agosto 29, 2014

[Livros] A Escolha - Kiera Cass (A Seleção #3)

Título Original: The One
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Gênero: Ficção, Romance
País: EUA
ISBN: 9788565765374
Classificação★★★★★
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Finalmente, ou não, América se decide? Bom, esse deveria ser o ponto central da história de "A Escolha", mas não é. Na verdade, a indecisão da garota que toma grande parte dos livros anteriores, neste livro se torna um mínimo detalhe. Como eu disse na resenha anterior, as questões políticas estavam tomando grandes proporções na trama e no desfecho da trilogia, Kiera Cass fala mais sobre a tão sonhada revolução de Illéa.

Desde o final de A Elite, percebemos que América está muito inclinada a ficar com Maxon. Ela sente que praticamente superou Aspen e já começa a se imaginar como futura princesa. O problema é que A Seleção ainda não acabou e por mais que Maxon esteja apaixonado, abestalhado e doido por ela, ele quer ter certeza do que a garota sente. Eu faria a mesma coisa, afinal, América parece ser bipolar às vezes.

Com outras garotas ainda no concurso, Meri se sente insegura e por diversas vezes duvida do amor de Maxon. Ah, porque é isso que América faz de melhor. Ter dúvidas. Por favor, sintam nessa resenha o quanto a protagonista me irrita. Mas se há um ponto negativo na trilogia é apenas esse. E eu não vou deixar essa garota arruinar meus sentimentos pelo livro, por Aspen e por Maxon. Todo o resto é incrivelmente bem escrito. Kiera tem uma narrativa gostosa de ler e o desfecho desse terceiro volume foi realmente muito bom.

É claro que algumas pontas ficaram soltas, mas como a autora prometeu um novo livro intitulado 'A Rainha', é de se esperar que tudo seja melhor explicado. Quem sabe a autora coloque Meri em dúvida sobre o nome dos bebês, ou sobre a cor do enxoval. Tá parei! A América evolui um pouco nesse livro sim, um pouco.

Teve ainda uma coisa não colou pra mim. Aspen desistiu muito fácil. Ok, não foi fácil, ele tentou por meses reconquistar o amor da sua vida. Mas quando o livro chega nos finalmentes ele inexplicavelmente aceita a 'derrota' e supera. Eu sou #TEAMASPEN eternamente e não me conformei com essa atitude desertora do personagem. Não é o Aspen que eu conheço! Foi um erro da Kiera, querer resolver tudo da maneira mais fácil.

Lendo essa resenha, pode ser que você pense que eu não gostei do livro, muito pelo contrário. Minhas críticas, apesar de serem muitas, não impactaram minha opinião final sobre o livro porque apesar de todos os elos fracos na trilogia, a escrita da autora compensa qualquer problema. É uma série de livros a ser lembrada, que faz jovens e adultos suspirarem e torcerem pelos seus favoritos.

Muitas reviravoltas também fazem de 'A Escolha' o melhor livro da trilogia. E tudo pode mudar a qualquer segundo. Resumindo, achei um final digno para uma série tão especial. Poderia ter sido mais trabalhado, mas nem por isso perdeu valor. A história de uma protagonista chata que ganha o coração do príncipe e do guarda nunca vai ser esquecida por mim e pelos outros milhares de leitores no mundo todo. Vocês têm de ler! 

"Eu amava Maxon. Pela primeira vez, meu sentimento era sólido. Não tentava me distanciar, apegada a Aspen e a todas as dúvidas que vinham junto. Não estava me envolvendo com Maxon e, ao mesmo tempo mantendo um pé na porta para o caso de ser rejeitada. Simplesmente deixei as coisas acontecerem. Eu o amava." (p. 95)

Sinopse: A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada. 

"Você não é o mundo, mas é tudo o que torna o mundo bom. Sem você, minha vida ainda existiria, mas só.
Você disse que, para acertar as coisas, um de nós teria que dar um salto de fé. Acho que encontrei o abismo que devo saltar, e espero encontrar você à minha espera do outro lado." (p. 310)

agosto 27, 2014

[Livros] A Elite - Kiera Cass (A Seleção #2)

Título Original: The Elite
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 360
Gênero: Ficção, Romance
País: EUA
ISBN: 9788565765121
Classificação★★★★☆
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A Elite é a continuação de A Seleção. Neste segundo volume, veremos que América está mais indecisa do que nunca. Ela literalmente não consegue se decidir. Em alguns momentos ela suspira pelo príncipe Maxon, outros suspira pelo guarda Aspen. Confesso que a narrativa de Kiera é gostosa de ler e flui facilmente, mas a protagonista consegue me tirar do sério em boa parte do tempo com tanta hesitação.

Como eu cansei de dizer aqui e no instagram, eu sou #teamAspen pra sempre! Sim, eu sei que sou minoria (2%) e imagino que provavelmente Meri não fique com ele no final. Na verdade, suspeito que algo trágico aconteça porque só assim pra América se decidir. Mas nem por isso deixo de torcer pelo guarda mais fofo de todos os tempos. Não é que eu não goste do Maxon, porque ele também é uma fofura só, mas sei lá... o Aspen é mais! kkk

Em A Elite, conheceremos um pouco mais sobre Illéa, seu surgimento e alguns detalhes importantes para o desfecho da trilogia. O diário de Gregory Illéa é parte importante do livro, pois é uma das únicas provas históricas de como a nação foi formada. O livro tem um valor político muito forte, pois mostra um futuro para o qual nossa sociedade está caminhando lentamente. E se um dia todos os registros do nosso passado desaparecerem, nossa identidade também some, assim como nossa liberdade, dignidade e esperança.

É claro que o triângulo amoroso é o foco da história, mas não é por causa disso que este é um livro só para jovens leitores. Pelo contrário, como eu disse na resenha anterior, eu vejo muita semelhança entre A Seleção e Jogos Vorazes, porque o todo o enredo se dá em sociedades futurísticas, onde reina a desigualdade social e onde a esperança há muito foi esquecida.

Um dos pontos mais fortes desse livro é a revolta da minoria desfavorecida da população, os chamados rebeldes. Eles que sempre viveram à margem da sociedade, agora querem derrubar a monarquia e construir um país sem leis. Exatamente como estamos cansados de ver nos noticiários, esses extremistas buscam um ideal a qualquer preço, custe o que custar. E em meio a uma verdadeira guerra civil, a Seleção segue, como um pão e circo para entreter o povo e fazer com que os telespectadores vejam o que o palácio quer mostrar. Os paralelos com a nossa sociedade atual são evidentes e um livro como esses, é uma arma nas mãos dos jovens que souberem entendê-lo.

Neste segundo livro, América começa a perceber que não seria uma princesa, ou uma rainha tão ruim assim e que talvez Illéa precise de uma revolução, portanto, casar com o príncipe Maxon já não é uma ideia tão assustadora assim. Além disso, ele se mostra cada dia mais apaixonado pela garota, e a este ponto o príncipe já arrebatou seu coração. De qualquer forma ela ainda nutre sentimentos por seu primeiro amor, que agora luta (literalmente) para protegê-la.

Como eu disse, é uma decisão difícil e eu compreendo (compreendo, mas não aceito) a dúvida da protagonista. Como escolher entre duas boas - ótimas - opções? Só acho que se ela se importasse verdadeiramente com os dois não alimentaria esperanças e os faria sofrer. No fundo, vejo América como uma garota insegura e egoísta que precisa crescer no próximo livro se quiser mesmo fazer uma revolução. Como você acha que vai decidir o futuro da nação se não consegue decidir nem quem será o seu marido?

"Era impossível. Eu tinha que escolher. Aspen ou Maxon?
Mas como decidir entre duas boas opções? Como decidir se qualquer escolha deixaria parte de mim destruída? Me consolei com o pensamento de que ainda tinha tempo. Eu ainda tinha tempo." (p. 38)

Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.

America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.

"As coisas são assim. O céu é azul, o sol é quente, e Aspen ama América para sempre. O mundo foi feito para ser assim. De verdade, Meri, você é a única garota que desejei na vida." (p. 137)


agosto 26, 2014

[Eventos] Bienal do Livro de São Paulo 2014 - Dia #2


Olá queridos, estou meio atrasada. Vou falar um pouquinho sobre meu segundo dia de Bienal do Livro no Anhembi. A matéria deveria ter ido ao ar no domingo, mas como não vivemos num mundo perfeito onde os dias tem 36 horas, não consegui postar. kkkk Aliás, eu devo muitos comentários. Podem ficar tranquilos que eu vou retribuir, eu só apago da minha caixa de mensagens depois de responder, então .. não se preocupem que assim que der eu vou responder cada um deles. Vem ver agora como foi o meu segundo dia de Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2014:

Sábado, 23.

O sábado começou com aquela dor nas costas básica de quem carregou quinze livros na mochila por horas. Com toda a empolgação e ânimo do mundo, coloquei meus óculos escuros, pulei da cama e corri para o Anhembi. Corri literalmente, porque óbvio: acordei atrasada. Antes de sair de casa, minha amiga Ariana do Ária Books já me ligava. Ela disse então, que algumas pessoas estavam acampadas lá desde às 4h da manhã. Nesse momento eu soube que minhas chances de conseguir o autógrafo da Kiera eram nulas.


Depois de uma hora e meia de fila no Terminal Tietê, (que graças aos céus, agora tem placas indicando de onde saem os ônibus gratuitos para a Bienal) consegui chegar à loucura que era a Bienal do Livro, gritaria, crianças chorando, furtos de livros (muito furto de livros) e um calor excessivo. Como já cansei de dizer pra vocês, a Bienal do Livro aos fins de semana é impossível, inviável, insuportável. É uma lição que eu canso de aprender. Mas como sempre tem encontro de blogueiros ou coisa do tipo, vale a pena o sangue, suor e lágrimas.


Como eu disse no post anterior, as editoras investiram pouco no marketing. Marcadores, bottons e brindes eram raros. Assim como as ofertas. Andar pelo pavilhão do Anhembi era um desafio e por vezes eu e a Ariana desistimos. Sentamos no estande da Novo Conceito e esperamos a multidão diminuir. O que não aconteceu, pelo menos até às 19h. Se por um lado eu sofri com a superlotação do Anhembi, por outro eu estava muito feliz. Como vocês sabem eu defendo a difusão da leitura como forma de educação e vejo que esse é o maior e mais importante passo para melhorar um pouco as coisas no nosso país. Ver tantos jovens leitores, enfrentando esse sufoco por livros, por conhecimento, pelo simples prazer do saber, me faz acreditar que o mundo ainda tem solução. 


Voltado ao relato, não era possível comprar comida, pois as filas estavam gigantescas. As máquinas de cartão estavam sem sinal. E enquanto isso a multidão só aumentava. Lá pelas 16h, encontramos a fofa da Karol do Hey Karol e aí começamos a rir feito retardadas na fila da Lucinda Riley. Essas duas são umas comédias. O ponto alto do dia foi a sessão de autógrafos da Lucinda, além de ser super atenciosa e simpática, ela ainda fez questão de tirar duas fotos extras conosco quando percebeu que éramos amigas. 


Pude conversar com a autora e o encontro valeu demais a pena. O pessoal da NC é super simpático e não ficaram apressando ninguém, tudo correu num ritmo legal e todo mundo teve atenção da Lucinda Riley. Ela autografou dois livros meus: seu lançamento, As Sete Irmãs, e o meu favorito, A Garota do Penhasco. *-*' Eu disse pra ela que Aurora é minha personagem favorita e ela respondeu que por coincidência a dela também. Fui à loucura! Consegui autógrafos dos meus autores favoritos como: Fê Colbert, Lu Piras, Gracy Mayrink, Sam Holtz, Tammy Luciano, Maurício Gomyde e Marina Carvalho. 


O calor e o excesso de gente não nos desanimaram. Por estar o dia todo sem comer, meu corpo começou a dar sinais de exaustão e eu não desmaiei por pouco. Por sorte, uma funcionária da Novo Conceito super fofa chamada Marcela me deu um pacotinho de bolacha que segundo ela, estava guardado para uma emergência. Uma fofura só! E sábado estarei lá na NC com uma caixinha de bombom e um pacote de bolacha para retribuir esse gesto maravilhoso dela! Obrigada, Máh! <3 


O lindo do meu noivo também apareceu lá só pra me levar um lanchinho do McDonalds, *----*' E aí, eu recarreguei as energias e estava pronta para uma maratona. As meninas tiveram que ir embora e meu noivo também, então eu fiquei sozinha (apesar da multidão que teimava em não diminuir). Eu corri atrás de mais alguns autógrafos de autores nacionais e conheci muita gente bacana, como a Tamires, uma nova amiga que eu fiz na fila da Novo Século.


Lá pelas 8e30h fui para o Encontro da Arqueiro, mas não foi tão legal como eu imaginava. O espaço reservado para os blogueiros era pequeno e não comportou todos os participantes, acabei ficando de fora. Nós não recebemos muitos brindes, mas o mais legal foi conhecer pessoalmente blogueiros com quem a gente conversava há tempos. Encontrei por lá a fofa da Aione Simões do Minha Vida Literária, a Anna Caroline do Sincronias, o Diego e a Deborah do Leitor Sagaz (que são um casal super simpático, adorei conhecê-los, mesmo que por pouco tempo), entre outros blogueiros. 


O saldo final desse segundo dia de Bienal foi modesto, aliás, comprei apenas três livros. Como foi o lançamento de Renascer de um Outono da diva Sam Holtz, claro, que eu não podia deixar de prestigiar minha autora nacional favorita!!! <3 Comprei também por indicação do Pablo da Novo Século os livros da Beatriz Cortes, ouço falar muito bem deles na blogosfera e claro, resolvi conferir. 


Antes que eu fosse enxotada de lá pelo pessoal da limpeza, resolvi ir embora. O dia foi cansativo, porém muito produtivo e como eu já tinha comprado tudo o que eu queria no dia anterior, consegui aproveitar bem a programação que eu havia traçado. A minha mais valiosa dica é: NÃO VÁ AOS FINS DE SEMANA ou pelo menos NÃO VÁ AOS FINAIS DE SEMANA. Mas se ainda assim, por sua conta em risco, você decidir ir, lembre-se de levar água, bolachas salgadas, dinheiro em espécie e traçar uma programação porque visitar os estandes é impossível. Eu me diverti muito e virei carne moída no fim do dia, mas só posso dizer que VALEU A PENA! <3 Obrigada, meus queridos amigos por fazerem desse dia tão especial! Sábado, dia 30, tem mais! Quem vai me encontrar por lá? Mil beijos ;***

agosto 23, 2014

[Eventos] Bienal do Livro de São Paulo 2014 - Dia #1


Sexta, 22.

Depois de 12 horas incríveis no Pavilhão do Anhembi chegou a hora de ir embora. Esse primeiro dia de Bienal superou minhas expectativas no quesito 'diversão'. Acompanhada de amigos, o evento fica ainda mais legal! Eu conheci nessa sexta-feira, a Rayssa e o Ricardo do blog Diários de Leitura, o Luizinho do Baú do Tesouro Nerd e a Di do Parte de Minha História :) Gente, eu ri demais. Nós fizemos concurso de piores piadas com os nomes das editoras, desenhamos, tiramos muitas fotos, compramos muitos livros e claro, garimpamos muito! 


Conheci a fofa da Naty da Arqueiro. Ela que cuida das parcerias e sempre nos atende super bem. Ela é uma fofa e claro, tirei uma selfie com ela. Amanhã tem encontro de blogueiros e tiro mais fotos com a galera da Editora <3


A decoração da Bienal estava bem caprichada, como sempre. Boa organização e infra-estrutura no Anhembi, porém, como sempre ocorre o problema da falta de informação nos terminais de onde sai o transporte gratuito. Sem placas, sem funcionários identificados, foi complicado achar o local de saída dos ônibus. As comidas geralmente custavam o equivalente a um rim ou dois, mas nada a que nós já não estejamos acostumados em grandes eventos.


Alguns estandes tinham áreas reservadas para os parceiros. Como não houve encontro de blogueiros ainda, pudemos registrar nossos blogs, deixar marcadores e rabiscar a lousa. Um super cuidado que as Editoras tiveram ao montar um espacinho para nós.


Como de costume a Bienal não estava com preços melhores que os das lojas virtuais, salvo algumas exceções. Fomos atrás dessas exceções e fizemos grandes achados. O resultado foi um total de mais de 50 livros comprados por nós quatro juntos. Eu confesso que me controlei por ser meu primeiro dia de Bienal, então comprei apenas 8 livros. Com "apenas" vocês entendem o que eu quero dizer, mais livros para minha lista infinita de leitura.


Minhas aquisições no primeiro dia foram: Star Wars - 3D (R$ 9,00), Fernando Pessoa - Capa em Tecido (R$ 10,00), Paris versus New York (R$ 9,00), Downton Abbey (R$ 5,00), A Menina que Fazia Nevar (R$ 14,90), Era Uma Vez Há Muito Tempo Atrás (R$ 10,00) e Tolkien - Guia Ilustrado (R$ 15,00). Como vocês podem ver, são livros mais undergrounds. Se você busca por livros mais populares, prepare-se para gastar. Os descontos são raros e é preciso pesquisar muito antes de comprar. Todos os livros que eu comprei tem um diferencial, capa dura, versão 3D ou capa em tecido. São especiais, raros e claro, estavam custando um preço excelente! 


Marcadores, bottons e alguns livretos. Como vocês podem ver esses foram os brindes que recebi na compra dos livros ou nos estandes. Poucas editoras distribuíam marcadores. Não sei se por conta de ser o primeiro dia ou porquê queriam economizar. O fato é que todos nós achamos que os estandes estavam mais pobres do que nos anos anteriores. A decoração de muitos deles eram simples e básicas e os brindes estavam em escassez. Dentre as editoras com estandes mais bonitos, é claro que figuravam a Novo Conceito, Arqueiro e Panini. Como sempre as que costumam investir mais na estética do evento. Você pode conferir as fotos aqui.


Para quem quer tirar fotos, o evento é um prato cheio. Diversas atrações como, personagens fantasiados, estátuas em tamanho real e pôsteres gigantes estão espalhados pelos corredores. Além é claro do lindíssimo trono de Game Of Thrones. Sim, as pessoas se matam para sentar nesse trono. Não é diferente na Bienal do Livro, tem fila, empurra-empurra, correria, e aos finais de semana o Anhembi pode lembrar Westeros. Pelo menos não temos King Joffrey.


Há também os vestidos de A Seleção. Você pode se transformar em America por alguns minutos e posar com um dos vestidos inspirados na capa do livro. Optando por azul, vermelho ou branco.
Eu tirei foto com o azul e confesso que adorei o resultado!


E vocês, como estão curtindo a Bienal de São Paulo? <3 Já sabem quando pretendem ir? Se me encontrarem por lá, podem me abordar. Eu não sou a Dori, mas tenho alguma dificuldade com nomes. Espero que tenham gostado e que façam bons negócios na Bienal. Beijos ;* America!

agosto 20, 2014

A Seleção - Kiera Cass (A Seleção #1)

Título Original: The Selection
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 368
Gênero: Ficção, Romance
País: EUA
ISBN: 9788565765015
Classificação★★★★☆
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A Seleção é um daqueles livros que nos fazem ter medo do futuro. Kiera Cass, dentro de um conto de fadas moderno, trouxe também uma distopia completamente plausível. E num futuro não muito distante, podemos viver numa sociedade como a do livro. Após a Quarta Guerra Mundial, os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, depois chamado de Illéa. A nação é organizada por castas e cada casta determina não só o poder aquisitivo daqueles cidadãos, mas também suas profissões e funções na sociedade.

A narrativa foi diversas vezes comparada à de Jogos Vorazes e tal comparação é compreensível, pois do ponto de vista político, elas preveem o que nosso planeta pode enfrentar nos próximos anos. Além da questão política e econômica, há a desigualdade, o preconceito e tantos outros males da sociedade que já existem hoje em dia. As castas só tornaram isso mais evidente.

América Singer é uma jovem que faz parte da casta Cinco. Os Cinco devem ser, em geral, artistas. Não é possível mudar essa designação, quem você é e o que você faz já está determinado antes mesmo de você nascer. Ela vive em uma casa simples, com sua família e sonha em se casar com seu primeiro amor, Aspen.

O problema é que Aspen é de uma casta inferior, a Seis, a dos trabalhadores braçais. Segundo as leis, uma moça não deve se casar com um rapaz de casta inferior à dela e isso vai fazer com que eles mantenham esse namoro proibido em segredo por um bom tempo. Para América não importa que ele seja um Seis, ele é o Aspen. O garoto com quem ela quer dividir sua vida. O garoto que ela ama.

É quando surge para todas as jovens moças de Illéa uma oportunidade incrível. O rei está procurando uma esposa para seu filho, o príncipe Maxon. Meninas de todos os lugares do país sonham com essa oportunidade, menos América. Ela sabe que seu coração é de Aspen e não quer ser da casta Um. Para ela nada daquilo importa. Mas para Aspen importa. 

O rapaz faz com que ela se inscreva e que pelo menos tente. É uma chance dela mudar sua vida para sempre e também a de sua família. Atendendo ao apelo do namorado, América se inscreve na Seleção, sem muita pretensão de ser chamada, afinal, as chances são de uma em um milhão. Por incrível que pareça, ela é convocada e Aspen decide deixá-la livre. Ele termina tudo com ela, para que assim, quem sabe, ela possa ter uma vida melhor do que a que teria com ele.

Indignada, América devolve a Aspen todo o dinheiro que tinha juntado para casar com ele e parte para a competição. Ela vai determinada a não ganhar, mas ficar o máximo de tempo possível, para que sua família receba os mantimentos e benefícios que o programa oferece. Além disso, ela também quer se afastar do amor da sua vida, que parece não entender que não há nada mais valioso na vida do que o amor.

Já no palácio, ela tem certeza de que o príncipe é apenas um riquinho arrogante e metido a besta. Quem já assistiu a série televisiva The Bachelor, imagina exatamente como é a Seleção. Quando tem a oportunidade de conhecê-lo melhor, ela vai perceber que estava completamente enganada e que Maxon é um rapaz maravilhoso, justo, digno e honesto. Além de bonito, claro. Com o coração ainda dilacerado pelo fim do namoro, ela abre o jogo com o príncipe e diz o real motivo de estar lá. Eles se tornam bons amigos e enquanto a Seleção segue, América vai questionar seus próprios sentimentos por Maxon e por Aspen diversas vezes. 

A saga divide opiniões entre os dois pretendentes de Meri. Com o olhar leigo e apaixonado de quem só leu o primeiro livro, sou #teamaspen. Mas confesso que achei muito compreensível América sentir dúvidas sobre seus sentimentos por Maxon, ele é uma fofura só. Confesso que eu não gostaria de estar no lugar dela, a decisão é difícil. Numa sociedade estratificada e segregada, seu coração parece ainda mais dividido por esses dois rapazes que são incríveis, cada um à sua maneira. E você, já decidiu por quem vai torcer?

" (...) - E se você me ama, vai fazer isso, para que eu não fique louco de tanto pensar no que poderia ter acontecido.
Quando se pôs como vítima, ele ganhou: eu era incapaz de magoá-lo. Fazia de tudo para facilitar a vida dele. E estava certa: não havia nenhuma chance de ser escolhida. Assim, tudo o que precisava fazer era me submeter ao processo e agradar a todos. Depois, quando não fosse sorteada, o assunto seria esquecido.
- Por favor? - Aspen suspirou no meu ouvido, e eu pude sentir um arrepio por todo o corpo.
- Certo - sussurrei. - Vou me inscrever. Mas sei que não quero ser princesa. Tudo o que eu quero é ficar com você.
Ele passou a mão no meu cabelo.
- E você vai ficar.
Acho que foi a luz, ou a falta dela, mas juro que os olhos dele marejaram quando disse isso." (p. 29)

Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.

Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

"- Ele também será um homem de sorte - o príncipe comentou, descendo de seu assento improvisado e andando para o meu lado da sacada.
- Hein?
- Seu namorado. Quando ele cair em si e implorar seu perdão.
Maxon disse isso sem rodeios, e eu tive que rir. Isso nunca aconteceria no meu mundo.
- Ele não é mais meu namorado. E deixou bem claro que terminou comigo.
- Impossível. Ele deve ter visto você na tv e se apaixonado mais uma vez. Embora, na minha opinião, você continue a ser areia demais para o caminhãozinho dele.
(...) - A propósito - ele prosseguiu, elevando um pouco a voz -, se você não quiser que eu me apaixone, não pode ficar assim tão linda." (p. 275)


agosto 14, 2014

[Livros] Perdendo-me - Cora Carmack (Losing It #1)

Título Original: Losing It
Autor: Cora Carmack
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Gênero: Ficção, Romance Hot
País: EUA
ISBN: 9788581635279
Classificação★★★★★
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Gostoso de ler, apaixonante, incrivelmente bem escrito. Estes são alguns dos muitos adjetivos que vem a minha cabeça após a leitura de Perdendo-me. Além de ser o lançamento mais aguardado do mês, o livro também tem suprido todas as expectativas dos blogueiros e comigo não foi diferente. O livro é viciante e é impossível interrompê-lo, uma vez que a leitura é iniciada. 

Com uma escrita envolvente, Cora Carmack nos faz lembrar das nossas primeiras vezes, no amor, na vida e no sexo. Narrando situações divertidas e que por muitas vezes me fizeram gargalhar sozinha e histéricamente, a autora conseguiu criar uma ficção plausível, com a qual o leitor consegue se conectar, se identificar.

Após a leitura de Cinquenta Tons de Cinza eu havia ficado um pouco traumatizada com romances hot. Vocês que puderam ler a resenha, perceberam que eu me decepcionei muito com o fato do livro não possuir uma história consistente. Isso não acontece com Perdendo-me, pelo contrário, o ponto forte do livro é sua narrativa. Os personagens são bastante reais, vivem conflitos reais e situações pelas quais todos já passamos ou vamos passar um dia.

Não é um romance hot cheio de passagens grosseiras ou linguagem vulgar. Pelo contrário, as cenas de sexo - ou quase sexo, que não são poucas, trazem uma linguagem sutil, que agrada aos leitores mais destreinados e até os que estão acostumados a livros mais de vocabulário mais explícito. O romance na medida certa contrabalanceado com o erotismo deixa a história fluída. E se me permitem um aviso, o leitor deve tomar cuidado para não se apaixonar pelo personagem principal, assim como a protagonista.

Bliss é virgem. Aos 22 anos, a garota sente a pressão que a palavra impõe sobre ela: virgem. Não é como se Bliss estivesse se guardando para o casamento ou tivesse feito um voto de castidade, ela simplesmente nunca tinha encontrado o cara ideal, a situação ideal e a coragem suficiente para perder sua virgindade. 

Sua melhor amiga, Kelsey, exatamente o seu oposto, flerta com vários caras diferentes e quer que a amiga se liberte logo desse fardo que é nunca ter tido sua primeira vez. Por diversas vezes a própria Bliss diz não se importar com a pressão da sociedade. E dai que ela é virgem e tem 22 anos? Desde quando,existe uma idade para deixar de ser virgem? Mas esses questionamentos nunca vão adiante, porque a própria protagonista quer perder a virgindade, não para provar aos outros, mas porque ela mesma cansou de ter medo e proteger seus sentimentos.

Mais obrigada do que decidida, Bliss vai com Kelsey a um bar. Lá ela encontra alguns alvos possíveis, mas um cara em especial chama sua atenção. Ele é inglês, possui um sexy sotaque britânico e olhos azuis. Para completar o clichê, ele está lendo um livro. Shakespeare. O que mais Bliss Edwards poderia pedir?

Papo vai, papo vem os dois começam a flertar. Quando as coisas esquentam eles, tudo leva a crer que os dois vão se dar bem essa noite. Afinal, as coisas estão correndo bem, não estão? Bem, estavam, até certo ponto da noite. O medo domina a garota e ela desiste ao ver o corpo divinamente esculpido de Garrick completamente nu na sua cama. Com alguma desculpa estúpida ela foge daquela que poderia ter sido a melhor noite da sua vida. 

Alguns dias depois, na sala de aula da faculdade ela conhece um novo professor de teatro. Na verdade, ela já o conhecia. Tão bem que lembrava até dos detalhes mais íntimos do seu corpo. Era Garrick Taylor o seu novo professor. Além das situações divertidas que acontecem com esses dois, eles não conseguem tirar um ao outro da cabeça. Mas além da noite vergonhosa de Bliss, eles tem um problema bem maior para enfrentar: a relação proibida entre aluno-professor. Aliás, escolhi um dos quotes mais perfeitos do livro, quando o professor Garrick percebe que um aluno está tentando se aproveitar de Bliss na aula de interpretação. É tãaaaao fofo!

Além do desejo que nutrem - em segredo - um pelo outro, o destino parece estar determinado a uni-los e eles se esbarram em bares, peças e até pelo condomínio. O despreparo da protagonista e sua inocência conquistam Garrick e também o leitor. É impossível não gostar de Bliss, a menina desajeitada e extremamente racional que está apavorada com sua primeira vez. 

Existem muitos outros personagens interessantes na trama, como: Cade, o melhor amigo de Bliss. Kelsey, a amiga safadinha, Rusty, Dom, Victoria, Jeremy, entre outros. Todos foram muito bem desenvolvidos por Carmack e além de sexo, amor e romance, o livro também traz exemplos de amizades sólidas e consistentes, que podem sobreviver às mais desafiadoras provas.

Deixe-se seduzir pela narrativa de Cora Carmack e entregue-se a leitura sem pudor. Foi uma das melhores leituras do ano e possivelmente, a melhor leitura do gênero. Mais do que recomendo a quem é virgem ou não, de literatura hot. Perca o medo e descubra que esse romance erótico é mais do que o típico clichê da virgindade, é uma descoberta, um mundo novo de sensações e sentimentos. Em breve, a Editora Novo Conceito lançará mais dois títulos da autora: Fingindo e Encontrando-me. Nem preciso dizer que estou ansiosa por essas leituras, né? Detalhe que no próximo volume, 'Fingindo', o foco da história é em Cade. 

"Sexo.
Eu ia fazer sexo.
Com um cara.
Um cara BRITÂNICO gostoso.
Ou talvez eu fosse vomitar.
E se eu vomitasse em cima do cara britânico gostoso?
E se eu vomitasse em cima do cara britânico gostoso DURANTE O SEXO?" (p. 28)

Sinopse: VIRGINDADE. Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e... adivinhe quem ela encontra?

"Dom deixou seu roteiro cair, me agarrou pelo pescoço e me puxou para a frente, para me beijar.
Chocada, eu o empurrei com minha mão livre, mas ele continuou vindo, não se dando conta de que era eu quem estava protestando, e não Blanche. Eu o empurrei e me contorci, mas ele era muito forte e seus lábios estavam pressionados junto aos meus com tanta força que eu não conseguia fazer nada para que ele parasse com aquilo. Eu estava me preparando para o meu movimento final de protesto, uma joelhada no saco dele, quando Dom foi arrancado de cima de mim.
Engoli o ar e vi Garrick, que fervia de raiva, soltar um  dos braços de Dom que ele havia torcido nas costas dele em um ângulo esquisito.
- Onde exatamente no roteiro você viu essa direção específica de cena, Dominic? - perguntou-lhe Garrick, com um tom de voz mortalmente baixo." (p. 95)


agosto 11, 2014

[Livros] Se Eu Ficar - Gayle Forman

Título Original: If I Stay
Autor: Gayle Forman
Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
Gênero: Ficção, Romance
País: EUA
ISBN: 9788581635415
Classificação★★★★☆
_______________

Se Eu Ficar é um livro bonito, que fala sobre a vida e a morte de uma maneira singela e desapegada de concepções prontas. O livro está muito ligado à música e no decorrer da leitura você vê que a autora orquestrou bem toda a história. Equilibrando um enredo sólido numa bela melodia, Gayle Forman emociona, faz chorar e principalmente, pensar.

Toda a história gira em torno de uma escolha. Afinal, o que é a vida, senão múltiplas escolhas? Quanto podemos perder e ainda continuar apostando? Às vezes nossas fichas acabam, assim como nossas forças e esperança. O quanto podemos suportar de dor, o quanto devemos suportar? Todos esses questionamentos fazem da narrativa mais do que uma história de amor. 

A capa, o trailer da adaptação cinematográfica, a sinopse, tudo pode fazer com que o leitor ache que vai ler um romance daqueles melosos em que a mocinha tola se apaixona pelo mocinho badboy. Ao começar a leitura você pode até continuar pensando isso, mas depois de um tempo é fácil perceber que o romance não é o ponto central da história. O foco é a escolha de Mia. 

Após um acidente de carro que matou seus pais e possivelmente feriu seu irmãozinho, Mia percebe que está no hospital, em coma. Sua alma passeia pelo quarto e acompanha tudo o que acontece ao seu redor. Observar a vida de fora dela já é por si só algo incrível, mas além disso, ela ainda percebe que partir ou ficar só depende dela.

Os motivos para partir são muitos, desde as possíveis sequelas do coma até a dor da perda dos pais. Viver sabendo que eles já não estão com ela seria doloroso demais, especialmente depois de tudo o que ela viu. Assim como partir, deixando seu namorado Adam, seus avós e seus amigos. À primeira vista, parece ser uma decisão fácil de tomar e dependendo do ponto de vista as duas são bem compreensíveis. Toda escolha causa dor, toda escolha faz sofrer.

A narrativa alterna entre flashes do passado e o presente de Mia, já em coma. Vamos conhecer sua família e nos apegar a cada um dos membros da família Hall. Conhecê-los intimamente dá um aperto no peito e é fácil perceber como a escolha da protagonista é complexa. Enquanto isso, vemos como a garota se apaixonou pela primeira vez. Seu primeiro namorado, Adam (que também é músico) é o ritmo de sua melodia. Como ela poderia abandoná-lo, apagar uma história de amor que ainda está no começo.

Como eu disse no começo da resenha é um livro que nos faz refletir. Suas poucas páginas são carregadas de sentimento. Talvez o leitor sinta falta de um pouco mais de história, porque a trama não é complexa, toda a complexidade está na decisão de Mia. O que faríamos se tivéssemos que escolher? Que escolhas estamos fazendo em nossas vidas e se tudo mudasse agora, estaríamos satisfeitos com o que já fizemos? Emocionante e sincero. Gayle Forman traz música para os nossos ouvidos.

"(...) Uma agitação crescia dentro de mim. Pensei no diapasão que uso para afinar o violoncelo. Quando eu o utilizava, atingia notas de 'lá' - vibrações que aumentavam, aumentavam, até que a afinação harmônica atingia todo o espaço. Era isso o que o sorriso de Adam estava causando dentro de mim..." (p. 51)

Sinopse: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

"Não cabe aos médicos. Não depende dos anjos que não podemos ver. Também não depende de Deus que, se existir, está em algum outro lugar por aí neste momento. Só depende de mim.
Mas como é que eu vou decidir isso? Como é que posso ficar sem mamãe e papai aqui comigo? Como é que posso partir sem Teddy? Ou sem Adam? Isso é demais para mim. (...)
Sou eu quem está no comando. Todos estão esperando por mim." (p. 75)

[Promoção] Aniversário do blog parceiro 'Diários de Leitura'


Oi queridos! Esse mês é muito especial para o blog Diários de Leitura <3 
O Diário* completa 1 aninho! \o/ E nós vamos festejar sorteando muitos livros!!! 


____________Regras
  • Ter endereço de entrega no Brasil; 
  • Há somente uma entrada obrigatória (e-mail para confirmar a participação), as demais são opcionais, porém não esqueça que as chances de ganhar aumentam;
  • A promoção começa hoje e ficará no ar até o dia 31/08;
  • Serão sorteados 3 participantes, sendo que o 1º vencedor ganhará 1 kit de marcadores, 1 kit de poster e terá o direito de escolher 5 livros. O 2º ganhará 1 kit de marcador escolherá 4 livros. O último ficará com 1 kit de marcador e com os 3 livros restantes.
  • Os vencedores serão contatados por e-mail e terão até 72h para respondê-lo;
  • Os prêmios serão enviados de acordo com cada blogueiro participante, sendo o prazo de até 40 dias para todos os envios;
  • Os blogs não se responsabilizam em caso de danos ou extravios durante o transporte/entrega. Caso o livro volte por algum erro nos dados passados ou impossibilidade no ato da entrega, não será feito novo envio e o ganhador perderá o direito ao prêmio.

____________Entradas opcionais
  • Seguir os blogs com caixa de seguidores do Blogger
  • Curtir a página dos blogs no Facebook.

Para quem tem dúvida de como preencher o formulário do Rafflecopter, que realmente é complicadinho, deixo esse link onde tem um tutorial explicando certinho como faz. Boa sorte! :)

agosto 07, 2014

[Colunista Convidado - Aiodelle Machado] De Volta para Casa - Karen White

Para o 'Colunista Convidado' do mês de Agosto teremos Aiodelle Machado, uma amiga lá do Sul que eu conheci pelo Instagram. A paixão por livros nos fez amigas e hoje em dia, praticamente tudo o que lemos temos que comentar uma com a outra. Como eu tenho muitos livros na estante parados, nada mais justo do que enviar para alguém que eu sabia que iria cuidar bem deles e que vai lê-los. Livros bons precisam ser lidos e não é justo que eles fiquem acumulando poeira. Assim, resolvi pedir para a Aiodelle fazer a resenha do De Volta para Casa, livro cedido pela Editora Novo Conceito e que eu ainda não li. A coluna visa trazer para a blogosfera novos resenhistas e opiniões dos leitores. É a primeira resenha da Dell. Confira:

Título Original: Falling Home
Autor: Karen White
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788581632414
Classificação★★★★★
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Nesse livro que só posso descrever como magnífico, a autora Karen White nos leva a vivenciar o que palavras não ditas e mágoas do passado entre duas irmãs podem acarretar. Karen descreve ricamente as consequências de um passado mal resolvido. Cassie que outrora foi apaixonada por Joe foge para Nova York quando descobre que ele a traiu e irá se casar com sua irmã Harriet. Lá, ela conquista uma bem sucedida carreira na área de publicidade e está noiva de seu chefe, porém uma única notícia via telefone no meio da noite lhe traz tudo de volta. Ao saber que seu pai está no leito de morte Cassie precisa voltar e encarar tudo o que durante todos esses anos longe tentou apagar. 

Há 15 anos separadas, irmãs que durante a infância e maior parte da juventude foram confidentes, parceiras e melhores amigas, precisam enfrentar os fantasmas do passado e realizar o último desejo do pai. Ao chegar na casa que foi o cenário de sua infância Cassie se depara com novas lutas, ela não esperava encontrar a enorme admiração que sua sobrinha mais velha lhe dedica e o carinho que seus demais sobrinhos lhe tem de sobra. Após a rápida perda do pai ela planeja logo retornar a Nova York, não fosse uma herança a qual não contava. Com tudo isso ela fica novamente entre um dilema, como simplesmente partir para longe e abandonar outra vez o lugar que nunca deixara de ser seu lar. 

Com o tempo que leva para organizar as coisas do já falecido pai, Cassie recomeça a sentir-se em casa, apegar-se aos sobrinhos, descobre que a irmã precisa dela muito mais do que aparenta, se vê frente a frente acidentalmente (ou não) com um segredo do pai, algo que jamais julgaria possível e é claro, que com toda a relutância ela encontra o verdadeiro significado de amor. Descobre que ele muitas vezes está onde seria muito mais que improvável. Karen White também nos mostra as dificuldades de Maddie a sobrinha adolescente de Cassie de se abrir com a mãe e a dor que ela sentirá sobre as consequências de escolhas que afetarão diretamente sua vida.

De volta para Casa é realmente um tesouro, me fez ver que por mais que tentemos deixar algo para trás, se não for bem resolvido o destino pode nos fazer voltar e resolver. Mágoas e ressentimentos não são simplesmente esquecidos. É preciso que tenhamos coragem de enfrentar nossos dilemas ao invés de fugir e apenas adiar o inevitável, uma única escolha pode abalar relações que julgamos indestrutíveis. Contudo sempre há tempo e espaço para que o verdadeiro amor surja e nos mostre que a vida não pode ser cem por cento programada e surpresas são essências. 

A autora que nessa altura está entre as minhas favoritas nos mostra que nosso verdadeiro lar é onde nosso coração e alma realmente residem. Uma frase que adorei nesse livro: "A vida é cheia de decisões, e não há um livro de regras para lhe dizer como fazer. Você toma a melhor decisão possível no momento, e lida com o resto." 

Sinopse: Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, tinham-na traído e iam se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o devido cuidado. Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã trouxe de volta tudo que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e... encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído. Já em Walton, Cassie percebe que enfrentará uma imensa batalha particular, porque, afinal, ela não consegue deixar de amar seus sobrinhos — e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua infância. Enquanto se divide entre o rancor e a esperança, velhas e queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor.


agosto 04, 2014

[Livros] Invisível - David Levithan & Andrea Cremer

Título Original: Invisibility
Autor: David Levithan & Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Páginas: 322
Gênero: YA, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788501403223
Classificação★★★★★
_______________

Eu sou fã confessa de David Levithan, então ao solicitar esse livro à Galera Record fiquei na expectativa de ler mais uma ficção incrível dele. Todas as minhas expectativas foram supridas e até superadas, Invisível é um livro sincero, filosófico, metafórico e cheio de sacadas geniais. Levithan - assim como Andrea Cremer - sabe criar frases de efeito, daquelas que você sente que o autor escreveu esse livro pra você.

A narrativa é fluída e é impossível deixar de ler, você quer saber o que acontece, quer respostas. Levithan é mestre em criar histórias muito fora da realidade, seus livros sempre misturam elementos fantasiosos com grandes lições de vida, isso pode parecer meio arriscado, mas sempre funciona. Andrea Cremer dá um toque especial no livro e quando a narrativa alterna de um capítulo para outro é possível perceber as diferenças de escrita entre os dois autores. Foi uma parceria de sucesso e o seu resultado é visível (com o perdão do trocadilho). 

É um young adult que pode ser lido por todo tipo de público, mas por ter muita fantasia e elementos sobrenaturais, pode agradar mais os jovens. Na verdade, todo elemento lúdico que os autores exploram podem ser interpretados como metáforas, é assim em todos os livros. Então, quando alguém vê uma história sobre um garoto invisível e torce o nariz, ela não percebe que há muito mais por trás disso, a invisibilidade pode significar a exclusão, a solidão, o preconceito. Muitas vezes desejamos ser invisíveis, mas e se de fato, fôssemos?

Ainda numa maré de boas leituras, esse livro me encantou demais. Todos os personagens são apaixonantes e se você odiar alguém, será o vilão. Sobre o qual não vou falar, pois descobrir quem é o vilão é algo muito importante para a história. Mais uma vez, reforço a ideia de que um texto não precisa ser crível para ser incrível. Histórias improváveis tem tanto valor quanto as verídicas e se o excesso de criatividade de Levithan e Cremer te incomodar, pense que é tudo metafórico e veja além, enxergue através da ideia, "visite o segundo plano..." (quando ler, você entenderá).

Stephen tem 16 anos e é um garoto invisível. Amaldiçoado desde o começo de sua vida, ninguém nunca o viu. Nem mesmo seus pais. Seu pai o abandonou quando Stephen era apenas um bebê, ele não conseguiu lidar com o fato de seu filho ser uma aberração, formou uma nova família e hoje em dia é apenas o homem que assina os cheques. Sua mãe, que o criou com muito amor e carinho, não resistiu aos efeitos da idade e faleceu pouco tempo atrás, ela nunca pode ver os olhinhos do filho, mas nem por isso o amou menos.

O garoto vive sozinho no apartamento onde foi criado. A vida é entediante para um garoto invisível, sem poder frequentar a escola ou fazer amigos, ele passa os dias perambulando pela cidade, mudo, invisível, observando as pessoas que vivem uma vida normal. Depois de um passeio ele volta para casa e dá de cara com uma garota no corredor, ele a observa e ela o vê. É a primeira pessoa no mundo que pode vê-lo. Elizabeth é o nome dela, a garota da porta ao lado da porta ao lado.

Os dois se tornam amigos, e depois mais do que amigos. Como se já não bastassem todos os dramas adolescentes pelos quais eles deveriam passar, ainda tem o fato - o pequeno fato - de Stephen ser invisível para todo o resto do mundo. Os dois vivem um primeiro amor lindo e eles são tão fofos juntos, que é como se não existisse mais ninguém no mundo além dos dois.

Elizabeth se mudou para Nova York recentemente com a mãe e o irmão, Laurie. Após um 'incidente' em sua antiga cidade, a garota se fechou para o mundo e mudar de ares é o recomeço perfeito para os três. O que Liz não esperava era esse sentimento arrebatador, as descobertas da adolescência e enxergar uma parte de si mesma que ela nunca conseguiu ver. Junto com aquele garoto invisível ela pôde ver além. Além de Stephen. além do mundo, além dela mesma, além do amor. E pode ser que ela seja a única esperança de Stephen, como o antídoto para sua doença. O que você faria por amor, até onde iria e o que estaria disposto a arriscar? 

Vocês vão amar esse livro, a leitura flui rapidamente e os capítulos são narrados alternadamente pelos dois protagonistas, o que nos dá uma visão bem mais abrangente dos fatos e da personalidade de cada um. É uma história mágica de amor que vai te fazer cair de amores por esse casal especial. Não posso deixar de mencionar também, Laurie, um dos personagens mais engraçados e carismáticos de David Levithan. Marquei tantos quotes nesse livro que será difícil selecionar apenas dois. Um livro para os que desejam ser invisíveis, se sentem invisíveis ou que sabem que como diz O Pequeno Príncipe: "o essencial é invisível aos olhos." Um livro incrível!

"- Elizabeth?
- Sim - respondo. Meu coração foi parar na boca.
A porta se abre. Ele está parado ali. Visível.
Não sei o que dizer. Olho para ele e penso como é injusto que um rosto tão lindo fique oculto do restante do mundo.
Laurie está certo. Ele é visível para mim. Apenas para mim. Isso deve significar alguma coisa.
Tudo o que eu quero fazer é tocá-lo e dizer como é maravilhoso vê-lo. E que prometo nunca ficar indiferente à minha capacidade de enxergá-lo." (p. 103)

Sinopse: Stephen passou a vida do lado de fora, olhando para dentro. Amaldiçoado desde o nascimento, ele é invisível. Não apenas para si mesmo, mas para todos. Não sabe como é seu próprio rosto. Ele vaga por Nova York, em um esforço contínuo para não desaparecer completamente. Mas um milagre acontece, e ele se chama Elizabeth.

Recém-chegada à cidade, a garota procura exatamente o que Stephen mais odeia. A possibilidade de passar despercebida, depois de sofrer com a rejeição dos amigos à opção sexual do irmão. Perdida em pensamentos, Elizabeth não entende por que seu vizinho de apartamento não mexe um dedo quando ela derruba uma sacola de compras no chão. E Stephen não acredita no que está acontecendo... Ela o vê!

Stephen tem sido invisível por praticamente toda sua vida - por causa de uma maldição que seu avô, um poderoso conjurador de maldições, lançou sobre a mãe de Stephen antes de ele nascer. Então, quando Elizabeth se muda para o prédio de Stephen em Nova York vinda do Minnesota, ninguém está mais surpreso do que ele próprio com o fato de que ela pode vê-lo. Um amor começa a surgir e quando Stephen confia em Elizabeth o seu segredo, os dois decidem mergulhar de cabeça do mundo secreto dos conjuradores de maldições e dos caçadores de feitiços para descobrir uma maneira de quebrar a maldição. Mas as coisas não saem como planejado, especialmente quando o avô de Stephen chega à cidade, descontando sua raiva em todo mundo que cruza seu caminho. No final, Elizabeth e Stephen devem decidir o quão grande é o sacrifício que estão dispostos a fazer para que Stephen se torne visível - porque a resposta pode significar a diferença entre a vida e a morte. Pelo menos para Elizabeth.

"- (...) Você nasceu para fazer isso.
Suas palavras me assustam. Nunca aceitei a ideia de destino ou sorte. O mundo sempre parecera volúvel e injusto demais para tais conceitos altivos. Mas se o destino era real, me levou a me apaixonar por um garoto invisível. E eu faria qualquer coisa para salvá-lo." (p. 194)

agosto 03, 2014

[Gifs] 'Elsa & Jack - Frozen'












"Para visualizar o movimento das imagens, clique nelas. Todo material deste site foi retirado de outros sites na Internet. Essas imagens podem possuir Direitos Autorais."

Fonte:Tumblr

agosto 02, 2014

[Eventos] Sobre a Bienal do Livro de São Paulo - 2014


Olá queridos, tenho recebido alguns (muitos) pedidos de leitores que querem dicas sobre a Bienal do Livro. E pra quem vai pela primeira vez nesse mega evento, algumas dicas são realmente valiosas. Eu trabalhei em um estande na última Bienal do Livro de São Paulo, por tanto estive lá todos os dias em 2012. Você pode ver algumas fotos de como foi a última Bienal aqui em SP no meu álbum de fotos. E fui também na Bienal do Rio de Janeiro de 2013. Tenho um pouco de experiência e vou dividir o que eu sei com vocês, lovers. Vou responder algumas perguntas que eu recebi e que podem ser as dúvidas dos outros. Se faltar alguma coisa, é só me avisar nos comentários que eu respondo e atualizo o post. 


  • Eu não gosto de ler. Tem alguma coisa lá para mim?
Dificilmente. Todos os eventos e estandes são focados no mundo da literatura. Se você não gosta de livros mas se amarra em gibis e revistas, pode ficar tranquilo que lá tem editoras especializadas em HQ's e publicações. Agora se você não gosta de jeito nenhum de ler, lá é cilada Bino!

  • Eu nunca fui numa Bienal do Livro. Como é?
É o paraíso. Claro, para os amantes da leitura. É como uma feira de livros, só que maior. São dezenas de editoras presentes, então é muita coisa para ver. O pavilhão é enorme e dividido em ruas para que você possa localizar as editoras que mais quer visitar. Lá, você vai encontrar eventos, sessões de autógrafos, os lançamentos, marcadores de graça e muito mais.

  • Eu consigo ver tudo num dia só?
Sim. Você vai ficar exausto, mas consegue sim. Não dará toda aquela mínima atenção aos livros de cada editora. Então a dica é, primeiro vá às editoras que você mais gosta. Deixe para explorar depois, senão pode não dar tempo de fazer tudo o que você quer, pequena Dora Aventureira.

  • Por que Bienal do Livro?
Porque é um evento que ocorre em cada estado de dois em dois anos. Então se você perder esse ano, sinto muito... só em 2016. Reúne as mais importantes editoras do país numa exposição para divulgar seus livros, mostrar as novidades e discutir sobre a leitura.

  • Eu preciso comprar ingressos para a Bienal?
Sim. Os ingressos custam R$ 6,00 (meia-entrada) e R$ 12,00 (inteira). Cada ingresso vale apenas para um dia de evento. Se você quiser ir de novo (eu pretendo ir quatro vezes o/), deverá comprar mais ingressos.

  • Vou sozinho(a). Eu posso me perder por lá? É perigoso?
Lá é muito grande e tem muitos estandes parecidos, então sim, você pode se perder. Existem alguns pontos de encontro e todo o pessoal das editoras pode te informar, mas encontrar alguém lá aos fins de semana é bem difícil. Combine com os amigos em algum estande menor, facilita muito a localização. Preste atenção aos seus pertences, como em todo lugar existe gente mal intencionada. Mas existem também seguranças à paisana. Tem uma boa quantidade deles, são pessoas treinadas para qualquer eventualidade.

  • Devo chegar lá que horas?
Tudo depende do que você quer fazer por lá. Se quiser ver tudo, chegue cedinho. Se quiser dar uma passada, ver as últimas novidades e encontrar alguns amigos, você pode chegar mais tarde. Não tem horário certo (exceto depois das 21h - pois, se não me engano os portões são fechados para a entrada). Eu gosto de ir cedo, porque a noite quero estar em casa.

  • Tem estacionamento no local? Quanto custa?

Sim, tem estacionamento. Mas o preço é bem salgadinho. R$ 40 é o valor único. E ao redor você não vai encontrar nada muito diferente. Compensa pesquisar os itinerários de transporte gratuito que a Bienal disponibiliza. Sai do Terminal Tietê uma frota gratuita de ida e volta para a Bienal (eu utilizei esse meio de transporte todos os dias). Existem também outras formas de chegar lá usando transporte público, você pode encontrar aqui.

  • Há algum site onde eu encontre a programação completa da Bienal?

Infelizmente não que eu saiba. Cada editora divulga em suas redes sociais as datas dos eventos e devemos acompanhar por lá o que acontecerá, até porque os eventos com autores nacionais podem ser anunciados no último segundo. A minha amiga Karol do blog Hey Karol fez uma compilação de toda a programação da Bienal, o resultado você confere aqui.

  • Qual é o melhor dia para visitar a Bienal?
Os melhores dias para quem quer explorar são os dias de semana. Se você quer visitar todos os estandes, o primeiro dia é bem tranquilo, tem bastante professores e profissionais do livro. Aos fins de semana o pavilhão lota, então, são os dias para quem quer pegar autógrafos dos seus autores favoritos e se divertir, conhecer gente nova, ir aos encontros de blogueiros, etc.

  • Lá eu vou encontrar livros em promoção?
Sim e não. Tudo depende das ações de marketing das editoras. Algumas distribuidoras sempre marcam presença no evento e para eles, o importante é vender. Então no estande da Top Livros você vai encontrar as famosas pilhas de livros por R$5, R$10 e R$15. Procurando você vai encontrar coisas bem interessantes. Para os pais e professores, o estande da Ciranda Cultural é super indicado, lá eles encontram muitas ofertas em livros infantis. Eu mesma sempre completo por lá minhas coleções de contos de fada. O dia 31, último dia de Bienal é o dia da queima de estoque. Aí você vai encontrar livros das editoras mais populares a preço de banana. Final do dia, último dia. Vale a pena esperar ;) Espero que vocês consigam, porque eu quase nunca tenho dinheiro até lá. kkkk



O que levar na mochila?

  1. Os livros que você quer autografar (especialmente os nacionais).
  2. Caneta (nunca se sabe quando você vai esbarrar com alguém famoso por lá).
  3. Celular (para se comunicar com os amigos e postar fotos no Instagr.am kkkk).
  4. Lanche (leve algum lanche, uma bolachinha, um pacote de amendoim, água, suco de caixinha, porque lá é tudo MUITO caro).
  5. Dinheiro (você vai sentir fome e nas laterais do pavilhão tem muitos restaurantes, se você estiver com pouca grana, recomendo o hotdog self-service).
  6. Blusa de Frio/Calor (nunca se sabe como estará o tempo, especialmente lá dentro).
  7. Espelho (afinal, os canais de televisão fazem reportagens por lá o dia todo, todos os dias).
  8. Máquina Fotográfica (caso você prefira a câmera ao celular, recomendo levar, há muito pra fotografar).
  9. Mapa da localização dos estandes. Clique aqui para visualizar.

Vista sapatos confortáveis. Prepare-se para ficar de pé a maior parte do tempo. Tenha paciência com as filas. Coma antes de sair de casa. Leve um lanche. Leve água. Leve o mapa dos estandes.
Imprima um folheto com as datas e horários dos eventos que quer assistir. Sorria e faça amigos! 

Vocês vão adorar. Quem já foi sabe que é o paraíso para nós leitores. Quem ainda não foi e não quiser ficar lá avulso, sozinho ou deslocado, não se preocupe. Há muita gente que se sente exatamente assim lá. Algumas puxadas de assunto e você vira a melhor amiga daquela garota fã de Jogos Vorazes e logo estão comentando sobre o cabelo da Katniss ou o sorriso do Peeta. Procure fãs de John Green, eles sempre vão querer fazer amizade com outro fã.

Gritos histéricos podem indicar sessões de autógrafo ou livros grátis. Na dúvida corra. Delas ou na direção delas, kkkk! Algumas editoras fazem promoções relâmpago no facebook para quem aparecer primeiro no estande falando a palavra secreta. Fique ligado nas redes sociais deles para não perder nada.

Acho que é isso, pessoal! Se eu lembrar de mais alguma coisa, aviso. É blogueiro(a) e vai sozinho? É leitor(a) e vai sozinho? Me avise, quem sabe a gente marca de se encontrar por lá. Vamos numa turminha já, mas sempre cabem mais fanáticos por livros <3 Espero que eu tenha ajudado. Nos vemos por lá! *---*'


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