agosto 28, 2015

[Livros] Procura-se - Giovanna Vaccaro

Título Original: Procura-se
Autor: Giovanna Vaccaro
Editora: Novo Século
Páginas: 200
Gênero: Ficção, Sick-lit, YA
País: Brasil
ISBN: 9788542805574
Classificação★★★★☆
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Procura-se alguém que possa escrever essa resenha sem chorar. O meigo, encantador e sensível livro de estréia de Giovanna Vaccaro traz uma história comovente, escrita com a doçura de uma garota de quinze anos e a leveza de um romance adolescente. Com uma bonita mensagem de esperança e coragem, é um livro que promete unir corações. E também despedaçá-los.

A narrativa casual de Giovanna é contagiante. Comecei a ler e terminei em pouco mais de uma hora. Fiquei encarando o nada por alguns minutos, pensando em tudo o que tinha lido e em quanta maturidade havia nas palavras da autora. Procura-se é mais que uma história de amor, é um alerta para que todos passemos a viver nossas vidas plenamente, pois elas são imprevisíveis e finitas.

Ariane tem uma doença chamada coronariana, esta condição a acompanha desde pequena. Um fator hereditário, um gene defeituoso, uma roleta russa. A única daquela geração a desenvolver a doença, a garota vive e enfrenta bravamente todos os obstáculos e limitações que são impostas pela coronariana. Ela nunca havia desanimado, mas quando descobre que precisa de um transplante de coração urgente, a realidade a assusta, ela está morrendo.

Todos estamos indo em direção a morte, mas saber quando é o que faz a diferença. A ilusão de uma longa vida nos anestesia, faz com que não pensemos em nós mesmos, em tudo o que temos, nas coisas que amamos. Quando Ariane descobre que tem dois meses de vida, as coisas mudam. Ela muda. Sua única alternativa é se submeter a um transplante, mas todos conhecemos a realidade da lista de espera.

A história se passa em Nova York, portanto há muita ambientação para que o leitor se sinta, de fato, na Grande Maçã. Detalhes turísticos, descrições culturais e diálogos fofos costuram-se a trama, criando um tipo de romance com inspiração de Nicholas Sparks. O sobrenome da protagonista, inclusive, é o mesmo que o do autor. Esse crossover estabelece uma conexão entre os dois estilos de narrativa. Acredito ser uma referência bastante apropriada.

Na escola, Ariane tem sua melhor amiga Callie, uma personagem divertida, ousada e extremamente fiel. O que Ari nem imagina que um novo rapaz vai tomar sua atenção, seus pensamentos e seus sonhos. Com a ajuda da amiga, Ariane se aproxima dele e aos poucos vai percebendo que viver vale a pena. Um dia vivido com intensidade supera uma vida vivida com superficialidade.

Com os dias contados e ao mesmo tempo a possibilidade de uma vida toda pela frente, a garota decide aproveitar seu tempo. Reencontrar a mãe, que a abandonou há muito tempo é um de seus maiores desejos. Ousar, tentar, experimentar, um mundo novo de possibilidades enquanto espera a possibilidade ínfima de conseguir um coração compatível. Aos poucos, ela descobre o significado do amor e da esperança. E isso se traduz em Miles Bennet.

O casal de protagonistas é um dos mais fofos da literatura nacional e, confesso, que eu suspirei em diversos momentos do texto. O amor de Ariane e Miles é puro, nasce da amizade e em pouquíssimo tempo vira algo mais. Como toda paixão adolescente, é avassaladora e vai fazer com que a jovem tenha mais um motivo para lutar. Eu gostaria de ter conhecido mais sobre Miles, sua história, mas o livro é tão curto quanto a expectativa de vida de Ariane. É uma bela metáfora - adaptada de John Green -, algumas vidas tem mais capítulos que outras, afinal. 

Procura-se foi uma leitura deliciosa e que me fez chorar bastante. O amor sempre me comove e acredito que se algum dia deixar de comover, precisarei procurar um novo coração. O sentimento com que a autora conduz a história nos leva para longe. Para onde ninguém nos procuraria, para dentro de nós mesmos.

"Miles e eu rimos e esperamos. Quando descemos do brinquedo, quis deitar no chão e gritar de tanta felicidade, mas eu não faria isso perto de Miles.
E, de repente, notei que aquilo tudo, todas as coisas erradas que eu fazia eram prejudiciais ao meu coração. Mas eu não ligava... 'Tudo que me mata me faz sentir mais viva', pensei." (p. 53)

Sinopse: O tempo que Ariane tem de vida é bem menor do que se imagina. Desde os seis anos, sofre com a doença arterial coronariana, uma deficiência cardíaca genética; rara em pessoas jovens, mas fatal. Mantendo-se com a ajuda de remédios, ela conta com a ajuda de seu pai e de sua irmã Becky. Para agravar a situação, após uma crise de insuficiência cardíaca, ela recebe a notícia de que deverá passar, o mais urgente possível, por um transplante de coração, caso contrário, seus dias estão por um fio.

Porém, ela tem uma nova razão para pulsar: seu novo amigo Miles. Ariane se envolve em uma paixão “quase” perfeita – diante do difícil drama que enfrenta! Juntos, eles tentarão encontrar uma saída e farão de tudo para congelar o tempo e eternizar cada segundo que lhes resta, como um extenso fio de esperança que surge a seu futuro tão incerto.

"- Ariane, quero que você saiba... - começou.
- Não estrague tudo, Benet. - Olhei fixamente para ele, sorrindo.
Nossos corações batiam no mesmo ritmo, nossos olhos estavam fixos, nossa respiração estava devagar e podíamos sentir tudo. Estávamos a centímetros de distância, meu rosto estava a milímetros de distância do rosto de Miles. E eu conseguia sentir...
Já era amor antes de ser." (p. 154)


agosto 26, 2015

[Eventos] Encontro de Leitores: Colleen Hoover, Abbi Glines & Jamie McGuire


Neste domingo, 23, aconteceu na Martins Fontes um Encontro de Leitores dedicado aos fãs de Colleen Hoover, Abbi Glines e Jamie McGuire. O evento foi organizado pela Karol do blog Veias Literárias, pela Bianca do blog Belo Desastre e pela Amanda do blog Livros: Ontem, Hoje e Sempre


Reunir fãs de um autor já é incrível, imagina reunir fãs de três! Colleen Hoover, Jamie McGuire e Abbi Glines têm uma legião de leitores e ali, na Martins Fontes, estávamos nos sentindo em casa. Entre pessoas que realmente gostam do que nós gostamos. Muitos gritos histéricos e suspiros marcaram presença quando se tratava de Travis Maddox, Rush Finlay e Miles Archer. Especialmente quando no telão apareciam seus respectivos representantes. Posso garantir que Nick Bateman e Colton Haynes cobrem as expectativas muito bem. HAHA'


Um evento bastante informativo, o encontro nos deixou a par das adaptações cinematográficas que estão por vir e discutiu os próximos lançamentos das autoras aqui no Brasil. As meninas fizeram um esquema de senha bem organizado. Pulseiras personalizadas e um limite de participantes garantiram conforto para todos. Foi, definitivamente, um dos melhores eventos realizados lá na Martins Fontes.

Houve também brincadeiras como 'De Quem É A Frase?' e 'QUIZ'. Claro que em um evento destinado à fãs de Colleen Hoover não podia deixar de ter SLAM. Infelizmente - ou muito felizmente - ninguém mais quis se apresentar. Eu, que não tenho a menor vergonha, recitei meu slam 'A Rosa' e levei Ugly Love para casa. Coisa linda, eu tava doida para ganhar! <3 

Nas brincadeiras nosso time ganhou duas vezes também. Fazer novos amigos (e ainda por cima vencer com eles) não tem preço. Vai grupo 2! o/ Resumindo, foi um domingo muito agradável. Minha companhia desta vez foi a Jú do Canela Doce. Parceira de eventos, #tamojunto! 

As autoras interagiram conosco durante o evento, curtindo e compartilhando as fotos que postávamos. Foi motivo de alegria e, claro, tivemos ainda mais certeza que amamos essas três fofas. Foi demais, quero o próximo para ontem! <3 



agosto 23, 2015

[Livros] Prometo Falhar - Pedro Chagas Freitas

Título Original: Prometo Falhar
Autor: Pedro Chagas Freitas
Editora: Novo Conceito
Páginas: 400
Gênero: Crônicas, Ficção
País: Portugal
ISBN: 9788581637495
Classificação★★★★★
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Único, honesto, brilhante! Demorei semanas - literalmente -, para resenhar Prometo Falhar de Pedro Chagas Freitas porque não existem palavras suficientes para que eu defina o quanto fui impactada por esta leitura. Falhei ao tentar conter o choro durante a leitura, assim como falhei ao tentar esquecer as histórias que me fizeram chorar. Tento escrever minhas resenhas com precisão linguística, e por conta disso, escolher as palavras certas foi muito difícil. Dar nosso melhor, no entanto, não significa atingir a perfeição, então nessa resenha eu prometo falhar, outra vez.

Pedro Chagas Freitas escreve de forma única, seu livro não parece com nada que eu tenha lido antes e essa talvez seja a maior das minhas falhas - nunca ter lido algo tão real. O autor desconstrói a narrativa: ortografia, semântica e estilística, para transformá-la em algo diferente, algo mais falho e assim, mais real. Em grande parte do texto, a pontuação é ignorada como se não fosse importante, e de fato, não é. O autor deixa claro que não vai sujeitar seus sentimentos, sua criatividade à limitações impostas pela sociedade, que dirá então pela gramática. E por isso, o admiro ainda mais.

Em cenas soltas, e ao mesmo tempo, interligadas pela narrativa peculiar do autor, Prometo Falhar é uma espécie de alegoria do amor: imperfeito e extraordinário. O narrador é uma mesma pessoa e, ao mesmo tempo, é várias. Cada história contada em uma cena - e são muitas as cenas - é digna de um livro próprio. Entretanto, essa complexidade de ter tanta coisa dita em tão pouco tempo não torna a leitura superficial, pelo contrário, faz com que o leitor mergulhe profundamente em cada história.

Não foi uma leitura rápida porque, como eu disse anteriormente, as cenas são extremamente bem escritas e possuem uma carga emocional muito forte. Em sua maioria crônicas sobre o amor, os fragmentos de histórias que o autor conta são românticos, intensos, humanos e, acima de tudo, sensíveis. Pedro fala sobre todas as formas de amor e as mistura entre si, sem tabus ou restrições. Amor, paixão, desejo, sexo, perfeição e realidade permeiam suas mais de quatrocentas páginas.

Pedro Chagas Freitas não escreve sobre o amor perfeito, incrível, sagrado. Ele escreve sobre o amor falho, cheio de defeitos, para o qual fomos destinados. Lamechas assumido, quer mostrar ao mundo que os homens também amam e também falam sobre o amor. Rompendo paradigmas - de todos os tipos -, o autor desmistifica e critica a perfeição, se atrevendo a ser um romântico, um sonhador. O amor pode ser falho, assim como somos todos nós, mas se me permite uma última sugestão: tu vais amar este livro tanto quanto eu!

"...Nada é mal escrito quando se escreve o amor. Ou tem o amor inteiro ou não é poema nenhum. Já que escrever se obstáculo do porquê para escrever o amor. Há que recusar os coitados que não o conhecem e que analisam um texto de amor como se analisa um texto qualquer. Mas um texto de amor não é um texto qualquer - pela simples, e tão óbvia, razão de que um texto de amor nem sequer e um texto; é amor.Quem escreve um texto de amor está pouco ligando para a literatura. 
O que é a literatura quando se ama assim?" (p. 159)

Sinopse: Prometo Falhar é um livro que fala de amor. O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta. Em crônicas desconcertantes, Pedro convida o leitor a revisitar suas próprias impressões sobre os relacionamentos humanos. 

"Se você não adormecer todos os dias com uma inexplicável vontade de voltar a acordar só para estar nos braços da pessoa com quem adormeceu, desista de amar, porque, fique sabendo agora, só o que nos faz adormecer felizes sem deixar de nos fazer ter vontade de acordar felizes é que é mesmo amor. 
Se você não acordar todos os dias com uma vontade inexplicável de voltar a adormecer só para poder adormecer em paz ao lado de quem você ama, desista de amar, porque, fique sabendo agora, só o que nos faz acordar felizes sem deixar de nos fazer ter vontade de adormecer felizes é que é mesmo o amor." (p. 204)


agosto 17, 2015

[Livros] Um Amor, Um Café & Nova York 2 - Augusto Alvarenga

Título Original: Um Amor, Um Café & Nova York 2
Autor: Augusto Alvarenga
Editora: D'Plácido
Páginas: 191
Gênero: Romance, Ficção
País: Brasil
ISBN: 9788584251247
Classificação★★★☆☆
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No segundo volume da saga Um Amor, Um Café & Nova York, Augusto Alvarenga nos mostra como anda a vida de Camila Borges em Nova York. O sucesso e a fama não mudaram a cabeça da garota e, principalmente, não fizeram com que ela esquecesse seu primeiro amor. Pensando constantemente no ex-namorado, a cantora não consegue seguir em frente, e tudo ao seu redor muda, menos ela.

Confesso que no primeiro livro, me encantei mais com a história da protagonista. Os defeitos que ela já possuía foram piorados e sua falta de maturidade se tornou mais evidente desta vez. Sua personalidade, ou a falta dela, foram o maior problema para mim. Camila não tem vontade própria, cada uma de suas decisões - erradas ou certas - é tomada pelos outros. Isso me incomodou muito durante a leitura, mas é compreensível se pensarmos em uma adolescente confusa e imatura alcançando seus maiores desejos. 

Guilherme, por outro lado, faz suas próprias escolhas e todas elas são péssimas. Desde que 'obrigou' Camila a aceitar a proposta de morar em Nova York, ele só pisa na bola. O casal Guimila não existe mais e o que restou deles guia essa segunda história. Há menos romance, e apesar de surgir um novo pretendente para a cantora, ele não chega a ser interessante, nem para Camila, nem para o leitor. Portanto, ainda há esperanças para esses dois teimosos.

A fofura presente na escrita do autor continua a mesma, e apesar do pouco desenvolvimento dos protagonistas, os personagens secundários roubam a cena. Quem antes torcia pelo casal principal, agora vai se encantar por uma outra relação. Confesso que foi o ponto alto do livro para mim. Não vou dar spoiler, mas posso dizer que eu já shippava esses dois desde o final do livro anterior.

A diagramação continua impecável e as ilustrações são de encantar qualquer um. Ao contrário da capa do primeiro livro, as cidades de Nova York e Belo Horizonte foram invertidas e a impressão é que o mundo de Camila virou de cabeça para baixo. Uma sacada muito inteligente e original. 

De maneira geral, o segundo livro é tão gostoso de ler e fluido quanto o primeiro. É uma leitura mais adolescente e que nos leva para uma realidade bem diferente da nossa. A perspectiva da fama e os acontecimentos surreais fazem com que o leitor esqueça completamente que existe vida após a ficção. Durante a leitura, Augusto me levou a Nova York, onde tomei um café e fui famosa. Ao fechar o livro, voltei a ser a blogueira que aguarda ansiosamente pela continuação dessa história. 

"É um sonho! Foi um sonho... Mas o que importa é que você precisa guardar as lembranças boas... O que for de ruim, você deixa pra lá, esquece. Mas guarda o que for de bom... Sério. Eu não quero pensar no amor se não for assim. Não quero pensar no amor como algo temporário, que quando acaba se corrói e destrói tudo o que teve de bom. Não quero ser corroído. Quero viver a esperança do bom." (p. 86)

Sinopse: Dois anos se passaram desde que Camila se despediu do Brasil. Vivendo seu sonho em NY com seus melhores amigos, ela pensa que este será um ano como os dois anteriores... Quando seus pais e amigos a convencem a voltar para casa, Camila se vê encurralada por lembranças do passado e o medo do futuro, sendo obrigada a enfrentar seus sentimentos adormecidos sem transparecer isso para as câmeras. Assim como em nossa própria vida, cada novo capítulo trará uma nova surpresa, novos personagens e novas emoções para essa história. Será que Camila está preparada para as consequências de viver seu sonho?

"No fim das contas, era algo até difícil de entender: como o amor podia ser tão mal visto aos olhos de algumas pessoas? Afinal, era amor: puro. O sentimento que eu sentia pelo Guilherme, e que me fez tão feliz. Que mudou a minha vida." (p. 90)


agosto 15, 2015

[Eventos] Lançamento do Selo Globo Alt


Olá queridos, hoje foi o lançamento do selo Globo Alt na Livraria Cultura do Shopping Market Place. Fui convidada, alguns dias atrás, pela Nathália Bottino, uma das responsáveis pelo marketing da editora a comparecer no evento representando o Love Lovers. Claro que eu não podia recusar esse convite. Nem mesmo a distância fez com que eu desistisse de comparecer, eu moro do outro lado de São Paulo, mas valeu a pena cada segundo (e cada integração do Bilhete Único HAHA) que eu gastei para chegar lá. O resultado você confere nesse post. 

O evento foi conduzido pelo departamento de marketing da editora e foi muito organizado e divertido. Com gêneros (ou subgêneros) literários como new adult, young adult, fantasia, distopia, chic-lit, sick-lit, entre outros, o selo Globo Alt chegou para aquecer ainda mais o mercado literário jovem.

Conhecemos as criadoras do selo Globo Alt, Verônica e Jéssica, que ano passado eram estagiárias (que sucesso!) na editora. Com o intuito de criar uma categoria especial para o público que mais consome livros no Brasil, elas tiveram a ideia de um selo alternativo, ideal para os jovens. Surgiu o Globo Alt, um selo alternativo, com a nossa cara.

Uma editora bastante aberta a sugestões, a Globo Livros pede a opinião dos leitores quanto à capas, títulos e até mesmo futuras aquisições de livros estrangeiros. O que é muito interessante, porque o público jovem gosta dessa coisa de participar, estar envolvido no processo. Nós somos uma geração que quer saber de tudo, quer opinar, quer poder fazer. Essa abertura dada pela editora é um passo muito importante na comunicação entre editoras-leitores, afinal, amplia horizontes enquanto estreita relações. 

Durante o evento, Eugênia, Camila, Lucas e Alyster falaram sobre os livros já publicados da editora e sobre os futuros lançamentos. Tem muita coisa legal que eu nem conhecia e graças ao evento pude desejar ler. O mais interessante nos eventos organizados por editoras é que quando o pessoal do marketing está envolvido, eles realmente te fazem querer comprar o livro. Gente que gosta do que faz e é bom no que faz. Meu sonho é encontrar um emprego desses quando eu terminar a faculdade de Letras. #Fikadika, Globo! Teve também o sorteio de cinco exemplares de Battle Royale, eu cruzei muito os dedos para ganhar - e funcionou!

Vimos booktrailers e vídeos de autores estrangeiros gravados especialmente para o evento. As apresentações criadas por Verônica e Jéssica fizeram todo mundo gargalhar. Divertidíssimas, elas arrasaram ali no palco e sambaram na cara da sociedade. Dois beijos de luz. Também adorei as apresentações de Camila, Lucas e Alyster, os três sabem do que estão falando e transmitiram muita confiança e paixão pelo trabalho. Em pleno sábado, eu sei o quanto isso é difícil, pessoal. Palmas para vocês! o/ A fofa da Eugênia, disse ser um pouco insegura de falar em público, mas também foi super bem lá na frente. Você estava entre a gente, Eugênia, não precisava se preocupar. E a propósito, você também arrasou! 

A editora apresentou vários livros e eu confesso, desejei loucamente Battle Royale, Fúria Vermelha, Meu Romeu e Menino de Ouro. Todos eles eu ganhei no final do evento (depois de ter um miniheartattack). A Globo Livros pelo selo Globo Alt distribuiu sete (isso mesmo, S-E-T-E) livros deles para todo mundo que compareceu ao evento. Em sua maioria blogueiros, foi um investimento alto, que nós leitores vorazes retribuiremos em forma de leitura e resenhas! A opinião do leitor é muito importante para a editora e vale ressaltar que grande parte das resenhas feitas por blogueiros é divulgada na página da Globo Alt no facebook. 

Eu queria falar sobre todos os livros apresentados aqui no post. Infelizmente não dá, então, escolhi falar sobre os três que mais me chamaram atenção e que espero, em breve, ler e resenhar para o blog. A lista de leituras é enorme, mas sempre cabe mais um. Afinal, vamos deixar a meta aberta e quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta. Conheça abaixo um pouquinho sobre os mais novos candidatos a queridinhos da minha estante:


Battle Royale é um thriller de alta octanagem sobre violência juvenil em um mundo distópico, além de ser um dos best-sellers japoneses e mais polêmico entre os romances. Como parte de um programa implacável pelo governo totalitário, os alunos do nono ano são levados para uma pequena ilha isolada e recebem um mapa, comida e várias armas. Forçados a usarem coleiras especiais, que explodem quando eles quebram uma regra, eles devem lutar entre si por três dias até que apenas um "vencedor" sobreviva. O jogo de eliminação se torna a principal atração televisiva de reality shows. Esse clássico japonês é uma alegoria potente do que significa ser jovem e sobreviver no mundo de hoje. O primeiro romance do jornalista Koushun Takami, tornou-se um filme ainda mais notório pelo diretor de 70 anos de idade, Kinji Fukusaku.


Fúria Vermelha é o primeiro volume da trilogia Fúria Vermelha, e revive o romance de ficção científica que critica com inteligência a sociedade atual. Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade. 'Fúria Vermelha' será adaptado para o cinema por Marc Forster, diretor de Guerra mundial Z.



A família de Max não permitiria nenhum desvio na imagem perfeita que havia construído. Karen, a mãe, é uma advogada renomada, determinada a manter a fachada de boa mãe, esposa e profissional. Steve, o pai, é o exemplo do chefe de família presente em sua comunidade, favorito a um importante cargo público. O ponto fora da curva é Daniel, o caçula, que, para os padrões da família Walker, é “estranho”: não é carinhoso, inteligente ou perfeito como Max. Melhor aluno da escola, capitão do time de futebol, atlético, simpático, sucesso entre as garotas: Max, o primogênito, é o menino de ouro. Ninguém poderia dizer que Max esconde um segredo.


Bom, isso é tudo pessoal! Para conhecer mais sobre Globo Alt e seus livros, curta e acompanhe a página deles no facebook. Quero agradecer demais ao pessoal da editora pelo carinho, pelo convite e pela confiança! Leitores, espero que tenham gostado do post, eu adorei o evento e quis compartilhar a experiência com vocês. Nós vemos em breve, em mais um evento literário! Mil beijos <3 

[Promoções] Aniversário do blog Livros: Ontem, Hoje e Sempre


Boa tarde leitores! <3

Hoje, o blog Livros: Ontem, Hoje e Sempre comemora o seu primeiro aniversário! Yay o/ Um ano de muita dedicação, esforço e muitas leituras e posts. "Agradecemos imensamente a todos os visitantes do blog, seguidores das redes sociais e blogs amigos, sem vocês não existiríamos."

Mas é claro que não deixaríamos a data passar em branco. Decidimos organizar um Sorteio Especial de Aniversário para vocês! 

O LOHS vai sortear muitos prêmios junto a blogs amigos, e dois livros autografados da escritora Jamie MacGuire. Não deixem de participar e levar os livros pra casa!

agosto 13, 2015

[Sobre] Personagens Secundários #1


Olá queridos, nessa semana decidi falar sobre 'personagens secundários'. O que são, como vivem e onde se escondem essas criaturas? Em forma de perguntas, esse post é um convite aos leitores para prestarem atenção aos personagens que não "chamam" atenção. 

O que difere um personagem secundário de um protagonista é sua importância na trama?

Não necessariamente. Muitas vezes um personagem secundário tem uma grande importância na trama, mas acaba ficando oculto durante grande parte da história. É o caso do típico livro de suspense em que o mordomo é o assassino. Ele era secundário, mas foi basicamente quem originou toda a história. Alfred, o mordomo, matou geral e passou despercebido.

Os protagonistas são mais interessantes e, por isso, são protagonistas?

Jamais. Existem muitos livros em que os personagens secundários são milhões de vezes mais interessantes. Na minha opinião, em Will & Will, os dois personagens que dão nome ao livro são extremamente chatos. Tiny Cooper é a estrela do livro. Ele brilha e ofusca os protagonistas e como coadjuvante toma o papel principal. 

Se eu gostei mais do personagem secundário do que da protagonista, eu não gostei da história?

Não, nada a ver. O sentimento por um personagem não deve afetar sua perspectiva e impressão sobre a história. Claro, que é difícil gostar de Crepúsculo se você não suporta a Bella, porque a quadrilogia é narrada do ponto de vista dela, mas o leitor deve separar uma coisa da outra. Então .. esquece a sonsa e pensa que o Jasper é bem mais interessante.

Qual é a função de um personagem que não é protagonista?

Sem o peso de ter que conquistar o leitor, o personagem secundário, ou de apoio, é mais como nós. Ele geralmente não é extraordinário, nem heroico. Os grandes feitos e sofrimentos ficam a cargo dos mocinhos e mocinhas, mas ele é simplesmente real, palpável. Quase sempre desempenham a função de 'amigos' e a cumprem da melhor maneira possível. Vide Sam, que é a melhor coisa de Senhor dos Anéis, o amigo mais honrado, o melhor de todos, viu Sr. Frodo?


Meus coadjuvantes preferidos (que superam seus protagonistas) são: 

Samwise Gamgee: Sam é o melhor amigo de Frodo e decide acompanhá-lo numa jornada que (muito provavelmente) o levaria à morte. Ele não abandona o amigo nem quando, sob influência do Um Anel, Frodo desconfia de sua lealdade. Amizade como essa não tem como não admirar. Alguns dizem que Sam não é coadjuvante, mas essa é uma discussão antiga e na minha opinião ele é sim.

Tiny Cooper: Tiny é simplesmente a alma de Will & Will. O personagem mais absurdamente fora dos padrões é o mais interessante, envolvente e, além de seu jeito contagiante de viver a vida é tão ferrado por dentro quanto qualquer adolescente. Gay, ou como diz John Green, o maior e mais gay garoto do planeta, Tiny chama atenção na escola por seu tamanho e por seu estilo. Para mim, ele chama atenção por sua determinação, confiança e lealdade.

Finnick Odair: Finnick se tornou meu personagem favorito muito rápido. Engraçadinho, ousado e extremamente corajoso. Sua relação com Anne é a coisa mais linda do mundo, ele se voluntaria por ela, se voluntaria à morte para salvá-la. E as atitudes dele na arena no Terceiro Massacre Quartenário, protegendo os amigos e cuidando de Mags tanto quanto possível também me fizeram chorar. Um dos melhores personagens literários.

Ryan Turner: Recentemente li Sr. Daniels e entendi o real motivo de tanta comoção com o livro: Ryan. O personagem secundário é encantador, misterioso e tem um bom-humor contagiante. Assim como Tiny, ele é gay, mas o diferencial é que ele não pode contar isso para ninguém. Sua mãe, extremamente religiosa, crê que a homossexualidade leve as almas para o inferno e por conta disso, ele finge ser algo que não é. Finge até mesmo ser feliz.

Meus personagens favoritos são todos masculinos por uma questão de que eu geralmente gosto mais deles. Independentemente de serem gays ou héteros, não é uma escolha ligada à aparência e sim à personalidade e atitudes. Poucas personagens femininas têm a minha admiração e as que têm não são coadjuvantes. E quanto a vocês? O que acham dos personagens secundários? Quais são os seus favoritos? 

[Livros] Sr. Daniels - Brittainy C. Cherry

Título Original: Loving Mr. Daniels
Autor: Brittainy Chantal Cherry
Editora: Galera Record
Páginas: 322
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788501104502
Classificação★★★★☆
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Sr. Daniels é apaixonante, emocionante e encantador! Tanto o livro quanto o protagonista que dá nome à história cabem nesta descrição, pois ambos são absolutamente incríveis. Brittainy traz um livro sensível, que fala sobre dor, superação e, sobretudo, amor. Me encantei por sua escrita, por seus personagens e por sua história. 

Lágrimas, sorrisos e suspiros foram arrancados de mim nestas pouco mais de trezentas páginas. Sr. Daniels é muito mais do que eu esperava e, foi uma grata surpresa. É um livro interessante, sem personagens irritantes ou superficiais. Cada personagem escrito por Brittainy é único e importante para a narrativa. Isso é tanto verdade que Ryan - um dos personagens secundários mais encantadores desde Tiny Cooper - foi, na minha opinião, a melhor coisa do livro. 

A autora aborda neste livro uma imensa gama de assuntos e os trabalha de maneira impecável. Ética, homossexualidade, religião, sexo, drogas, violência, morte. Temas densos como estes fazem parte da narrativa, mas a escrita de Brittainy, pelo contrário, não é nada densa. Sua sensibilidade é notável e cada um desses temas comove, emociona, faz pensar. Ela transforma temas controversos, complicados em belas histórias e mensagens de amor. 

Ashlyn acabou de perder sua irmão gêmea. Sua outra metade, seu porto-seguro. Sua mãe a despreza e ela se vê obrigada a morar com o pai - com quem não tem contato há anos. Superar a morte da melhor amiga, irmã e conselheira não têm sido nada fácil e lidar com uma nova cidade, novos amigos e novos problemas não ajuda muito. A dor e a saudade continuam se fazendo presentes, em cada segundo, a cada respiração.

Daniel é músico e professor. Após a morte dos pais, ele tenta preencher seu tempo e seus pensamentos com a música e com Shakespeare. Isso, porém, não parece ter sido o bastante. Ambos sofrem com a dor da perda e estão desolados por causa dela. 

Ashlyn e Daniel se encontram por acaso em um trem e é atração à primeira vista. A troca de olhares evolui para uma primeira conversa, onde surge uma citação de Shakespeare. Ambos são apaixonados pelo autor inglês e essa ligação poética que os une é maior do que eles imaginam. Um encontro, sorrisos, algumas lágrimas e palavras carinhosas depois, eles percebem que foram feitos um para o outro. Ou deveriam ter sido.

No primeiro dia de aula de Ashlyn, a garota descobre que Daniel - o cara por quem ela estava se apaixonando - é Sr. Daniels, seu professor de literatura. Ética x paixão, moral x amor. Os dois se gostam e não podem ficar juntos porque não é permitido. Esse empecilho, no entanto, só vai aumentar o desejo de um pelo outro e causar vários problemas no decorrer do livro. 

Antes de morrer, a irmã de Ashlyn, Gabrielle, escreveu várias cartas para a irmã. Para ajudá-la a lidar com o luto, com a dor e com a vida. Com cada carta vem um desafio, algo que a irmã deve fazer. De maneira singela, Gabby está lá, com a irmã o tempo todo. Mesmo que de longe.

Num primeiro momento, vi muitas semelhanças entre 'Sr. Daniels' e a trilogia 'Métrica' de Colleen Hoover, mas no decorrer da narrativa essa impressão se dissolveu - um pouco. Como eu citei anteriormente, os personagens secundários criados por Brittainy são incríveis, cada um deles. Hailey, Ryan, "Tony", Bentley, Henry, Randy, e até mesmo o irresponsável Jace. Só não posso dizer que suportei Rebecca, porque aí seria demais, nutro um ódio inimaginável por essa personagem. Afinal, o mundo não é perfeito.

Não dei cinco estrelas para Sr. Daniels, porque no fim das contas o que eu mais gostei foi da história de Ryan. O romance dos protagonistas (Daniel e Ashlyn) é fofo, mas algumas cenas foram forçadas e não me pareceram muito plausíveis. Já Ryan, é ... real, visceral. Seus problemas com a mãe, o fato de ter que esconder que gosta de garotos, de carregar uma culpa enorme pela morte do pai. Ele é complexo, intenso e tem um coração enorme. Impossível não amá-lo, assim como Daniel Daniels.

Cheio de inspirações shakespearianas, música e belas frases de amor, o livro de Brittainy é o tipo de livro que não te deixa em frangalhos, mas te faz chorar, bastante. Sr. Daniels é um misto de sensibilidade e beleza, do tipo que encanta as leitoras e nos faz sonhar. Ele é romântico sem ser piegas e fofo de uma maneira terna. Se estou falando do livro ou do personagem? Bom... dos dois!

"O que estávamos fazendo era antiético mesmo? Apaixonar-se? Poderia estar errado? 
- Nós somos loucos, não somos?" (p. 154)

Sinopse: Depois de perder a irmã gêmea para a leucemia, Ashlyn Jennings vê sua vida mudar completamente. Além de ter de aprender a conviver sem parte de si mesma, ela precisa se adaptar a uma nova rotina. Enviada pela mãe para a casa do pai, com quem mal conviveu até então, ela viaja de trem para Edgewood, Wisconsin, carregando poucos pertences, muitas lembranças e uma caixa misteriosa deixada pela irmã.

Na estação de trem Ashlyn conhece o músico Daniel, um rapaz lindo e gentil, e a atração é imediata. Os dois compartilham não só o amor pela música e por William Shakespeare mas também a dor provocada por perdas irreparáveis. Ao sentir-se esperançosa quanto a sua nova vida, Ashlyn começa o ano letivo na escola onde o pai é diretor. E não consegue acreditar quando descobre, no primeiro dia de aula, que Daniel, o belo músico de olhos azuis com quem já está completamente envolvida, é o Sr. Daniels, seu professor de inglês. 

Desorientados, eles precisam manter seu amor em segredo, e são forçados a se ver como dois desconhecidos na escola. E, como se isso já não fosse difícil o bastante, eles ainda precisam tentar de todas as formas superar os antigos problemas e sobreviver a novos e inesperados conflitos.

"Dê um fim nisso, Ashlyn. Me conserte - sussurrou ele, me beijando de novo.
- Eu não posso te consertar, Ryan - expliquei. - Você não está quebrado." (p. 227)


agosto 10, 2015

[Livros] Fragmentados - Neil Shusterman (Fragmentados #1)

Título Original: Unwind #1
Autor: Neil Shusterman
Editora: Novo Conceito
Páginas: 368
Gênero: Ficção, Distopia
País: EUA
ISBN: 9788581635194
Classificação★★★★★
_______________

Perturbador, crítico e absurdamente real. Fragmentados é mais do que uma distopia. O livro fala sobre o assolador futuro da raça humana, onde a falta de humanidade é lei. Com o avanço da tecnologia e o aumento populacional, as pessoas deixaram de ser indivíduos e passaram a ser vistas como partes do todo. A visão do todo não abrange sentimentos, emoções ou personalidade. Somos apenas fragmentos, nada além disso.

Neil Shusterman ousa questionar os limites da humanidade. Até onde poderíamos ir? O que seríamos capazes de fazer? O autor cria uma sociedade pós-guerra que aprovou a chamada 'Lei da Vida'. A tal lei foi criada para evitar conflitos entre quem era a favor da legalização do aborto e quem era a favor da vida. De certa forma, a nova legislação agradou os dois extremos e trouxe equilíbrio a uma nação ensandecida pela guerra. 

A Lei da Vida institui que o aborto é ilegal até os treze anos. Quando a criança atinge esta idade, seus pais podem decidir abortá-la retroativamente. O jovem é então encaminhado à fragmentação e cada célula do seu corpo é reaproveitada em outra pessoa. Desta forma, uma criança, antes indesejada, pode fazer bem a outras pessoas, sem necessariamente deixar de existir. 

Controverso e, como eu disse anteriormente, extremamente perturbador, o livro de Shusterman descreve a fragmentação. O procedimento cirúrgico não traz ao leitor apenas a aflição que qualque operação médica traz, o sentimento é mais profundo. Dói na alma, nas entranhas, machuca pensar que somos reutilizáveis e o pior de tudo é que coisas desse tipo já acontecem no mundo real. 

A narrativa gira em torno de três jovens: Connor, Risa e Lev. Três crianças que foram enviadas à fragmentação. Connor é um garoto-problema, seus pais não sabem como lidar com ele e por isso, o enviam para a fragmentação. Risa foi criada numa Casa Estatal e por um mero corte de gastos, foi descartada. Já Lev, é o que se chama de 'dízimo' - exatamente como na bíblia. O garoto é o décimo filho de uma família, que dá um décimo de tudo o que tem a Deus. Apesar de Lev ser religioso e encarar seu destino como a vontade de Deus, em um determinado momento, o garoto percebe que seus pais amam mais um Deus cruel - que sentencia uma criança -, do que seu próprio filho. Os três se encontram por acaso e vão fazer tudo o que for possível para continuarem inteiros. 

Como uma crítica aos tempos modernos, ao poder do Estado, à religião, ao comportamento humano e ao capitalismo, este é também um convite a questionar nosso conceito de 'vida' e nossa própria humanidade. Fragmentados faz o que poucas distopias fazem: traz o futuro visto a partir de uma perspectiva muito atual. Somos mesmo fragmentos do todo, partes de uma nação, de um planeta, de um sistema solar, enfim. O que nos torna únicos é o que nos torna iguais, nossa consciência.

"Com uma risada amarga, ela percebe que, no final das contas, pode ser que o desejo do professor se realize. Algum dia ele poderá ver as mãos dela tocando no Carnegie Hall. Infelizmente, o restante de Risa não estará lá." (p. 24)

Sinopse: Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria. Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.

O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.

"- (...) Você aprende uma coisa depois de ter vivido tanto quanto eu vivi: as pessoas não são completamente boas nem completamente ruins. A gente passa a vida toda entrando e saindo das sombras e da luz. Neste momento eu estou feliz por estar na luz." (p. 108)


agosto 05, 2015

[Compras] Bottons na loja Toca do Caverna!


Os bottons foram moda nos anos 80 e voltaram para ficar! Fãs de livro, especialmente, adoram usar os bottons de seus livros favoritos. Tem algo a ver com mostrar para o mundo o que você gosta, aquilo de que você se orgulha. Eu tenho uma coleção - considerável - de bottons que a cada evento literário cresce mais. E, claro, aceito mais!


Utilizados como ação de marketing, mimos ou brindes, esses acessórios fofos podem enfeitar a mochila dos mochileiros das galáxias de plantão, roupas, bolsas e até mesmo a sua estante. Não tem limites para essas fofurices. Blogueiros e editoras usam para divulgar suas marcas e o Love Lovers não podia ficar de fora. Agora eu tenho os meus próprios bottons. Que emoção, gente! #táparey


Na última semana eu conheci a loja Toca do Caverna e me apaixonei pelo trabalho deles. Bottons feitos sob encomenda por um bom preço. Quem não se apaixonaria? Conversei com a Lizzie, que pacientemente ouviu todos os meus loucos pedidos e produziu-os com o maior carinho e amor. O resultado você confere nesse post.


Espero que tenham gostado das fotos. E para conhecer mais sobre o trabalho do pessoal da Toca do Caverna, basta curtir a fanpage deles e fazer o seu pedido. Garanto que vocês vão amar! <3

[Livros] Contos Para Uma Noite Fria - Bruno Anselmi Matangrano

Título Original: Contos Para Uma Noite Fria
Autor: Bruno Anselmi Matangrano
Editora: Vermelho Marinho
Páginas: 120
Gênero: Contos, Terror
País: Brasil
ISBN: 9788582650431
Classificação★★★★★
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O mundo surreal criado por Bruno Anselmi Matangrano dá arrepios, e não falo só do arrepio causado pelo frio dessas noites de inverno, seus contos causam arrepios de medo, perturbação e estranheza. Admiradora do trabalho de Poe, é impossível não perceber certa influência sombria do autor americano, nestes textos tão cheios de tensão. Bruno mostra seu talento e habilidade para contar boas histórias, causando no leitor as sensações mais incômodas e reais que se pode causar. Ele vai brincando com a loucura e a sanidade, como se desafiando-nos a descobrir quem vencerá. 

Há certa melancolia e solidão em suas palavras, e isso, apenas intensifica o efeito de seus contos. Em duas ou três histórias, confesso que tive medo e precisei acender a luz à noite. Terror e suspense não são os meus gêneros favoritos, mas algo na capa, na sinopse e na diagramação desse livro, me atraiu. Como uma mariposa é atraída para a luz, eu fui em direção ao tema que me é mais incômodo e perturbador e dali, não saí até terminar a leitura. 

Por ser uma antologia de contos, não pretendo falar sobre cada uma das histórias contadas neste livro. Vou falar sobre as que eu mais gostei e deixar vocês com vontade de entrar nesse mundo sombrio também. Foi difícil escolher apenas três contos, afinal, cada um deles é excêntrico à sua maneira e provocou em mim uma sensação diferente.

O Germe da Imaginação - Um conto distópico que narra uma sociedade à beira de um colapso intelectual. O conhecimento foi proibido, e portanto, a leitura. Aos poucos tudo se perde, desde os valores, até as certezas. Uma das melhores histórias que já li, definitivamente.

Mise em Abyme - O próprio termo francês já me causa arrepios: narrativa em abismo. O recurso muito utilizado na literatura e no cinema pode ser entendido como o sinônimo para a tão famosa frase de Poe: 'um sonho dentro de um sonho'. Essa mistura de lucidez e sonho dá essa sensação psicodélica de não saber o que é real. Um conto excelente, cheio de referências ao gênio Edgar Allan Poe e sua obra.

Entre o Tempo e o Espaço - O conto de encerramento da antologia está diretamente conectado ao conto de abertura. Mostrando os desdobramentos da relação tempo x espaço, esse texto encerra de forma sutil e, ao mesmo tempo, absurdamente estranha o livro. É genial, e o desfecho não poderia ser diferente. 

Preciso ressaltar a diagramação do livro que é - absurdamente - linda! Com ilustrações de Dandi, a editora Vermelho Marinho fez um trabalho fantástico separando cada conto com uma página impressa em preto e as ilustrações em branco. Deu o toque sombrio e encantador que o livro merecia.

Por fim, é um livro para observadores, questionadores, corajosos. Não é um livro de terror como outro qualquer, é um livro que fala sobre terror psicológico e que o traz a seus leitores. De forma brilhante e única, Bruno ousa fugir dos padrões, da zona de conforto, dos limites da sanidade e nos presenteia com um trabalho arrepiante, nos melhores sentidos.

"Ao professor, restava apenas os livros da biblioteca, seus sonhos e seu diário. Seu último refúgio encontrava-se em sua própria mente, onde florescia o temido germe da imaginação." (p. 28)

Sinopse: Contos para uma Noite Fria - Ao abrir "Contos para uma Noite Fria", prepare-se para entrar em um universo de histórias fantásticas, de sobrenatural, absurdo e distopia, onde sonhos se tornam pesadelos e cenários misteriosos viram delírios apocalípticos. A inquietação e o medo (do estranho ou de nós mesmos), então, ganham vida, com vários estilos e temáticas. E, apesar da diversidade – que vai da melancolia do artista a possíveis futuros e devaneios em torno de si –, um tipo específico de linha costura todas as narrativas: uma grande perturbação. E, em vez de querer escapar, você se verá envolvido por este universo tão louco quanto um mundo de cabeça para baixo.

"(...) Não havia me dado conta de que tanto tempo se passara. Talvez eu tivesse cochilado outra vez. A Lua era bela. Não de um vermelho qualquer, mas de um exótico tom cor de vinho. Os cisnes bateram as asas e voaram, assustados. Também eles não haviam notado o tempo passar. Voaram em círculos e, logo, não eram mais cisnes. Corvos enormes e agourentos tomaram seu lugar, pairando em curvas sobre mim, como se fossem abutres." (p. 88)


agosto 03, 2015

[Promoções] Top Comentarista de Agosto

Olá queridos, hoje entra no ar mais um Top Comentarista do Love Lovers! Como agosto é um mês comumente associado à loucura, escolhi como prêmio o intrigante, louco e extremamente inteligente 'A Filha do Louco' + alguns marcadores. 


Você quer levar esse super kit pra casa? *-*' 

Basta ficar ligado nos posts desse mês e dar sua opinião. O Top Comentarista deste mês termina dia 31/08/15. Então comente em todas as postagens de agosto para ter mais chances de ganhar! ;)

* Lembrando que para participar é preciso comentar na maior quantidade de posts. Todos os posts desse mês (agosto) valem! Ok? Então prepare-se e salve o blog nos favoritos para não esquecer de conferir as novidades que rolam por aqui :) Ou se preferir, assine nosso feed e você será avisado toda vez que rolar post novo no blog! É só cadastrar seu e-mail aqui do lado na barrinha Acompanhe por Email. 

Três regrinhas básicas: 
  • Comentar nos posts publicados de 01 de agosto a 31 de agosto. Comentários de conteúdo, ok? (obrigatório) 
  • Deixar um comentário nesse post com seu e-mail. (obrigatório) 
  • Ser seguidor do blog. (obrigatório) 

O ganhador será aquele que comentar mais vezes no blog no mês de agosto. No caso de empate (o que é muito comum), vou numerá-los e sortear pelo random.org (o critério será a ordem em que cada um postou aqui deixando seu email, ok?)

O livro oferecido é cortesia da Editora Novo Conceito
O ganhador deverá responder meu e-mail em até 48 horas.
Caso não responda no prazo, ou não siga todas as regras será desclassificado.
O blog enviará o livro pelo correio em até 20 dias úteis.
Não nos responsabilizamos por extravios ou devolução do livro pelos Correios.
Promoção válida em território brasileiro.

Mil beijos e comentem muito! ;*
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