março 23, 2016

[Livros] Espada de Vidro - Victoria Aveyard (A Rainha Vermelha #2)

Título Original: Glass Sword
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 496
Gênero: Distopia, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788565765947
Classificação: ★★★★★
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Simplesmente destruidor, Espada de Vidro consolida A Rainha Vermelha como uma das melhores distopias da atualidade. Se os volumes anteriores já haviam provado seu valor, nesta sequência há ainda mais ação, romance, política, coragem e maturidade. Coragem e maturidade, estas, que são notadas também na escrita de Victoria Aveyard.

A evolução da narrativa e de seus protagonistas é brutal, em tão pouco tempo tanto mudou. Alianças foram forjadas e quebradas, amigos se tornaram inimigos e Mare descobriu que não pode confiar em ninguém. Nem mesmo no seu próprio coração.

[spoilerdoprimeirolivro] Narrando os acontecimentos que se seguiram ao fim de A Rainha Vermelha, descobrimos mais sobre a Guarda Escarlate e os sanguenovos. A traição de Maven, ainda recente aumenta o clima de desconfiança e tensão entre todos. O cruel novo rei caça sua ex-noiva e seu irmão para acabar com suas vidas e as tensões políticas só se intensificam. [/spoilerdoprimeirolivro]

Enquanto isso, Cal e Mare sabem que representam um risco juntos pois poderiam colocar em risco a missão para proteger um ao outro. Buscando recrutar os recém-descobertos vermelhos-prateados, Shade, Farley, Mare, Cal, Kilorn e companhia são obrigados a esquecer suas diferenças por um bem maior. A cor do sangue (ao menos por enquanto) deixa de importar e sobreviver se torna uma prioridade. 

O triângulo amoroso - Kilorn, Cal e Mare - finalmente toma contornos bem delineados. Os dois garotos, cada um à sua maneira, tentam se aproximar da garota elétrica que agora aprendeu a proteger seu coração. Com medo de sofrer outra vez, Mare Barrow se esconde atrás de sua eletricidade e não tem mais medo de usar seus raios contra quem tentar machucá-la. 

Um pouco mais complexo que o volume anterior, Espada de Vidro é um livro bastante político. A narrativa contextualiza o leitor dentro da distopia e relata cada consequência das atitudes que os protagonistas tomam. Com grandes responsabilidades, esses jovens também falham. Mare sofre uma mudança drástica de atitude, seu coração endurecido por todas as traições é aos poucos estilhaçado e percebemos como o amor também pode matar tudo de bom que existe em nós.

O título do livro é uma metáfora para sua própria protagonista. Mare não tem mais medo, todo o sofrimento pelo qual passou - e pelo qual ainda passará - a torna mais forte. Apesar disso, ela ainda é a mesma garota de sangue vermelho que roubava comida para sobreviver e que ama sua família  e amigos acima de tudo. Sua força é sua coragem, mas o amor é sua fraqueza. Uma espada tão frágil quanto mortífera. 

Victoria Aveyard tem conduzido a série com maestria e é impossível não se encantar por A Rainha Vermelha. Seus personagens únicos e complexos são uma mistura de bem e mal. Ninguém é puramente bom e todos podemos falhar tentando acertar. É, até agora, o livro que mais me abalou psicologicamente e, definitivamente, cravou uma espada de vidro das mais afiadas no meu coração. 

"Uma vez eu lhe disse para esconder seu coração. Você deveria ter escutado." (p. 115)

Sinopse: O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar. Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. 

Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.

"Não passo da única luz de relâmpago na escuridão de uma tempestade solitária. Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar." (p. 275)


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