de Douglas Adams - O Guia do Mochileiro das Galáxias - sabe a importância da 'toalha' para um mochileiro. De acordo com a definição presente no primeiro volume de O Guia do Mochileiro das Galáxias: "A toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa mini jangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você - estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa."

A escolha de um símbolo relativamente aleatório, tanto para Adams, quanto para os fãs pode ser interpretada como uma maneira de dizer: 'ei, nem tudo precisa fazer sentido!' De fato, o mais legal do Guia do Mochileiro é exatamente a falta de nexo que é mesclada às complexas metáforas e pensamentos de Douglas Adams. A mistura do inacreditável com o absolutamente crível resultou na incrível trilogia de cinco livros que faz rir, pensar, questionar e definitivamente, nos leva ao Vórtice da Perspectiva Total.

Eu sou fã confessa do autor e acredito que O Guia do Mochileiro das Galáxias seja uma das obras mais bem escritas da atualidade. A mistura de elementos fantasiosos e surreais com ideais políticos, sociais, religiosos e econômicos faz dessa coleção, uma verdadeira enciclopédia. Douglas Adams era um observador e um crítico da humanidade. Ele viu os defeitos de sua geração e previu as consequências destes. Um visionário, um homem brilhante, defensor do meio-ambiente e dos animais, mas acima de tudo, um questionador. Adams ousou ler o mundo e reescrevê-lo e o fez muitíssimo bem! 

Para manter viva a memória do autor e de seus livros, criou-se o 'Dia da Toalha'. Neste dia, os nerds carregam suas toalhas para todo lugar, postam selfies com elas, ou simplesmente tomam banho e se enxugam com as mesmas. O sentido de tudo é não fazer muito sentido e ao mesmo tempo questionar o sentido da vida. Faz sentido?

Não entre em pânico! Pegue sua toalha, seu Guia do Mochileiro das Galáxias e venha ser nerd conosco. Afinal, nunca se sabe quando uma nave vogon pode querer destruir a Terra para construir uma via expressa. Bom, é isso pessoal. Até mais e ... obrigada pelos peixes! <3

maio 23, 2015

[Livros] A Libélula no Âmbar - Diana Gabaldon (Outlander #2)

Título Original: Drangonfly in Amber
Autor: Diana Gabaldon
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 944
Gênero: Ficção, Romance Histórico, Fantasia
País: EUA
ISBN: 9788567296272
Classificação★★★★★
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Se o primeiro volume da série Outlander já havia me deixado em frangalhos, A Libélula no Âmbar acabou de vez com meu coração. Ao final da leitura, eu chorava feito criança, agarrada ao meu exemplar surrado e ao que sobrou da minha alma. Entenda que Diana Gabaldon não foi má propositalmente, ela foi fiel à realidade, às tradições e à história, sendo esta sua maior crueldade.

Em pouco mais de novecentas páginas, é possível perceber os contrastes que permeiam toda a saga de Gabaldon: ficção x realidade, ciência x magia, passado x futuro e causa x consequência. Todos esses elementos estão interligados e fazem dessa obra de "ficção fantástica romântica e histórica", mais do que uma história de amor e viagem no tempo. A dificuldade em caracterizar o gênero literário a que Outlander pertence é apenas o primeiro indício de que este é, de fato, um trabalho único.

Mais do que simples narrativas, as histórias impecavelmente detalhadas, o embasamento histórico, cultural e especialmente místico, nos leva a uma verdadeira viagem no tempo. Não é só a protagonista, Claire, que é levada para outro tempo ao entrar numa fenda entre pedras. Os próprios livros da série Outlander são fendas que nos levam ao passado. Lá, encontra-se o personagem literário que eu mais admiro e amo: Jamie Fraser. 

[spoilerdolivroanterior] No final do livro anterior, fomos brutalmente expostos a selvageria que permeava a Idade Média. Depois de tudo o que o pobre Jamie sofreu, aquele final foi mais cruel do que qualquer morte que eu já tenha ouvido falar. Nunca havia ficado tão abalada com uma cena antes, e por isso, precisei de alguns meses para começar a leitura de 'A Libélula no Âmbar. [/spoilerdolivroanterior]

Violência, estupro, roubo, assassinato e amor, o mais puro tipo de amor que existe. É preciso ter estômago, mas também coração para continuar acompanhando a saga de Diana Gabaldon. Embora fosse muito mais fácil se tivéssemos apenas estômago. A autora faz questão de esmigalhar o coração dos leitores ainda mais neste segundo livro, e por isso, em suas mais de novecentas páginas derramei mais de novecentas lágrimas.

O segundo volume da saga, começa no ano de 1968. Sim, Claire voltou para o seu tempo e passados vinte anos, decide contar sua história. O que aconteceu durante esse tempo é um mistério que só é parcialmente resolvido no final do livro.

Após a morte do marido Frank Randall, Claire se vê obrigada a contar a verdade para a filha Brianna. Apesar de não ser nada parecida com Frank, a menina nunca notou que poderia não ser filha dele. Os cabelos ruivos e o temperamento explosivo, porém, não negam que seu pai é Jamie Fraser. O que levou Claire a voltar a seu tempo grávida? Por que ela abandonou Jamie e voltou para Frank? Todas essas perguntas são aos poucos respondidas por uma Claire já madura, que relembra com saudade de sua aventura pelo século XVIII. A dor chega a ser insuportável ao sentir a ausência de seu amor, Jamie. E, aos poucos, vamos sentindo a mesma coisa: saudade. Esse sentimento incômodo que separa o possível do impossível e o que é, do que se foi. 

Jamie Fraser morreu em combate. Quando li essa frase eu não pude acreditar, quis esquecer que Outlander existe, afinal, eu nunca aceitaria esta morte literária. Aceito qualquer outra, menos esta. O jovem cavaleiro ruivo de espírito alegre e honra impecável não poderia ter morrido assim. Mas é o que conta Claire e é a partir daí, que vamos voltando no tempo para entender o que aconteceu. 

No ano de 1744, Claire e Jamie traçam um plano para tentar mudar o rumo dos acontecimentos históricos. O futuro dos clãs escoceses está ameaçado. Claire sabe o que vai acontecer logo vai descobrir que conhecer o futuro pode ser tanto uma dádiva quanto uma maldição. Em meio a guerras, traição, corrupção e política, temos o relacionamento do casal Fraser, que fica cada dia mais sólido. Um exemplo de amor, paixão, comprometimento e respeito, Jamie arranca, desta vez, ainda mais suspiros. Um misto de selvageria com delicadeza, ele continua sendo a alma de Outlander.

Brilhantemente escrito, este segundo livro reserva emoções fortes e requer, talvez, maior concentração e perseverança por parte do leitor. A leitura é cansativa, demasiadamente detalhista e as cenas de 1968, demoram um pouco mais para fazer sentido. De qualquer forma, o resultado da trama vale todo o esforço. É impecável! Cada pequeno detalhe foi costurado à trama pelas hábeis mãos de Diana Gabaldon. A tecelã de histórias, que mistura futuro e passado a um romance épico, não só tem-me em suas mãos, como também detém meu coração e lá, Jamie viverá eternamente. 

"- Acho que não vai acontecer, Claire; penso que conseguiremos impedi-lo. E se não conseguirmos, ainda assim não acredito que alguma coisa venha a me acontecer. Mas se acontecer... - Parecia extremamente ansioso agora, falando em voz baixa e ardente. - Se acontecer, quero que haja um lugar para você; quero que haja alguém para quem você possa ir se eu... não estiver mais aqui para cuidar de você. Se não puder ser eu, então quero que seja um homem que a ame." (p. 403)

Sinopse: Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.

O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

"- Eu a encontrarei - murmurou ele em meu ouvido. - Eu prometo. Ainda que tenha que suportar duzentos anos de purgatório, duzentos anos sem você, esse será meu castigo, que eu mereci pelos meus crimes. Porque eu menti, matei e roubei; traí e quebrei a confiança. Mas há uma única coisa que deverá pesar a meu favor. Quando eu ficar diante de Deus, eu terei uma única coisa a dizer para contrabalancear o resto. Sua voz diminuiu, até quase se transformar num sussurro, e seus braços apertaram-me com mais força.
- Meu Deus, o Senhor me deu uma mulher especial e, Deus!, eu a amei demais." (p. 878)


[Sobre] A Madras Editora e os parceiros "des-selecionados"


Olá queridos! Neste post, pretendo expor minha indignação com relação às recentes atitudes tomadas pela equipe de marketing da Madras Editora e de seus determinados selos. Muitos blogueiros se sentiram lesados e eu me incluo nesta lista, até porque, como tantos, divulguei a editora no meu blog e a recomendei aos meus leitores. Vou detalhar os acontecimentos e deixar que vocês avaliem se foi 'profissional' ou não a atitude da editora e/ou de seus selos.

09.03 - Divulgação da lista oficial de blogs parceiros da Madras Teen. Aproximadamente 170 blogs foram 'selecionados'. Post oficial na fanpage da editora.


15.05 - A responsável pelo marketing, e também autora, Elaine Velasco informa sua saída da Madras Editora. A partir daí os blogueiros começaram a perceber que seus emails não eram respondidos, os livros não chegavam. Muitos não receberam nenhum exemplar até hoje. 

04.05 - A editora se pronuncia sobre o atraso na entrega dos livros, pedindo para que os blogueiros que não receberam seus exemplares enviem emails para eles. Culparam os Correios pelo extravio e/ou atraso. 

22.05 - A Madras Teen divulga uma lista de blogs parceiros com apenas 21 nomes. No comunicado, a editora diz: "Olá blogueiros parceiros, venho esclarecer algumas dúvidas. Estou assumindo a posição de administrador da fanpage da Madras Teen, por esse motivo não estava a par da seleção de blogs para resenhas e parcerias. Anteriormente, a administração das páginas Madras Teen e Madras Hot estava a Elaine Velasco e a mesma separou uma lista de blogueiros selecionados para receber bonificações de livros para resenhas. (*) Por equívoco da antiga administradora, não foi notificado que nós da Madras Editora pedimos uma redução de envio de livros bonificados para blogueiros pré-selecionados da lista feita. Portanto, a mesma não notificou aos demais blogueiros não selecionados que o envio dos livros não seria possível. Peço a todos os blogueiros, consumidores e amigos que compreendam nosso comunicado e que aguardem para que, em breve, seja realizado uma nova seleção de blogs para resenhas e parcerias. Att. Madras Teen."


22.05 - Nota de Elaine Velasco sobre o ocorrido: "Queridos blogueiros, parceiros da Madras Teen. Quando fui demitida da Madras Editora, decidi pouco me pronunciar, pois sei que isso trata-se de assunto interno e que não diz respeito a ninguém além dos envolvidos, além de saber que fazê-lo seria extremamente anti-ético. Porém, ao ser culpada e responsabilizada por incompetência e desleixo alheio, me vejo na obrigação de me pronunciar. Os livros foram sim enviados para TODOS os blogueiros constantes da lista. Tenho fotos, documentos e pessoas para provar, porém, por um infortúnio, os Correios os extraviaram. Agora, ao invés de procurarem resolver a situação, julgaram mais cômodo me culpar. Deixarei, entretanto, que o tempo e as imagens postadas abaixo, que estão na fanpage da própria Madras Teen falem por si só. P.S. O mesmo que me culpou por publicar uma falsa lista de parceiros, é o mesmo que fez essa imagem de divulgação que segue."

Enfim, o caso é que aproximadamente 150 blogueiros foram simplesmente descartados pelos selos da Editora Madras. Se, como dizem, a editora não tem como absorver essa quantidade de parceiros, deveriam ter cancelado todas as parcerias de uma vez, ou melhor, nem as aceitado. Erros acontecem e nós, blogueiros, não queremos saber de quem é a culpa. 

Quando uma empresa comete um "erro", é absurdo culpar pessoa física, especialmente, uma pessoa que nem faz mais parte do grupo. Assumam que foi um ato incompetente da Editora, peçam desculpas e procurem resolver o problema. Queimar a imagem de uma ex-funcionária, descredenciar parceiros aleatoriamente e mentir descaradamente dizendo que a primeira foto era só uma "pré-seleção" só mostra o despreparo, amadorismo e incompetência do grupo Madras. Recebi até hoje um email do selo Madras Hot, nunca recebi nenhum dos livros ou informação sobre os mesmos. Eu fui "des-selecionada" pela Madras Teen, e mesmo que não tivesse sido, depois desse absurdo de falta de ética, pediria para ser

maio 18, 2015

[Sobre] #5 Modinha, novos fãs e posers


As pessoas perguntam qual o seu livro favorito, e quando você responde, ninguém conhece. Mas depois de anos acompanhando uma saga desconhecida, ela vira um bestseller, é adaptada para o cinema e surgem fãs que se dizem mais fãs do que você. É um sentimento confuso, você deseja que o mundo conheça o seu livro favorito, ao mesmo tempo que não quer que ele vire modinha. Mas o que é a modinha e o que são fãs posers?

"Modinha" é o termo que se usa para caracterizar algo que está fazendo muito sucesso, simplesmente pelo fato de estar fazendo sucesso. Um exemplo foi o fenômeno 'Cinquenta Tons de Cinza', que fez com que milhares de pessoas comprassem o livro só porque milhares de pessoas haviam comprado o livro. Muitos, nem sequer conheciam a história e compraram os livros porque todos estavam lendo. Modinha é quando uma enorme quantidade de pessoas passa a gostar de algo pelo simples fato de aquilo estar fazendo sucesso.

Existem, é claro, os fãs da trilogia 'Cinquenta Tons', e estes, não só leram os livros ou viram o filme, como também gostaram realmente da história. Eles podem até ter conhecido os livros muito tempo depois de seu lançamento, mas só disseram que gostaram de algo depois de realmente ter gostado. Percebem a diferença? Gostar por gostar x Gostar porque faz sucesso.

Não é de hoje também, o embate entre fãs antigos, novos fãs e posers. Mas como definir quanto o outro é fã de uma determinada coisa? Primeiro, vamos diferenciar posers de fãs.

Fãs antigos: Acompanham um livro ou saga há anos, basicamente, desde seu lançamento. Sabem detalhes dos livros que nem o próprio autor se lembraria. Leram o livro e sofreram esperando a continuação da história. Conheceram o livro antes de virar filme.

Novos fãs: Conheceram o livro/filme anos depois de seu lançamento. Geralmente, assistiram a adaptação e depois se apaixonaram pela história. Em muitos casos, ao ver o filme, se interessam pelo livro, mas não necessariamente. Podem chegar a ser tão ou mais fãs que os fãs antigos, especialmente se lerem os livros. A questão não é a quanto tempo você gosta de uma saga, mas sim o quanto você gosta dela. Estes, assim como os antigos fãs, gostam de verdade de um livro ou filme.

Fãs posers: gostaram de uma determinada saga porque fez sucesso. "Se todos gostam é porque é bom. Então eu também gosto!" Começaram a gostar depois de ter virado modinha e logo, gostarão de outra coisa que seja modinha também. Em alguns casos, se dizem mais fãs que os verdadeiros fãs.

É muito difícil distinguir esses três tipos de "fãs", principalmente, porque ninguém, exceto ele próprio sabe em qual categoria ele se encaixa. Não podemos definir o quanto outra pessoa gosta de um determinado livro ou saga, só podemos responder por nós mesmos. O principal erro ao julgar se alguém é poser ou não, é tentar definir o quanto aquela pessoa gosta da saga pela quantidade de tempo que ele a conhece. Não, isso não importa. O que importa é o motivo pelo qual a pessoa gosta daquilo. Gosto porque gosto x Gosto porque meus amigos gostam.

Um fã pode ser aquela pessoa que acompanhou tudo desde o real começo, mas também pode ser aquele que se apaixonou pelo livro depois de ver o filme. Ter conhecido uma história depois de ela ter ficado famosa não é errado. Vivemos em um mundo em que não é possível acompanhar tudo o que é lançado e, às vezes, é preciso um pouco de divulgação para que algo nos alcance. Não se sinta mal se conheceu Harry Potter só depois dos filmes. Eles são realmente muito bons, mas por favor, leia os livros! 


Os posers se dizem "fãs" e digo isso entre aspas, porque esses, de fato, não são como os verdadeiros fãs. Depois de um filme/livro se tornar amplamente famoso, algumas pessoas se dizem, em capslock, FÃS de uma saga. Eles compram os produtos licenciados, postam frases do filme no facebook, fazem cosplay dos personagens, colocam posters na parede e dizem gostar de algo sem nem gostar realmente. Não estou nem citando o fato de ele ter lido ou não o livro, porque isso é bastante relativo. 

Você pode SIM ser fã de algo que não leu. Perceba que alguns dos 'novos fãs' também não leem o livro e só conheceram a saga depois de famosa. A questão é que depois de conhecer, eles gostaram mesmo daquilo. Enquanto os posers, só passaram a gostar porque fez sucesso. Ser poser é fingir ser fã.


Além do modismo, outra coisa cria posers: a beleza dos atores das adaptações. Achar os atores bonitos não quer dizer que você é fã da história, quer dizer que você enxerga, só isso. Tudo bem gostar do Finnick só porque o Sam Claffin é bonito (bastante bonito, inclusive), ou desejar ser a Katniss só porque a Jennifer Lawrence tem olhos lindos. Mas você não é fã de Jogos Vorazes só por causa disso.

Antigos ou novos fãs, existe espaço para todos. Eu não sou mais ou menos fã só porque passei a gostar de uma saga depois de todo mundo. É claro que, se eu li o livro, sou mais fã do que aquele que apenas viu o filme, por motivos óbvios de que o livro é o original e o filme é apenas a adaptação. Mas mesmo os que só viram o filme, também podem ser considerados fãs. Se eu realmente gosto de algo é o que importa. Não finja ser o que não é, gostar do que não gosta. Ser poser é mais do que fingir para os outros, é fingir para você mesmo. Tenha opinião!

Imagens:Tumblr

maio 13, 2015

[Livros] A Vida, O Universo e Tudo Mais - Douglas Adams (O Mochileiro das Galáxias #3)

Título Original: Life, The Universe and Everything
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Páginas: 221
Gênero: Ficção Científica
País: Inglaterra
ISBN: 9788599296592
Classificação★★★★☆
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Fã absoluta da saga Mochileiro das Galáxias, confesso que o terceiro volume intitulado 'A Vida, O Universo e Tudo Mais' foi muito provavelmente o mais fraco da coleção, até agora. A narrativa de Douglas Adams não perdeu sua genialidade, mas o autor diminuiu bruscamente o ritmo. Apesar de continuar sendo incrível, dessa vez, foi mais difícil terminar a leitura.

Apesar de finos, os livros da coleção são muito complexos, futuristas e tecnológicos, portanto, é preciso muita atenção para entender todas - ou grande parte - das metáforas contidas em suas páginas. Demorei aproximadamente duas semanas para ler esse livro, e ao concluir a leitura, senti que esse volume não fez diferença alguma. Alguns pontos eu preciso ressaltar, e claro, o sarcasmo brilhante do autor está impregnado nas primeiras cinquenta páginas. Depois disso, tudo fica repetitivo, monótono e a narrativa não flui.

Depois do final bastante perturbador do livro anterior, somos levados a conhecer um novo Arthur Dent. O último terráqueo vivo, agora é um dos primeiros vivos. Sim, ele voltou no tempo e coincidentemente caiu em um planetinha azul e primitivo: a Terra. Lá (ou aqui), ele passa anos perdido, sozinho, vagando de caverna em caverna. Beirando a loucura, depois de anos de solidão, ele reencontra seu velho amigo Ford Prefect e em cenas engraçadíssimas, os dois partem juntos em busca de novas aventuras. 

Dessa vez, o autor não mexeu com temas tão polêmicos, dentre outros assuntos, o tema principal desse livro é o egocentrismo humano. Só vemos nossos próprios problemas, não enxergamos os dos outros. O homem acha que é o ser mais importante do universo, quando na verdade ele apenas faz parte do todo. Adams reafirma isso diversas vezes no decorrer de seus livros, nossa insignificância perante a grandeza do universo.

Preciso fazer uma ligação com um filme que assisti recentemente e que tornou ainda mais claro o que Douglas Adams já dizia há anos. Em 'Os Vingadores', Tony Stark (o típico estereótipo do humano que pode comprar o mundo), sonha construir uma armadura ao redor da Terra. Ele viu tudo o que havia lá fora (no Universo) e decidiu que nós precisávamos de proteção. O mesmo acontece com o planeta Krikkit, um planeta que descobre não estar sozinho no universo e decide aniquilar tudo o que não faz parte dele, só como forma de proteção. 

Essa 'tentativa' de se proteger do restante do universo é algo com que a ciência se preocupa há décadas. O conhecimento do que há além da estratosfera vem com o medo. Krikkit acaba sendo confinada dentro de um escudo para não destruir o universo. É basicamente a forma como a sociedade atual lida com os assassinos, confina-os para evitar que eles matem outros. A xenofobia dos homens de Krikkit pode ser comparada a dos terráqueos, que também já causou tantas grandes guerras no nosso planeta.

Outro ponto muito bem desenvolvido por Adams é a temporalidade. A relação causa-consequência e as viagens no tempo foram parte integrante da narrativa. Com muitas críticas sociais, o autor refletiu sobre a possibilidade de algo impossível, como 'voltar no tempo', se tornar realidade e conclui que estamos melhor assim. No presente.

Várias referências à Inglaterra, país de origem do autor, foram colocadas no livro e isso o tornou ainda mais rico. A cultura inglesa é exposta e satirizada por um inglês, de forma que o leitor perceba a importância de criticar seus próprios valores. Douglas Adams ousa provocar, atiçar e questionar o mundo e o que há além dele de maneira sagaz. A Vida, O Universo e Tudo Mais, foi de longe o livro mais fraco da série, mas ainda assim é uma obra "fantasbrilhante", tão única quanto esse último adjetivo que eu acabo de criar.

"Um POP é alguma que não podemos ver, ou não vemos, ou nosso cérebro não nos deixa ver porque pensamos que é um problema de outra pessoa. É isso que POP quer dizer: Problema de Outra Pessoa. O cérebro simplesmente o apaga, como um ponto cego. Se você olhar diretamente para ele, não verá nada, a menos que saiba exatamente o que é." (p. 23)

Sinopse: A Vida, O Universo e Tudo Mais - Após as loucas aventuras com seus estranhos amigos em O Guia do Mochileiro das Galaxias e O Restaurante no Fim do Universo, Arthur Dent ficou cinco anos abandonado na terra Pré-Histórica. Mesmo depois de tanto tempo, ele ainda acordava todas as manhãs com um grito de horror por estar preso àquela monótona e assustadora rotina.Talvez Arthur até preferisse continuar isolado em sua caverna escura, úmida e fedorenta a encarar a próxima aventura para a qual seria forçosamente arrastado: salvar o Universo dos terríveis robôs xenófobos do planeta Krikkit.

Este é o terceiro volume da "trilogia de cinco" de Douglas Adams, um dos mas cultuados escritores de ficção científica de todos os tempos. Seu humor corrosivo e sua habilidade em criar situações improváveis tornam seus livros fundamentais para qualquer um que tenha capacidade de debochar de si mesmo. Usando o planeta Krikkit como paródia da nossa sociedade e das guerras raciais, Adams cria uma história divertida, inteligente e repleta dos mais inusitados significados sobre a vida, o Universo e tudo mais.

"Viram as maravilhosas joias da noite em sua infinita poeira e suas mentes zumbiam de medo.  Permaneceram voando por mais algum tempo, imóveis contra a imensidão estrelada da Galáxia, também ela imóvel contra a imensidão do Universo. Depois fizeram meia-volta.
- Isso não pode ficar aí - disseram os homens de Krikkit enquanto navegavam para casa.
No caminho de volta entoaram diversas canções que ponderavam sobre paz, justiça, moral, cultura, esportes, vida em família e o aniquilamento de todas as outras formas de vida." (p. 69)

maio 11, 2015

[Sobre] #4 O que é a parceria com editoras?


Por muito tempo, as pessoas lutaram para serem ouvidas. Em plena era tecnológica, a opinião é mais que uma voz influenciando aos demais, é uma palavra, um pensamento, uma ideologia difundida entre os seus ouvintes (ou leitores). A internet e, sobretudo, as redes sociais deram poder aos usuários e agora, as opiniões são valorizadas. Tão valorizadas que se estabeleceu uma relação chamada parceria, e é disso que eu vou falar.

Na blogosfera existem diferentes níveis de marketing, um deles é a crítica informal literária. Falar sobre um produto, ou no caso que nos interessa, de um livro, é algo que se faz numa roda de amigos. Opinar, dizer porquê gostou ou não, recomendar uma leitura. Essas pequenas atitudes dão força ao mercado editorial. Em um país que não lê, ver jovens e adultos lendo (o que for) e fazendo disso um hobbie é fantástico. 

Escrever sobre o que se leu é mais do que fazer uma resenha, é compartilhar sua própria compreensão, refletir, analisar. Não estamos falando de elementos da crítica literária, estamos falando da liberdade com que podemos dar nossa opinião. Apontar falhas ou acertos, mediante nosso próprio julgamento. 

O estudo literário ainda é algo fechado, objetivo e que não dá muita liberdade interpretativa e opinativa, por conta disso, as crianças não se identificam com a leitura na vida escolar. Poder ler o que quiser, compreender a partir do seu próprio ponto de vista e julgar sem regras é o que traz tantos jovens ao vício da leitura. Bestsellers ou não, em todos os livros há algo a ser explorado e a crítica informal o faz. Sem preconceitos, sem restrições, você pode ler o que quiser. A liberdade que a blogosfera trouxe, rompe com séculos de padrões e censura. 


A partir do momento em que você registra sua opinião na internet, esta é vista por centenas, milhares de pessoas (dependendo da sua influência no meio) e assim, gera impacto em quem lê, Esse é o impacto que o mercado editorial quer causar nos leitores e assim, sua crítica, por mais informal que seja, é valorizada. 

Como disse anteriormente, o que tem valor sempre pode ser vendido ou trocado. É assim que se dá a relação entre blogueiros literários e editoras. Não é segredo algum, que muitos de nós, inclusive eu, recebem livros de editoras em troca de nossa opinião. É uma transação proveitosa para os dois lados. Os blogueiros que amam livros e as editoras que precisam desse marketing para vendê-los.

Como em qualquer transação, comercial ou não, existe um regulamento a seguir. Cada editora tem diferentes padrões estabelecidos e cabe ao blogueiro escolher o que se adéqua ou não ao seu blog, assim como as editoras também vão fazer ao selecionar a lista de blogueiros parceiros. Resenhas, divulgação, eventos, sorteios, são apenas algumas das ações que o blogueiro poderá realizar, e todas elas trazem grande retorno para a editora.


Todo começo de ano, as editoras disponibilizam um formulário para os interessados em firmar parceria com eles. Após a inscrição é só aguardar o resultado e se você for escolhido, fará parte do time de divulgação da editora. Você pode receber livros, material publicitário, folhetos, marcadores, bottons, brindes, kits e todo tipo de material que a editora disponibilizar. 

É claro que antes de conseguir uma parceria dessas, é preciso manter o blog por conta própria. Resenhar os livros que você tem, divulgar e alcançar uma determinada visibilidade na blogosfera. Não vou mentir, não é fácil, mas você chega lá. De qualquer forma, só quis explicar como funciona, o que é essa relação tão desejada por nós blogueiros e como ela afeta o mercado editorial. Se você estiver pensando em criar um blog literário, espero que esse post tenha sido útil. Para maiores dúvidas, estou a disposição.

Imagens:GoogleImages

maio 06, 2015

[Livros] O Despertar - Elaine Velasco (Filhos de Lilith #1)

Título Original: Filhos de Lilith - O Despertar
Autor: Elaine Velasco
Editora: Madras Teen
Páginas: 160
Gênero: Ficção, Fantasia
País: Brasil
ISBN: 9788537009468
Classificação★★☆☆☆
_______________

Vampiros, íncubos, súcubos e todo um universo mítico construído em torno dessas criaturas da noite. No livro de Elaine Velasco, somos apresentados a um mundo parecido com o nosso, mas onde demônios se infiltram e 'convivem' com os mortais. Fantástico, surreal e obscuro, Filhos de Lilith não é um livro para qualquer público. Suas referências ao ocultismo e sexualidade podem ser chocantes para os que não estão acostumados. Para os que já são amantes desses temas, o livro é um prato cheio.

Num tom bem gótico, a autora nos apresenta a história da protagonista Alice. Ela acabou de ser transformada em vampira e despertou para o mundo das sombras e da escuridão. Seus primeiros dias como recém-transformada e suas aventuras na noite são bem explorados e o papel de situar o leitor na história do livro - que é o primeiro volume de uma saga - foi cumprido.

A história é boa e os personagens são interessantes, mas a autora peca pela falta de descrições, tanto da ambientação, quanto da personalidade deles. O livro é basicamente todo narrado em diálogos, alguns tão bobos, que me desanimaram bastante. Alice e sua primeira 'melhor-amiga' vampira, chamada Carol, são irritantes. Suas falas fazem com que elas pareçam amigas de infância e não com pessoas que se conheceram a pouco tempo, como é o caso. 

Além do excesso de diálogo, outras coisas me incomodaram, como a grande quantidade de pessoas com que Alice se envolve. Tudo bem, ela é uma vampira, que vive de sangue e energia sexual, mas cada homem que aparece na história se envolve com ela, mexe com seus sentimentos e a confunde. O leitor geralmente quer se afeiçoar a um casal, o que não acontece nesse livro, porque a cada segundo há uma nova presa e uma nova 'paixonite'. Não dá pra saber se ela, de fato, chega a gostar de algum deles. E aliás, sempre que um deles morre, ela rapidamente supera e segue em frente.

A ambientação em São Paulo é bastante interessante. Me identifiquei com muitos lugares que apareceram descritos no livro. Talvez no Brasil não houvesse cidade melhor para abrigar vampiros. O centro de São Paulo, seus monumentos históricos e a Praça da Sé realmente combinam com a cultura gótica e com os costumes dos vampiros. O senso de justiça dos vampiros, nesse livro, também deve ser ressaltado. Alguns dos valores morais de criaturas já sem alma e coração, me surpreenderam e preciso parabenizar a autora por isso.  

Houve também bastante polêmica em torno de uma determinada cena que envolve aborto e punição aos que cometem esse ato. Acredito que a intenção da autora tenha sido realmente polemizar, colocando o aborto como um crime ou um pecado que deveria ser exposto. Tanto que uma personagem se manifesta contra a tal 'punição', mas como minoria, ela é ignorada. A cena pode ter diversas interpretações, mas eu vi como uma fiel representação da sociedade. A religião e a moral condenam as pessoas que apoiam o aborto, e quem for contra isso, é minoria, assim como a personagem. Minoria não tem poder decisivo, logo aquela única voz na narrativa, reflete uma voz ainda pouco ouvida que clama pelo direito da mulher decidir o que fazer com seu próprio corpo. 

Na narrativa, pode-se perceber fortes influências dos famosos bestsellers vampirescos, como Crepúsculo. Alguns trechos, inclusive, fazem referência à Diários do Vampiro e Crepúsculo. Talvez o que tenha faltado em Filhos de Lilith, seja exatamente um pouco do que sobra nessas duas sagas: drama. Eu não consegui me envolver com a protagonista e nem torci por ela em nenhum momento. A trama tem um potencial enorme, mas que não foi explorado ao máximo. 

Os vilões e criadores foram o ápice da narrativa. Por incrível que pareça, eu fiquei encantada pelo alto escalão vampírico, como Sebastian, Alejandro e Victor. Espero que nos próximos livros, possamos conhecer mais sobre eles. O foco em Alice não funcionou para mim, e para falar a verdade, a protagonista foi uma das personagens que eu menos gostei de conhecer. 

De qualquer forma, recomendo a leitura para os fãs dessas criaturas da noite. Inclusive fiquei curiosa para ler o segundo livro. A trama terminou na melhor parte e Elaine Velasco soube deixar o os leitores com um gostinho de quero mais. Vou dar duas estrelinhas porque muitas coisas me incomodaram na narrativa, mas espero que vocês possam ler e tirar suas próprias conclusões. 

"O sol podia ser fatal agora que estava totalmente transformada. Mas transformada em que exatamente? Por quem? E por quê? Quem a teria transformado naquele sugador de sangue e a abandonado à própria sorte, sendo um risco para ela mesma e para os outros?" (p. 31)

Sinopse: Alice não se lembra de seu passado, de quem era ou de onde veio. Fatos por ela desconhecidos sobre sua antiga família humana e sua ascendência a ligam diretamente a Lilith, a mãe dos súcubos e íncubos, senhora do inferno, esposa de Lúcifer e rainha das bruxas, tornando-a objeto de desejo de todas as criaturas da noite. Tudo que Alice sabe é que seu corpo anseia desesperadamente por sangue e prazer. E, para saciar-se, está disposta a tudo.

É assim que Carol a encontra, no centro de São Paulo, e oferece-lhe abrigo, proteção e esclarecimentos. Entretanto, há também um antigo clã de vampiros interessados na garota, que não hesitará em tentar aliciá-la, usando como artifício o belo e sedutor João Eduardo. Batharyal, um notório anjo caído, rei dos ladrões, também possui seus próprios planos para a confusa Alice e entrará nessa disputa.

Porém, uma estranha força a mantém ligada a seu criador, o excêntrico íncubo Alejandro, que conhecendo-a como ninguém, não hesitará em lançar mão de sua maior fraqueza: o amor por um humano…

"- O que você quer dizer com 'se alimentar adequadamente?
- Você vai ver - respondeu ela, dando uma piscadela." (p. 63)

maio 04, 2015

[Livros] Atenção Plena - Mindfulness - Mark Williams e Danny Penman

Hoje, eu não vim fazer uma resenha, mas sim um convite. Quero levá-los para um lugar incrível, que ninguém conhece e onde ninguém, além de você, pode entrar. Na sua própria mente. O livro Atenção Plena - Mindfulness de Mark Williams e Danny Penman lançado aqui no Brasil pela Editora Sextante, vai te ensinar a alcançar o equilíbrio e a paz que tanto buscamos em nós mesmos.

O que é mindfulness? ~ 

Nos últimos tempos, muito se tem ouvido sobre 'mindfulness'. A palavra inglesa significa 'consciência plena', ou seja, estar consciente de tudo o que acontece em sua mente. Esse estado de consciência é praticado desde a antiguidade no Oriente e nos últimos séculos, tem sido lentamente apresentado para o mundo Ocidental. 

Essa técnica de meditação está em voga porque o ser humano finalmente se deu conta dos efeitos da correria do dia-a-dia. Cada vez mais estressado, cansado e infeliz, o homem não vive sua vida plenamente. Doenças, transtornos de ansiedade, depressão. Todos esses desequilíbrios podem ser controlados com a prática de mindfulness. Manter o foco no presente e em nada mais, esse é o objetivo.

Existem diversos tipos de meditação, as mais populares visam 'esvaziar a mente', relaxando e deixando de lado as preocupações. O conceito de consciência plena proposto pela técnica mindfulness, procura fazer absolutamente o contrário. Como assim? Vou explicar.

Nosso cérebro não pára. A todo momento surge em nossa mente um novo pensamento. Esses pensamentos geram emoções, sensações, sentimentos que podem nos afetar psicológica e fisicamente. Quando surge em nossa mente um pensamento ruim, nós lutamos para afastá-lo e nossa consciência gasta muita energia nessa luta. Os pensamentos ocorrem em fluxo, o que significa que eles vem e vão, sem nossa interferência. É bem simples. Se pararmos de lutar contra eles, eles vão simplesmente desaparecer sozinhos. 

Cada vez que surge em nossa mente um pensamento como: 'sou um fracasso', nosso cérebro cria mil maneiras de evitar esse pensamento, ele imagina formas para que você não seja um fracasso, formas para que você não se sinta um fracasso, imagina coisas em que você pode ou não fracassar, e o principal, ele lembra de seus antigos 'fracassos'. Todo esse movimento foi ocasionado por um simples pensamento. É como se um inimigo batesse a sua porta e ao invés de ignorá-lo, você o convidasse para um chá. Não faz muito sentido, não é?

Experimente deixar seus pensamentos irem embora assim como eles vieram, naturalmente. É a proposta do mindfulness. Depois que eles forem embora, o que sobra é o aqui, o agora. Porém, não é tão fácil quanto parece. Nosso cérebro está acostumado a responder aos pensamentos de uma determinada maneira, não se muda um padrão de um dia para o outro. É um mecanismo de defesa que nós aprendemos desde a infância, mas pode ser um mecanismo auto-destrutivo e por isso, é preciso quebrar esse padrão. 

Mark Williams e Danny Penman trazem em Atenção Plena, um guia de como encontrar a paz em um mundo frenético. Com ensinamentos valiosos, os autores conduzem o leitor por um caminho árduo, porém extremamente benéfico. A prática de qualquer tipo de meditação não é simples, pelo contrário, é bastante desafiadora, porque tenta controlar algo que não pode ser controlado - a mente. Muitos desistem no meio do caminho, ou param de exercitar a mente quando atingem um determinado grau de desenvolvimento. A meditação deve ser contínua, não é um remédio para curar um male, mas sim para evitá-lo.

"Viver no presente, não pensar no passado e não se preocupar com o futuro." Com alguns exercícios práticos e outros nem tanto, Williams e Penman, pretendem mudar a vida do leitor em oito semanas. Por experiência própria, sei que as práticas ensinadas neste livro dão resultado. Fui apresentada à técnica por um terapeuta, e há algum tempo faço uso de exercícios de respiração e meditação. Sofro crises de ansiedade, traumas de fundo emocional são gatilhos para que a ansiedade tomem conta de mim. Em decorrência disso, minha vida sofreu várias adaptações e eu me privo de muitas coisas pelo simples fato de não conseguir controlar minha mente e meus medos. 

Mindfulness é uma prática para a vida, que vai te mostrar coisas que estavam bem ali e você não percebeu. Estar plenamente consciente vai te mostrar que pequenas ações podem ser mais do que simples ações. Regar as plantas, pegar o jornal, encher um copo de suco, se você realmente observar o que está fazendo, enxergará as coisas de outra forma. 

Feche os olhos e preste atenção em apenas uma coisa: sua respiração. Pensamentos virão, preocupações, lembranças, deixe-os ir, volte a se concentrar, no modo como o ar entra e sai de seus pulmões. Ouça, sinta. Depois de um minuto, abra os olhos. Você vai ver o mundo de outra forma, mais relaxado, mais calmo, mais conscientemente. 

Se nas primeiras tentativas não conseguir se concentrar de forma alguma, faça esse mesmo exercício dentro do chuveiro. Mas desta vez, sinta os pingos caírem na sua cabeça, seus ouvidos serão tapados pela água, então preste atenção apenas nela. Ouça, cada gota entrando em contato com a sua pele, sinta a água e nada mais. É uma sensação indescritível, vocês precisam experimentar. Essa técnica do chuveiro, eu aprendi em um filme excelente chamado The Peacefull Warrior ou Poder Além da Vida aqui no Brasil. Ele conta a história verídica de Dan Millman, um atleta que aprendeu a controlar sua mente, por meio da meditação e assim, superou seus maiores obstáculos.

Atenção Plena - Mindfulness pode mudar sua vida, sua forma de enxergar o mundo. Dê uma chance à paz interior. Experimente, você não vai se arrepender!

maio 03, 2015

[Eventos] Encontro Literário 'Era Uma Vez ... Livros & Cia'


Hoje, domingo (3), na Livraria Martins Fontes, houve mais um encontro literário. O evento, organizado pela Bia Freire do blog Era Uma Vez ... Livros & Cia, contou com a presença das autoras Bárbara Negrão, Carla Montebeler, Tais Cortez, Cinthia Freire, Camila Pelegrini e Babi A. Sette.


Durante aproximadamente duas horas (que passaram voando), as autoras falaram sobre seus livros, os desafios da profissão e responderam perguntas de leitores. O tempo curto, infelizmente impossibilitou algumas respostas que os leitores gostariam de ouvir. Mas não tem problema, em breve acontecerão outros eventos na própria Martins Fontes. 


Houve sorteio de muitos livros e brindes literários. Todos os livros sorteados eram nacionais, o que foi bem legal tendo em vista o tema central do evento. Infelizmente, esta que vos fala não ganhou nenhum livro no sorteio, mas tudo bem ... fiz novas amigas, conheci blogueiras, tirei muitas fotos, peguei muitos marcadores e conheci uma das autoras nacionais de que eu mais gosto: a Babi A. Sette.


Quando fechei parceria com a Babi, eu não esperava que fosse gostar tanto do livro dela. Entre o Amor e o Silêncio foi uma das minhas melhores leituras nacionais, e virei fã de carteirinha da autora. Lá, pude conversar com ela por alguns minutinhos e ela disse (imaginem!) que é fã do meu blog e que adorou a resenha que eu fiz do livro dela. É muita fofura, né? *-* Não ganhei livros, mas ganhei o dia ouvindo isso. O reconhecimento de um autor é algo que não tem preço, especialmente vindo dos seus autores favoritos.


Em resumo, foi um evento muito bom. Estou ansiosa pelos próximos e estou (junto com amigas blogueiras) organizando um evento também. Ainda não sei sobre data, local ou horário, mas sei que será algo bem legal e que será organizado com muito carinho para vocês. Em breve teremos mais informações. E por hoje é só, obrigada às meninas da organização, às autoras e à Martins Fontes, por ceder gentilmente o espaço para o evento. 

maio 01, 2015

[Livros] O Restaurante no Fim do Universo - Douglas Adams (O Mochileiro das Galáxias #2)

Título Original: The Restaurant At The End Of The Universe
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Páginas: 176
Gênero: Ficção Científica
País: Inglaterra
ISBN: 9788599296585
Classificação: ★★★★★
_______________

Brilhante, fantástico, inacreditavelmente genial... Eu poderia passar horas dizendo o quanto eu sou fã da obra de Douglas Adams, mas vou tentar ser breve e resumir tudo com: espetacular. Achei que nenhum livro jamais superaria o primeiro volume do Guia do Mochileiro das Galáxias, mas estava enganada. Em O Restaurante no Fim do Universo, Adams reafirma sua genialidade com ironia, humor e originalidade.

Uma enorme quantidade de metáforas e referências foi empregada na escrita da coleção e isso faz desta uma obra riquíssima, atemporal e clássica. Apesar de ainda não ter dado tempo de O Guia do Mochileiro das Galáxias entrar no hall de clássicos da literatura inglesa, provavelmente muito em breve, os livros serão considerados leitura obrigatória. História, política, economia, ciência, religião, valores morais, O Restaurante no Fim do Universo é um prato cheio de cultura e filosofia.

Na continuação da saga de Arthur Dent e Ford Prefect, os protagonistas vão lutar por sua sobrevivência, fazer novos amigos, reencontrar antigos inimigos e fazer descobertas fantásticas. A inteligência e o sarcasmo de Douglas Adams marcam presença em diversas passagens citando 'o apocalipse', o fim do mundo, viagem temporal, vegetarianismo, causa e consequência, e mais uma série de conceitos com os quais o autor lida brilhantemente.

Há durante a narrativa, fortes marcas do ateísmo do autor e suas alfinetadas no cristianismo. Como minha posição religiosa/filosófica é agnóstica/espiritualista, não me senti pessoalmente ofendida com o sarcasmo empregado. Pode ser que algum cristão se sinta atingido, e por isso, já afirmo que esse é o livro mais provocativo da saga. Definitivamente, por conta disso, foi o livro que eu mais gostei.

Ironia à parte, Douglas Adams fala sobre tecnologia, ciência e sobre os avanços que poderão nos permitir ir mais longe, literalmente. Ao mesmo tempo, ele expõe os problemas dos avanços tecnológicos, suas consequências para o meio ambiente e para as relações interpessoais. Em O Guia do Mochileiro, os objetos já tem personalidade, sentimentos e inteligência muito superior a dos humanos, até mesmo a dos extraterrestres.

A crítica à evolução dos seres humanos é fortíssima e as preocupações ambientalistas de Adams, expostas em 1980, são claramente atemporais. Os problemas, citados décadas atrás, trazem consequências irreparáveis ao nosso planeta, desde a poluição até o uso desmedido de recursos naturais. Expondo o fato de que é vegetariano, em certo ponto da narrativa, o autor ousa criar um boi que se apresenta aos clientes, sugerindo qual parte eles devem saborear de sua carne. O episódio ficou marcado como uma de suas mais clássicas alfinetadas e até hoje serve de exemplo em palestras sobre vegetarianismo. 

Sarcástica e ao mesmo tempo chocante, a forma como o autor conduz o livro transita entre o contraste do realismo e da fantasia. É incrível, literalmente. Além dos fortes posicionamentos do autor com relação a sociedade e o meio em que vivemos, há também críticas ao egocentrismo. No último episódio que vou citar aqui, Zaphod Beeblebrox é exposto a mais cruel das torturas: o Vórtice da Perspectiva Total, uma máquina que mostra o quão ínfimos nós somos com relação ao universo. Muitos morrem, perplexos por perceberem sua insignificância. Douglas Adams ousa fazer isso conosco também, mostrar que nós - criaturas humanoides, não somos nada perto da magnificência do Universo.


"A história de todas as grandes civilizações galácticas tende a atravessar três fases distintas e identificáveis - as da sobrevivência, da interrogação e da sofisticação, também conhecidas como as fases do como, do por que e do onde. Por exemplo, a primeira fase é caracterizada pela pergunta: Como vamos poder comer? A segunda, pela pergunta: Por que comemos? E a terceira, pela pergunta: Onde vamos almoçar?"(p. 106)

Sinopse: O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.

"Vale repetir, nesse ponto, as teorias que Ford arrumou, em seu primeiro contato com os humanos, para explicar seu hábito peculiar de ficar continuamente afirmando coisas absurdamente óbvias, como 'Lindo dia', 'Você é alto' ou ainda 'Então é isso, vamos morrer.'
Sua primeira teoria era que, se os seres humanos deixassem de exercitar seus lábios, eles grudariam. Após alguns meses de observação, encontrou uma outra teoria, que era a seguinte: se os seres humanos não moverem seus lábios, seus cérebros começarão a funcionar." (p. 113)


[Promoções] Top Comentarista - Maio

Olá queridos, hoje entra no ar mais um Top Comentarista do Love Lovers! Comemorando o lançamento do filme Uma Longa Jornada, o blog vai premiar o top comentarista desse mês com um kit lindo:  Uma Longa Jornada (capa do filme) + marcadores do blog + bloquinho.


Você quer levar esse super kit pra casa? *-*' 

Basta ficar ligado nos posts desse mês e dar sua opinião. O Top Comentarista deste mês termina dia 31/05/15. Então comente em todas as postagens de maio para ter mais chances de ganhar! ;)

* Lembrando que para participar é preciso comentar na maior quantidade de posts. Todos os posts desse mês (maio) valem! Ok? Então prepare-se e salve o blog nos favoritos para não esquecer de conferir as novidades que rolam por aqui :) Ou se preferir, assine nosso feed e você será avisado toda vez que rolar post novo no blog! É só cadastrar seu e-mail aqui do lado na barrinha Acompanhe por Email. 

Três regrinhas básicas: 
  • Comentar nos posts publicados de 01 de maio a 31 de maio. Comentários de conteúdo, ok? (obrigatório) 
  • Deixar um comentário nesse post com seu e-mail. (obrigatório) 
  • Ser seguidor do blog. (obrigatório) 

O ganhador será aquele que comentar mais vezes no blog no mês de maio. No caso de empate (o que é muito comum), vou numerá-los e sortear pelo random.org (o critério será a ordem em que cada um postou aqui deixando seu email, ok?)

O kit oferecido é cortesia da Editora Arqueiro
O ganhador deverá responder meu e-mail em até 48 horas.
Caso não responda no prazo, ou não siga todas as regras será desclassificado.
O blog enviará o livro pelo correio em até 20 dias úteis.
Promoção válida em território brasileiro.

P.S.: Se você quiser, pode ir acompanhando sua posição no Ranking de Comentaristas. Ele é atualizado semanalmente, geralmente na sexta-feira, mas é apenas para ter uma noção, no final do mês eu faço a contagem post por post, ok?

Mil beijos e comentem muito! ;*
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