fevereiro 27, 2020

[Livros] Boa Garota - Jana Aston

Título Original: Good Girl
Autor: Jana Aston
Editora: AllBook
Páginas: 235
Gênero: Hot, Erótico
País: EUA
ISBN: B07RWC37Z5
Classificação: ★★
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Um romance hot bem fluido e divertido, Boa Garota de Jana Aston é uma leitura agradável apesar de nada crível. É o tipo de livro que devoramos em pouco tempo e que faz uma garota se iludir acreditando que cafajestes podem se transformar em príncipes encantados quando se apaixonam. Ou melhor, nos faz acreditar que cafajestes, de fato, se apaixonam. É a ilusão que amamos alimentar e esse é o tipo de romance que todas nós gostaríamos de viver.

Lydia é uma garota - bem tapada e insuportável - que foi boazinha a vida inteira. Quando cansa de fazer tudo direito, ela decide que quer um pouco de aventura na sua vida e isso pode levá-la às piores decisões possíveis. Decisões que podem não só destruir sua fama de boazinha como também destruir seu coração no processo.

Rhys é um empresário bem sucedido que não quer se envolver com ninguém. Para ele é muito mais simples pagar por relações de uma noite e evitar todo o envolvimento emocional que pode resultar disso. Quando os caminhos desses dois opostos se cruzam é algo arrebatador e Jana Aston descreve com comicidade as situações improváveis que conectam um ao outro.

Romance despretensioso para os amantes do gênero, Boa Garota é uma boa leitura e consegue fazer que suas leitoras se apaixonem ainda mais por um estereótipo de homem incorrigível. Apesar da protagonista ser muito sonsa e o contraste do casal ser gritante, rende uma boa distração. Se um homem é mesmo capaz de mudar por uma mulher eu não sei, mas que a gente sempre torce pelo final feliz é verdade.


Sinopse: Sempre fui uma boa garota.
Trabalho duro, sigo as regras, sempre conquisto meus objetivos.

Mas, às vezes, boas garotas querem coisas que não são boas para elas.
Ou alguém que não é bom para elas.
Tipo seu novo chefe.

E, às vezes, elas fazem coisas ruins para chamar sua atenção.
Como vender a virgindade em um leilão.

Quem diria que ele ficaria tão, tão bravo?
Talvez esse não tenha sido meu melhor plano…


fevereiro 22, 2020

[Livros] O Antigo Tarô de Marselha - Lo Scarabeo & Zilda H. S. Silva

Título Original: Ancient Tarot of Marseilles
Autor: Lo Scarabeo & Zilda H. S. Silva
Editora: Pensamento
Páginas: 88
Gênero: Tarô, Autoconhecimento
País: Itália
ISBN: 9788531521089
Classificação: ★★★★
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Não é segredo a minha fascinação pelo tarô e sua arte. O jogo, quase tão antigo quanto a curiosidade humana não é - como muitos pensam - uma previsão para o futuro, pelo contrário, é uma análise do presente e das possíveis consequências das nossas ações. O baralho conta a história do ser humano e cada carta simboliza uma etapa necessária para o nosso desenvolvimento.

Um dos tarôs mais antigos e que originou grande parte dos baralhos que conhecemos hoje é o Tarot de Marselha, produzido na França por volta de 1760. Numa edição bastante fiel ao seu original, a editora Pensamento nos presenteia com um deck de colecionador. As cartas que contém cópias das ilustrações originais, são bem diferentes das múltiplas interpretações disponíveis atualmente e preservam a magia e a simplicidade da época.

Item indispensável não só para aqueles que o utilizam como um oráculo divinatório mas também para aqueles que compreendem suas cartas como fonte de autoconhecimento e busca espiritual, o Antigo Tarô de Marselha é uma oportunidade de perceber que a humanidade enfrenta os mesmos desafios desde sempre e que os nossos problemas fazem parte da nossa jornada. Jornada essa que se inicia na ingenuidade do Louco (o arcano 0), passando por todas as etapas necessárias para nossa evolução e termina com o arcano do Mundo (o arcano XXII), encerrando ciclos para que outros se iniciem.

O tarô é uma representação da vida bem como suas cartas representam momentos e aprendizados. Que neste momento possamos ser compreensão e entendimento para aceitar nossas próprias escolhas e as consequências destas. Afinal, desse mundo só se leva o que se aprende. Faça o melhor possível com este aprendizado.

Sinopse: O Antigo Tarô de Marselha foi produzido originalmente em Marselha, no sul da França, a partir de 1760. Projetado por Conver e seus descendentes, este baralho entrou para a história após inúmeras reimpressões serem comercializadas em Marselha por mais de cem anos, o que o torna um verdadeiro item de colecionador para os interessados nesta antiga arte divinatória. 

Com textos de Lo Scarabeo e colaboração de Zilda H. S. Silva, esta edição foi feita a partir de uma cópia de 1870 de um colecionador particular do tarô de Nicolas Conver, a qual apresenta matizes mais vivos; especialmente no que diz respeito ao amarelo e verde, que é diferente do modelo de 1760, que é diferente do modelo de 1760 que se encontra hoje preservada na Biblioteca Nacional da França, tratando-se então de uma cópia fiel , e talvez o único e verdadeiro Tarô de Conver ainda existente em nossos dias.

fevereiro 04, 2020

[Livros] A Gaiola Dourada - Vic James (Dons Sombrios #1)

Título Original: Gilded Cage
Autor: Vic James 
Editora: Galera Record
Páginas: 415
Gênero: Distopia, Fantasia, Ficção
País: Reino Unido
ISBN: B079731JFH
Classificação: ★★
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Em sua distopia de estreia, Vic James constrói uma história a princípio interessante, mas que peca no  seu desenvolvimento e faz com que a leitura se torne arrastada e pouco significante. O gênero distópico flerta com o gênero fantástico nesse livro, porém, a combinação foi desastrosa. Há pouca ou nenhuma utilidade para os elementos fantásticos e isso me incomodou demais, creio que chegou até a atrapalhar.

Em uma Grã-Bretanha distópica, somos apresentados ao nada complexo sistema político: pessoas que possuem poder estão no poder - eles se denominam Iguais. Há uma tentativa de explicar historicamente como a sociedade chegou a este ponto, mas os esforços da autora para tal não chegaram a me interessar. Existem também as pessoas "sem habilidade", o povo, que está submetido às leis criadas pelos Iguais.

Uma lei suprema obriga todos os cidadãos a oferecerem dez anos de sua vida em regime de escravidão para seu governo. Este regime - que sinceramente me lembrou um contrato de trabalho comum, sem remuneração, claro - deve ser cumprido em cidades de escravos ou na casa de uma família aristocrata.

A narrativa se inicia com a família Hadley - pessoas comuns - que decidem cumprir seus dez anos de escravidão juntos e são enviados para uma família do alto escalão Igual. Um dos filhos, no entanto, não consegue uma vaga para servir com eles e é separado da família, indo parar numa das piores cidade de escravos da Grã-Bretanha. Lá ele percebe que uma revolta está crescendo e as primeiras faíscas de uma possível revolução são percebidas.

Enquanto isso, somos apresentados também à uma família de Iguais que detém grande poder decisivo nessa sociedade. Cada um com sua habilidade especial, eles tem suas próprias motivações para o governo e suas intenções nunca ficam muito claras. É difícil saber em quem confiar.

Quando os caminhos dessas duas famílias se cruzam podemos entender o real significado do título. Mesmo no poder, todos vivem numa gaiola ornamentada. Talvez a jaula seja diferente mas há sempre algo que os mantém refém de suas escolhas. Com ou sem habilidade, todos buscam um mesmo ideal: liberdade.

Alguns elementos fantásticos chegam a ser perturbadores como o fato de que pessoas condenadas são transformadas parcialmente em cachorros, tendo sua anatomia modificada e sofrendo maus tratos. É bizarro! Os capítulos também são narrados intercalados por quase todos os personagens, o que dificulta a empatia por qualquer um deles. Lembrando que este é o primeiro volume de uma trilogia, na qual eu não pretendo dar continuidade. No decorrer da trama eu já não me importava mais com quem faria o quê, acho que eu também estava querendo me libertar de tudo aquilo.

Sinopse: Em uma Grã-Bretanha distópica, além da riqueza e dos títulos, os membros da nobreza também possuem habilidades mágicas, como cura acelerada, leitura de mentes e controle da natureza. Os privilégios não terminam aí: todo plebeu deve servir à nobreza por dez anos. Não há como escapar.

Abi Hadley pensou que estaria fazendo um favor a sua família quando os inscreveu para cumprir seus dias de escravidão na residência da Família Fundadora, mas a garota mal sabia dos horrores que estavam por vir. Já seu irmão, Luke, acaba sozinho em uma das cidades mais brutais para os escravos. Tanto Abi quanto Luke precisarão se adaptar a suas novas realidades, ou, quem sabe, se tornar aliados na luta pelo fim dos privilégios de uma elite que busca cada vez mais poder.

Enquanto isso, o mais jovem aristocrata da Família Fundadora conspira para moldar o mundo à luz de seu dom sombrio, e os dias de escravidão podem ser apenas o início de algo muito mais cruel.

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