março 27, 2015

[Livros] Uma Longa Jornada - Nicholas Sparks

Título Original: The Longest Ride
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Gênero: Romance, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788580411959
Classificação★★★★★
_______________

Uma Longa Jornada é, na minha opinião, um dos melhores livros de Sparks. Não vou dizer que esse livro é uma exceção à regra dos clichês sparkianos e da previsibilidade, porque não é. Esse é mais um dos livros para chorar por horas a fio e ler as últimas páginas desejando que nenhum personagem seja brutalmente assassinado por esse fofo e cruel autor.

A narrativa do autor continua seguindo uma fórmula de sucesso que comove os leitores, mesmo aqueles que já leram todos os livros do autor (como eu) e sabem o que esperar deles. Nicholas é um contador de histórias, e nesse romance, ele entrelaça duas tramas diferentes de uma forma única. Acaso, destino ou coincidência, qualquer que seja o nome dado a esse momento em que um mundo colide com outro, está presente em Uma Longa Jornada. O título, aliás, remete a isso. Essa longa jornada em que todos estamos, sujeitos a colisões, de todos os tipos.

Uma Longa Jornada conta a história de Ira e Ruth paralelamente à história de Sophia e Luke. Ira é um senhor já de idade, viúvo, que vive com a saudade infindável de sua falecida e amada Ruth. Em suas memórias, conhecemos seus tempos de juventude e vemos o amor que ele dedicou à esposa. Ira tem uma tradição anual, para comemorar uma data especial só dele e de Ruth, viajar para o lugar especial deles e ler para ela uma carta escrita por ele. 

É assim todos os anos, desde o primeiro ano de casados até depois de sua morte, assim ele sente que o amor de sua vida não se foi completamente e está vivo em sua tradição, porém, nesse ano um acidente faz Ira perder o controle do volante e sair da estrada. Preso, machucado e soterrado pela neve, Ira começa a ver sua falecida esposa e a relembrar tudo o que eles já passaram juntos enquanto espera por socorro. É, na minha opinião, o ponto alto da narrativa. Nicholas constrói um personagem fantástico, Ira é a personificação do amor, da fidelidade, do companheirismo. Em um mundo que não sabe mais o que é amar pelo resto da vida, um homem ama até depois do fim da vida

Enquanto isso, conhecemos Sophia, uma jovem estudante que acabou de sair de um relacionamento complicado. Ela se vê interessada por um corajoso caubói chamado Luke, porém seus mundos são tão diferentes quanto podem ser e esse relacionamento pode não ser tão simples quanto eles imaginavam. Além de um ex-namorado possessivo e ciumento, há também a profissão perigosa de Luke, que monta touros e reza para chegar vivo em casa. O relacionamento dos dois é intenso e traz aquela típica cena de atração à primeira vista que é tão a cara do Sparks.

O que me fez suspirar mesmo foi a história de Ira e Ruth, chorei, sorri e refleti. Ver um amor que transcende barreiras de tempo e distância é sempre emocionante. Nicholas nos dá nesse livro lições de amor valiosas, frases complexas e cheias de sentido, clichês românticos e verdades que precisamos conhecer. Nicholas mostra que o amor dura para sempre, mesmo sem a presença física. Como dizia  o personagem Landon, em outro livro de Sparks, "o amor é como o vento, você não pode vê-lo, mas pode senti-lo."

"- Antes de sair da loja eu já sabia que nos casaríamos um dia. Teríamos todo o tempo do mundo para conversar.
- Você sempre diz isso, mas não é verdade. Você mal olhou para mim.
- Não consegui olhar. Você era a garota mais bonita que eu já tinha visto. Era como tentar olhar para o sol."

Sinopse: Uma Longa Jornada - Aos 91 anos, com problemas de saúde e sozinho no mundo, Ira Levinson sofre um terrível acidente de carro. Enquanto luta para se manter consciente, a imagem de Ruth, sua amada esposa que morreu há nove anos, surge diante dele.
Mesmo sabendo que é impossível que ela esteja ali, Ira se agarra a isso e relembra momentos de sua longa vida em comum: o dia em que se conheceram, o casamento, o amor dela pela arte, os dias sombrios da Segunda Guerra e seus efeitos sobre eles e suas famílias.

Perto dali, Sophia Danko, uma jovem estudante de história da arte, acompanha a melhor amiga até um rodeio. Lá é assediada pelo ex-namorado e acaba sendo salva por Luke Collins, o caubói que acabou de vencer a competição. Ele e Sophia começam a conversar e logo percebem como é fácil estarem juntos. Luke é completamente diferente dos rapazes privilegiados da faculdade. Ele não mede esforços para ajudar a mãe e salvar a fazenda da família.

Aos poucos, Sophia começa a descobrir um novo mundo e percebe que Luke talvez tenha o poder de reescrever o futuro que ela havia planejado. Isso se o terrível segredo que ele guarda não puser tudo a perder. Ira e Ruth. Luke e Sophia. Dois casais de gerações diferentes que o destino cuidará de unir, mostrando que, para além do desespero, da dificuldade e da morte, a força do amor sempre nos guia nesta longa jornada que é a vida.

"Não nasci para ficar só. Não sou bom nisso. Os anos que se seguiram à morte de Ruth foram marcados pelo tipo de silêncio desesperado que só os idosos conhecem. É um silêncio acentuado pela solidão e pela consciência de que os bons anos já ficaram para trás..."

março 22, 2015

[Filmes] Cinquenta Impressões de Cinza


Não é de hoje que eu declaro o meu ódio incondicional por Cinquenta Tons de Cinza. A trilogia de E. L. James, foi uma das minhas piores experiências de leitura. Na época da febre Cinquenta Tons, em 2012, eu devorei o livro e fui apresentada ao universo surreal, nada romântico e muito mal resolvido de Christian Grey. A narrativa fraca, sem história, sem consistência e que trazia, como narradora a personagem mais imbecil da literatura, de fato, não conseguiu derreter meu coração. Não mesmo. Por pouco não derreteu meu cérebro com aquelas cenas da deusa interior, mas ... vamos ao post de hoje. 

A resenha de Cinquenta Tons de Cinza está no blog há dois, três anos e eu realmente achei que esse 'romance' best-seller seria esquecido em pouco tempo. Devido ao sucesso de vendas, o primeiro livro foi adaptado para o cinema e é sobre essa adaptação que eu vou falar hoje. Eu resolvi criar um texto com as minhas cinquenta impressões sobre o filme. Eu não vou comparar o livro e o filme, pelo menos não em todos os itens. Vou apenas mostrar o que me chamou atenção positivamente e negativamente. Morda os lábios e prepare-se para o quarto vermelho da dor. 

  1. Por mais que eu tente, NÃO CONSIGO ver Jamie Dornan como Christian Grey, sua aparência não é má, mas também não chega a ser o Ian Somerhalder que nós esperávamos.
  2. Jamie não tem a postura de dominador que Christian tem no livro. 
  3. Anastasia é sutilmente mais interessante no filme. Sutilmente.
  4. A trilha sonora do filme é muito boa. Isso eu preciso admitir. Ellie Gordinha e B&Once arrasaram.
  5. Christian é CEO de uma companhia, mas não trabalha. A vida dele passa a ser stalkear Anastasia.
  6. Nas empresas Grey, todas as funcionárias têm de ser esbeltas, usar salto alto e passar maquiagem. Acho que ele gerencia uma agência de modelos.
  7. O motorista de Grey, Taylor, tem mais postura de chefe do que o próprio Grey. 
  8. Grey é rico, milionário, bilionário, mas prefere correr nas ruas do que fazer academia. Ele não tem medo de sequestro-relâmpago?
  9. As gravatas-cinza do Sr. Grey são perfeitamente enroladas. Alguém aí tem TOC?
  10. Grey dá edições raras de romances ingleses para Ana. Menina, quem ele tá tentando comprar? E tá funcionado! Quem não gostaria de uma primeira edição de Jane Austen?
  11. Em menos de trinta minutos, Christian faz carão e diz: 'Não sou homem pra você'. Meio rápido, né?
  12. Ana é bem espertinha quando quer e tonta que parece uma mula quando não quer.
  13. O "Contrato" tem mais desvantagens para a prestadora de serviço do que o contrato CLT.
  14. Ana não pode ter vida social se aceitar ser escrava de Christian. Empolgante! Sexta a domingo é chibatada no tronco. 
  15. Para se manter saudável, Anastasia deve seguir uma dieta especial e isso não inclui Subway.
  16. Quando a sua sogra aparecer e você estiver nua no quarto, vista a camisa do seu namorado e vá para a sala. Muito elegante, mesmo.
  17. Christian faz uma trança como ninguém.
  18. O quarto vermelho da dor me causaria rinite. Muito estofado nas paredes. 
  19. Christian anda mesmo com a chavinha do quarto vermelho no bolso o dia todo?
  20. Christian não faz amor. Ele fode, com força. (Desculpem o palavreado, crianças.)
  21. Quando Christian morde um pedaço do pão que Anastasia está comendo e diz: "Se você fosse minha, não sentaria por uma semana." Me deu um pouco de medo. Pensei que ele fosse enfiar pão na bunda dela.
  22. Nemo, não toque no Popô! É Anastasia tocando no Christian a todo momento.
  23. Eu esperava mais cenas de sexo do que de choro. 
  24. Ana é virgem mas não pensa duas vezes em perder a virgindade com um cara que diz: 'Vamos resolver esse seu problema.'
  25. Christian não manda flores. Ele pilota helicópteros.
  26. Christian é um cara fodido. Nada a declarar sobre isso.
  27. Ana parece ter treze anos, às vezes, muitas vezes.
  28. Ana rindo feito uma idiota antes de ser amarrada deve ser algo brochante para o Sr. Grey.
  29. Entrevista realmente muito útil a da amiga da Anastasia, não?
  30. Christian pode tocar até o ânus da Anastasia, mas ela não pode tocar o colarinho da camisa dele. Can't touch this!
  31. Christian prefere o cabelo da Ana solto. Isso ficou bem claro. 
  32. Dakota Johnson não consegue fingir surpresa. Nas três cenas em que ela 'esbarra' no Grey, ela não conseguiu me convencer. 
  33. Dançar enquanto faz omelete é mesmo uma ótima terapia. 
  34. O tombo de Ana na porta do escritório do Sr. Grey é mais vergonhoso que no livro. 
  35. Sim, empresários bilionários realmente dão entrevistas para estudantes enxeridas. Isso acontece sempre, super comum! Sr. Grey, logo uma estagiária do TV Fama pode bater na sua porta.
  36. Grey, esse seu olhar sensual precisa ficar guardado para momentos especiais. Não se usa assim a qualquer instante. 
  37. Frases de efeito logo nos primeiros trinta minutos. 
  38. Um final frustrante é a receita para te levar ao cinema ano que vem de novo. 
  39. Não importa o quanto Ana é tonta, ela sabe dar uma esnobada no playboy.
  40. Você nunca estará sozinha, Christian aparece em qualquer lugar. Ele é adepto de pó de flu, sabe aparatar e usa um vira-tempo para fazer tudo isso enquanto ganha milhões. 
  41. Christian não dorme na mesma cama que Ana. Não sei nem se Christian dorme, afinal, ele foi inspirado no Edward. 
  42. Eu achava que não teria uma protagonista mais imbecil que a Bella de Crepúsculo. Nunca duvide, uma personagem inspirada nela consegue ser pior.
  43. Quando Ana pergunta a Christian o que ela vai ganhar com o acordo, ele responde: Eu. (HAHAHA, isso é que é confiança, não?)
  44. Ana não pode beber, nem usar nenhum tipo de droga. Logo, depois das surras ela não vai poder tomar um dorflex. Sinto muito, amiga.
  45. José representa uma ameaça para Christian Grey. Sério mesmo? O José? O Zé? 
  46. Dakota Johnson deve ter usado muita manteiga de cacau pra compensar aquela mania de morder o lábio de cinco em cinco minutos.
  47. Christian vende o fusquinha de Ana sem a autorização dela. Fraude? Roubo? Falsificação de assinatura?
  48. Para ser justo com Anastasia, Christian aceita sair com ela num encontro pelo menos uma vez por semana. Justo como uma calça saruel. 
  49. Dakota Johnson pagou vários peitinhos e mostrou a bunda. Do Jamie Dornan não vi nem a coxa.
  50. Foda-se a papelada. 

março 21, 2015

[Livros] Uma Vida Para Sempre - Simone Taietti

Título Original: Uma Vida Para Sempre
Autor: Simone Taietti
Editora: Novo Século
Páginas: 352
Gênero: Romance, Ficção
País: Brasil
ISBN: 9788542803556
Classificação★★★★★
_______________

A vida. Uma infinidade de possibilidades, probabilidades e acasos. E em tudo isso, só há uma certeza: a de que estamos morrendo a partir do momento em que nascemos. Essa afirmação pode parecer dura, cruel e até mesmo pessimista, mas é a realidade. Somos criaturas ínfimas nesse universo absurdamente grande e não temos consciência de que nossa jornada pode acabar daqui uma década, um ano ou mesmo um segundo. Dizer que esse livro acabou comigo é pouco, além de me fazer chorar e soluçar, ele me fez pensar.

Se estivéssemos preparados para o fim, viveríamos plenamente. Não pensamos que o fim da jornada pode estar próximo e por isso, desperdiçamos nosso tempo, nossos sonhos e nossas palavras. A falsa ilusão do tempo não nos afasta da morte, ela nos afasta da vida. Simone Taietti nos faz pensar, questionar e observar nossa própria concepção de vida. A morte não precisa ser vista como uma vilã, nem tampouco, como uma amiga, mas ela marca o fim da jornada e não é possível aproveitar a viagem se você tem medo do destino final. 

Uma Vida Para Sempre traz uma bela história de amor que desde seu início, está fadada ao fim. Os protagonistas têm doenças que podem matá-los em pouco tempo. O mais peculiar, é que todos nós estamos sujeitos a morrer sem aviso prévio, afinal, ninguém pode prever o futuro ou evitar o acaso, mas a iminência da morte, intensifica todos os sentimentos, e dentre eles o medo e o amor. Aquela velha história de que "Se soubéssemos faríamos diferente", nós sabemos, mas fingimos que não.

O casal de protagonistas não deixa de lembrar Gus e Hazel Grace de A Culpa é das Estrelas. Suas realidades, doenças, personalidades e medos, porém, em nada se assemelham aos personagens de John Green. A complexidade presente em Ethel é assustadora, sua evolução, seu aprendizado, sua força. Simone ousou construir uma personagem que simboliza tudo o que nós somos: frágeis e fortes ao mesmo tempo, com medo e coragem de seguir em frente. Essa mistura homogênea, é o que nos faz humanos, nos protege e também nos destrói.

Ethel tem uma rara condição genética chamada CIPA. A doença, que se traduz na incapacidade de sentir dor, à primeira vista pode parecer uma benção, mas aos poucos, vamos entendendo que uma vida sem dor é ainda pior. Os riscos de morte são grandes, porque qualquer pequena febre ou fratura nunca seria percebida pelo portador da doença e assim, ele morreria sem saber que estava doente. Existem casos famosos de pessoas que sofrem com a CIPA, poucos deles vivem por mais do que vinte ou trinta anos. 

Protegida pela mãe, Ethel, vive praticamente isolada do mundo. Tudo representa riscos e por já ter perdido o marido anos atrás, Edith não pode arriscar perder também sua filha. Ethel tem que checar seus sinais vitais a todo momento, medir a temperatura e até mesmo fazer fisioterapia duas vezes por semana. Em decorrência da frequência de visitas ao hospital, ela encontrou lá muitos amigos, dentre eles, o pequeno Max e a divertidíssima Gertrude. Pessoas admiráveis, e confesso que a velha Gertrud foi de longe minha personagem favorita. 

A garota guarda um segredo da mãe: ela pesquisa muito sobre a morte, pensa nisso todos os segundos de sua vida e quer estar preparada para o pior. Ninguém entende sua obsessão pelo fim da vida, mas Ethel apenas não quer ser pega de surpresa. Certo dia, ao visitar o amigo Max no hospital, a garota é surpreendida com a notícia de que ele não resistiu ao câncer. Ethel começa a questionar quão injusta é a vida, e como nem toda a aceitação do mundo pôde prepará-la para a morte do amigo.

Enquanto se recupera da notícia, ela acidentalmente esbarra em um garoto na ala de oncologia. Seu nome é Vitor e ele está ali para ser internado. Ele - câncer de medula, ela - CIPA, uma combinação rara e perigosa. Os dois começam a conversar e em poucos dias se tornam amigos. A dor física decorrente da quimioterapia de Vitor é aplacada pela companhia de Ethel. Mesmo sendo incapaz de sentir dor, ela percebe que se algo acontecer àquele garoto do sorriso lindo, a dor vai ser imensurável. E na escala que classifica a dor de 1 a 10, ela vai guardar o seu 10 para ele. 

Em meio às rotinas hospitalares e ao bom humor dos dois, mesmo mediante às situações mais cruéis da vida, esse casal de adolescentes se apaixona e se tempo é tudo o que eles não têm, juntos eles precisam se apegar à única coisa infindável em suas curtas vidas: o amor. Juntos, eles decidem mostrar ao mundo que a vida é fantástica e curta e que mesmo assim, pode valer a pena. 

Em um mundo 'saudável' a autora traz personagens doentes e talvez a intenção dela seja justamente mostrar o contrário. Dois jovens que sabem aproveitar o pouco tempo que lhes resta são, na verdade, sãos em um mundo cada dia mais doente. As críticas na voz de Ethel são claras, estamos perdendo tempo. E tempo é a única coisa que não temos. As pessoas dão valor às coisas erradas, não percebem que o seu próprio valor está se perdendo, estamos indo em direção ao fim rápido demais e nossos sonhos estão ficando para trás.

Uma Vida Para Sempre me fez chorar, muito. Eu fiquei dias pensando em Ethel e Vitor. Não é só mais uma história de amor, é um alerta, um pedido. Ethel quer abrir os olhos das pessoas e mostrar que a vida é curta e rara. Não podemos prever o amanhã, mas podemos fazer o melhor com o hoje. Se a morte é um ponto final, devemos contar uma bonita história, cheia de adjetivos e vírgulas. Assim quando a caneta tocar o papel formando aquele ponto final, podemos sorrir, sabendo que escrevemos o melhor texto de nossas vidas.

"E então, de olhos fechados, sentindo o leve cheiro de sabão na camiseta de Vitor, poderia dizer que estávamos pairando no ar, misturando-nos com as finas nuvens e tocando o céu, que a partir daquele momento passou a fazer parte de nós. Estávamos indo embora, sim.
Mas naquele momento ainda estávamos ali." (p. 192)

Sinopse: Uma vida para sempre - Ethel diz estar morrendo. Contudo, não afirma isso apenas em razão de sua doença. Talvez a única certeza de nossa existência seja a morte, o fato de que ela chega para todos. Mas nem por isso deixa de ser a maior incógnita da vida.Em um hospital, em meio à dor das histórias dos pacientes, Ethel encontrou amigos. Entre passeios em cemitérios, frequentando velórios e enterros de estranhos, ela tenta preparar a si e aqueles que ama, para o que parece estar ali tão próximo, o fim. Entretanto, não esperava enfrentar algumas surpresas que a fizessem duvidar de tal preparação.

As estatísticas ruins, a inexorável passagem do tempo. Onde reside a lógica disso que nos arranca pedaços, da súbita inexistência do que outrora era vívido e pulsante? Um corpo que jaz. Palavras que se perdem. A finitude de tudo o que é tão belo talvez seja a maior dor do mundo. Uma vida para sempre é um compilado de desejos, pensamentos e dias. Quanto dura o para sempre? Ethel descobriu.

"- (...) Gabriel García Márquez escreveu algo como 'Tomei consciência de que a força invencível que impulsiona o mundo não são os amores felizes, mas os contrariados.' Acho que impulsionamos muito este mundo Ethel - ele disse e sorriu.
Esforçou-se ao máximo para esboçar aquele sorriso, sua marca, que sabia ser meu preferido e o que mais gostava nele. Aquela ponte de sonhos que permite o contato, aquela pequena imagem que poderia congelar o tempo. Era quase uma sensação de dever cumprido.
Sorri também, oferecendo a ele o meu melhor, porque era isto o que fazíamos sempre."  (p. 316)


março 19, 2015

[Livros] De Olhos Fechados - Lavínia Rocha

Título Original: De Olhos Fechados
Autor: Lavínia Rocha
Editora: D' Plácido
Páginas: 253
Gênero: Romance, Ficção, Mistério
País: Brasil
ISBN: 9788567020891
Classificação★☆☆☆☆
_______________

Não. Essa é a palavra que você mais encontrará nessa resenha. Nem de olhos bem abertos pude perceber algo de que eu gostasse em De Olhos Fechados. O livro de Lavínia Rocha, infelizmente não funcionou para mim, nem um pouco. A história é inconsistente, forçada, mal desenvolvida e mistura fantasia com realidade de uma maneira bem tosca. Imagine um romance adolescente, acrescente superpoderes da Marvel, assassinatos à la Agatha Christie, objetos que se quebram sozinhos, expedições como as dos livros de Dan Brown e perseguição estilo GTA. Não faz sentido, não é? Não. Não faz o menor sentido.

E não é que a narrativa seja de todo ruim, ela até começa bem, mas tropeça e rola ladeira abaixo a partir da metade do livro. O conceito de uma história de amor entre uma deficiente visual e um garoto sem deficiência arranca suspiros nas primeiras páginas e à princípio achei que eu iria amar a leitura. Errei, errei feio, errei rude. Tiago e Cecília se conhecem, se apaixonam e começam a namorar. Eles são um casal bem fofo e a relação deles não tem muitos dramas, exceto os que a garota enfrenta normalmente. 

Cecília nasceu cega e sua deficiência é retratada de uma maneira bastante real no livro de Lavínia, aliás, se há algo que eu preciso elogiar é a forma como a deficiência visual foi bem abordada. Expor os problemas, os preconceitos e as dificuldades que os cegos enfrentam no meio de um romance foi uma tentativa arriscada da jovem autora, e isso, posso garantir que funcionou. Até aqui, tudo ia bem e o romance tinha tudo para dar certo. 

Infelizmente, para mim, a parte boa do livro acabou na página 100. Depois disso, as coisas ficaram malucas, o gênero muda e eu me senti assistindo um episódio de As Meninas Super Poderosas. É uma comparação bem tosca, mas eu realmente passei a ver Cecília como a 'ceguinha super poderosa'. O sentido aranha, quer dizer, aguçado da protagonista, permite que ela detecte algumas coisas que pessoas normais não conseguiriam. Não vou falar quais são as coisas especiais que ela faz, para não dar spoiler, mas garanto que são 'dons', no mínimo, bizarros. Além disso, o livro todo se baseia em diálogos bem bobos do tipo: 'Quer que eu dê esfirra na sua boquinha, bebê?'. Cara, ela é cega, não retardada.

Há algum tempo, Cecília recebe bilhetinhos anônimos (em braille), com enigmas e mensagens estranhas para ela. Os bilhetes surgem do nada, dentro de um livro, na escola, na cantina, no parque, pelo correio, na cama dela, em qualquer lugar. Quem ou o quê está por trás disso é a grande interrogação do livro e é a parte mais fraca e desconexa da história. Sabe aqueles livros em que depois de ler o final você se questiona se leu certo? Eu li e reli as últimas páginas, com medo de ter deixado passar algo, mas não. 

No geral, Lavínia Rocha é uma jovem autora que consegue escrever mais do que nesse livro e eu espero que a minha crítica não a desmotive. Como eu disse, as coisas iam bem, mas às vezes nossa criatividade acaba passando na frente da razão. Li muitas críticas positivas e espero que a minha seja apenas uma contrária, que as pessoas possam entender a mensagem da autora e que enxerguem nesse livro algo que eu, infelizmente, NÃO enxerguei. 

"Esperei a porta bater, e quando aconteceu, foi o suficiente para que todas as lágrimas que eu estava reprimindo desde o momento no banheiro da casa dele saíssem apressadas.
- Tudo bem, agora pode falar. Qual é o problema? - Luna perguntou da porta.
- Eu sou cega." (p. 125)

Sinopse: "Ignorar é a solução" foi o que pensou Cecília quando alguns papéis começaram a surgir no seu quarto, na bolsa e nos seus livros. O que seriam aquelas ameaças e informações sem nexo? Quem estaria mandando? Como se não bastasse, a cada que os lê, uma imagem passa em sua mente. Talvez isso pudesse ser menos estranho se Cecília não fosse cega desde o dia que nasceu. Para desorganizar ainda mais sua vida, Tiago - o garoto novo da escola - começa a balançar seu coração e a faz com que sinta o que ela jamais sentiu. Sua dificuldade agora é acreditar no que sempre tentou passar às pessoas: ser cego não é sinônimo de limitação e tristeza.

Entre os desafios do dia-a-dia e da adolescência, Cecília se vê envolvida em um mistério que pode afetar sua vida e de todos os belo-horizontinos, e ela não vai descansar até descobrir - e entender - um grande segredo do passado da cidade que os livros de História jamais ousaram contar.

"- Antônio Rego, 1922.
- O quê? O que isso significa?
E, como esperava, aquela imagem surgiu na minha mente de novo.
- O que foi?
- Olha, Tiago, há algum tempo eu tenho recebido uns papéis como esse, umas ameaças, eu nunca entendi.
- Como você nunca disse antes?
- Eu tava tentando ignorar." (p. 136)


março 17, 2015

[Listas] Os 10 Melhores Romances #1


Olá lovers, no post de hoje eu vou responder ao que mais me perguntam. "Você é blogueira? Qual livro você me indica?" Sim, eu sou blogueira (ah, vá!) e também leitora assídua, portanto uma pergunta dessas sempre me pega desprevenida. São tantos livros que eu gostaria de poder indicar e se eu listasse os motivos pelos quais gosto de cada um deles, falaria por séculos.

Muitos amigos, colegas de trabalho ou da faculdade sabem do meu vício literário e estão sempre pedindo uma dica de leitura. Mesmo os que não acompanham o blog, (ou que não sabem que isso existe) pedem opções para comprar um bom livro. A lista muda constantemente, mas no geral os livros a seguir, sempre fazem parte das minhas indicações. Confira:

março 16, 2015

[Livros] Métrica - Colleen Hoover (Slammed #1)

Título Original: Slammed
Autor: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Gênero: Romance, Ficção, New Adult
País: EUA
ISBN: 9788501401861
Classificação★★★★★
_______________

Poético, sincero e comovente. O livro de Colleen Hoover tem como objetivo emocionar os leitores e de fato, consegue. Com uma escrita sensível, que é característica da autora, Métrica conta uma história de amor, poesia e coragem. Coragem porque é preciso tê-la para enfrentar os obstáculos que a vida coloca no nosso caminho e talvez o maior deles seja, justamente, o amor.

Arrisco dizer que Colleen se multiplicou para escrever esse livro. Pude ver várias facetas da autora numa única história. Apesar de narrar a história do ponto de vista da protagonista Layken, Métrica expõe em apresentações de slam poetry, fragmentos da alma de outros personagens coadjuvantes. A poesia, a música e o sentimento estão mais presentes nesse livro do que em qualquer outro de Colleen. Eu confesso que chorei e que senti meu coração apertado nos últimos capítulos, essa sensação perdura até hoje.

Além de nos introduzir ao mundo do slam poetry (uma espécie de competição de poesia), temos um referencial musical único, literalmente. A música fica por conta dos The Avett Brothers, banda já conhecida que quem gosta de new adults e/ou de folk, indie e rock alternativo. Em todos os capítulos, há um trecho de alguma música da banda e cada uma delas se encaixa perfeitamente ao contexto.

Em Métrica (tradução que infelizmente não faz juz ao título original), conhecemos Layken e sua família - sua mãe e seu irmão Kel. Após a morte repentina do pai, a jovem de dezessete anos tenta reconstruir sua vida e seguir em frente. Em meio às turbulências de uma vida completamente devastada, a mãe decide que eles devem mudar de cidade. De imediato, a decisão não agrada a garota, mas aos poucos ela vai descobrir que essa nova casa pode trazer um novo conceito de lar.

Logo no primeiro dia, Layken conhece Will, seu vizinho. Aos poucos, os dois se tornam amigos e o rapaz revela que é órfão e cuida sozinho do irmão Caulder. Um personagem extremamente bem construído, Will Cooper assumiu toda a responsabilidade que caiu sobre seus ombros e nunca reclamou. Em contrapartida, Layken é infantil, imatura e choraminga por tudo. Se há um ponto negativo em Métrica é a personalidade da protagonista, que irrita e que contrasta absurdamente com a de Will. Uma possível explicação para o fato é a de que, por ser narrado do ponto de vista dela, o livro tende a passar a imagem que a própria Layken tem de si. Daí, é mais aceitável pensar que Layken apenas se vê como uma menina, despreparada para vida e para os obstáculos que esta lhe reserva. 

Com o passar das semanas, Will e Layken ficam mais próximos e começam a se apaixonar um pelo outro. O relacionamento que tem tudo para dar certo se torna então, o ponto alto do romance. Após uma incrível competição de slam, os dois se despedem com um beijo e selam o futuro com um sentimento forte, que adolescentes conhecem bem. O que eles nunca poderiam imaginar é que mais uma vez, a vida tinha planos para eles. Planos não muito bons.

No primeiro dia de aula, Layken está empolgada. Nova cidade, novos amigos e encontrar Will na saída da escola. Tudo parece perfeito, até ela descobrir que o garoto por quem ela está apaixonada é também seu professor. O mundo desaba e o ar se rarefaz. O que eles têm não pode mais existir e todo o desespero e a depressão que assolava a jovem retorna, ainda mais forte. 

Personagens secundários incríveis como Eddie, Nick, Gavin, Julia e até mesmo os irmãos de Will e Lake, Caulder e Kel, tornam a narrativa ainda mais rica. Cada um a seu jeito, eles vão conquistando o coração dos leitores e fazendo desse primeiro volume da trilogia Slammed a premissa de uma excelente série. Em resumo, Métrica fala de um amor proibido, intensificado pela poesia e que está fadado ao fim. Mas, se fadados estamos todos e o fim é inevitável, só nos resta amar no pouco tempo que nos cabe.

"- Se não for capaz de responder às três perguntas, nem perca seu tempo num namoro. (...)
Ele a trata com respeito o tempo inteiro? Essa é a primeira pergunta. A segunda é: se, daqui há vinte anos, ele fosse exatamente a mesma pessoa que é hoje, você ainda assim se casaria com ele? E, finalmente, ele faz com que você queira ser uma pessoa melhor? Se conseguir responder 'sim' às três em relação a uma pessoa, então encontrou um homem decente." (p. 40)

Sinopse: O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina.Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor. 

"Levei a maior lição esse ano do meu professor, ele me ensinou que a pontuação não é o objetivo. O objetivo é a poesia. Eu levei a maior lição esse ano do meu pai. Ele me ensinou que os heróis nem sempre são invencíveis e que a mágica está dentro de mim. Eu levei a maior lição esse ano de um garoto. Um garoto por quem estou seriamente, profundamente, loucamente, incrivelmente e inegavelmente apaixonada. E ele me ensinou que a coisa mais importante de todas é enfatizar ... a vida." (p. 288)


março 13, 2015

[Sobre] Slam Poetry - Poesia Slam


O que é o Slam Poetry? De onde surgiu a ideia? 
Qual o diferencial desse tipo de poesia? 

O conceito de Slam Poetry surgiu em meados dos anos 80 nos Estados Unidos. Um grupo de pessoas se reunia e lia seus próprios versos para a plateia, enquanto uma comissão julgadora avaliava essa apresentação. O estilo de poesia falada ou cantada lembra o período conhecido como Trovadorismo. As semelhanças, porém, param por aí. A poesia slam não segue padrões, regras e tem como maior particularidade ser justamente 'particular'.

Primeiro, é preciso explicar o conceito a que remete o nome. 'Poetry', em inglês, significa poesia e 'Slam' seria algo como um estrondo, ou batida forte de porta. Podemos entender que a poesia slam surgiu, então, para quebrar 'bruscamente' um padrão poético, para fazer barulho em oposição ao silêncio que uma leitura requer.

O intuito é fazer com que o autor recite seu texto com toda a emoção que deseja. Nesse tipo de poesia, o eu-lírico se expressa de forma única, revelando seus sentimentos. Geralmente, ao ler um texto ou uma poesia, nós o interpretamos à nossa própria maneira. Já num concurso slam poetry, percebemos a entonação, o ritmo, a cadência que o autor emprega e isso faz com que compreendamos o que ele realmente sentia e/ou quis dizer.


Colocar no papel um texto tão íntimo, expor seus pensamentos para os leitores é um ato de coragem, mas interpretar os próprios sentimentos no palco requer ainda mais bravura. É um desabafo, uma forma de arte, uma forma de gritar o que você sente. Dividir um pouco do seu coração e da sua alma com cada ouvinte. 

O fato de ser uma competição é ainda mais interessante. Vivemos competindo, por tudo na vida. E então, no slam poetry você é julgado, avaliado e ouvido. O prêmio, no entanto, não é nenhum bem material. Daí se tira a maior das lições. É tudo sobre a jornada, sobre a sua vida, sua apresentação, seu texto e não sobre quanto vale, sobre o final ou sobre ganhar. Não existem perdedores, todos somos vencedores.

O 'Concurso' consiste em escolher no início da reunião, alguns jurados entre os membros da platéia. Isso mesmo! Amadores, não-profissionais irão avaliar os poemas apresentados. As regras são claras, não existe um juiz fixo, toda vez são escolhidas pessoas aleatórias. A pontuação de 0 - 10 (geralmente) abrange criatividade, conteúdo, boa oralidade, apresentação e quaisquer outros critérios que os juízes decidam avaliar. 


De uma forma livre e inovadora, as apresentações são cheias de sentimento e fazem com que mesmo os mais reticentes a gostar de poesia se emocionem. Um livro que fala bastante sobre o tema é Métrica de Collen Hoover. A leitura que roubou meu coração envolve um amor proibido que só pode ser livre nos versos de slam. Com poemas divinos, intensos e românticos, a autora dá o melhor exemplo de como a poesia pode significar tudo.


março 12, 2015

[Livros] O Guia do Mochileiro das Galáxias - Douglas Adams (O Mochileiro das Galáxias #1)

Título Original: The Hitchhiker's Guide To The Galaxy
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Páginas: 160
Gênero: Comédia, Ficção Científica
País: Inglaterra
ISBN: 9788599296943
Classificação★★★★★
_______________

O que esperar de um autor genial como Douglas Adams? Nada menos que um livro tao brilhante quanto seu autor. Depois de anos de procrastinação, decidi finalmente começar a série 'O Guia do Mochileiro das Galáxias' e preciso dizer que eu provavelmente a li no melhor momento possível. É definitivamente uma série de livros escrita para adultos. Sagaz, inteligente e extremamente cômica, a literatura de Adams requer uma certa maturidade para a compreensão.

Logo nas primeiras páginas, o autor que publicou o primeiro volume do 'O Guia' (para os íntimos) em 1979, mostra que estava à frente de seu tempo. Literalmente, ele previu muitas das consequências para o comportamento humano da época que nos afetam hoje. A quantidade de ciência e tecnologia descrita por Douglas Adams é assustadora. Nos primórdios da tecnologia e da criação de computadores é espantoso como ele poderia imaginar tamanha evolução. 

Ciência, humor e crítica se misturam diversas vezes no decorrer da narrativa. Alguns trechos me fizeram rolar de rir, enquanto outros me fizeram questionar a existência humana. Com muita imaginação e inteligência, Adams cria seres de outros mundos, animais super-inteligentes e paradoxos brilhantes para explicar a relação entre eles e os humanos. Por exemplo, os ratos e os golfinhos - seres muito inteligentes - são espécies altamente desenvolvidas, que sempre souberam que a Terra iria acabar e que na verdade, estavam aqui nos observando. 

Não vou me apegar nesta resenha aos personagens e à história em si, mas sim ao significado que eu encontrei nessa leitura. E foram tantos! Metáforas, abstrações e alegorias estiveram muito presentes do começo ao fim do livro e em certos momentos, confesso que me perdi um pouco. Meu cérebro às vezes não conseguia alcançar o nível de compreensão do autor. Para um entendimento complexo, digno de sua obra, serão precisas mais três ou quatro leituras - se não mais.

Em uma passagem que eu vou levar comigo por toda a vida, antes da destruição iminente da Terra, os golfinhos fogem e saem daqui dizendo a seguinte frase: "Até mais e obrigada pelos peixes!" É basicamente uma inversão de todos os valores, dizer que durante todo esse tempo nós criamos, alimentamos, mantivemos em cativeiro e consideramos inferior, uma espécie mais inteligente que a nossa. Nós nos julgamos muito sábios e nessa arrogância de achar que somos superiores, nem cogitamos a hipótese de existir mais do que conhecemos.

Além disso, 'O Guia' também fala da infinita busca do ser humano e também do não-humano pelo conhecimento. Estamos sempre querendo respostas, mesmo quando não sabemos as perguntas. Aprendi nesse livro que a vida é muito mais simples do que eu poderia imaginar, que nós não somos seres superiores, que o dinheiro não vai nos salvar de nós mesmos, que um viajante sempre deve saber onde está sua toalha e que existe um guia que tem praticamente todas as respostas - para todas as outras, 42. 

"Este planeta tem - ou melhor, tinha - o seguinte problema: a maioria dos habitantes estava quase sempre infeliz. Foram sugeridas muitas soluções para esse problema, mas a maior parte delas dizia respeito basicamente à movimentação de pequenos pedaços de papel colorido com números impressos, o que é curioso, já que no geral não eram os tais pedaços de papel colorido que se sentiam infelizes." (p. 10)

Sinopse: O Guia do Mochileiro das Galáxias - Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, O guia do mochileiro das galáxias vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. 

A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do mochileiro das galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.

Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.

"É um fato importante, e conhecido por todos, que as coisas nem sempre são o que parecem ser. Por exemplo, no planeta Terra os homens sempre se consideraram mais inteligentes que os golfinhos, porque haviam criado tanta coisa - a roda, Nova York, as guerras, etc. - enquanto os golfinhos só sabiam nadar e se divertir. Porém, os golfinhos, por sua vez, sempre se acharam muito mais inteligentes que os homens - exatamente pelos mesmos motivos." (p. 116)

março 11, 2015

[Blog] Parcerias 2015


Olá queridos, no post de hoje vou falar um pouco sobre as parcerias que o blog firmou neste começo de ano. Ao invés de fazer diversos posts sobre cada uma delas, preferi unir tudo num post só e mostrar que todas tem o mesmo valor para mim. Pequenas, médias ou grandes editoras, a qualidade não está em seu 'prestígio' mas sim na forma de trabalho e nos livros que por elas são publicados. Foram muitos nãos, muitos sims, muitos formulários, emails e caixinhas de música, e no fim, estas editoras incríveis confiaram no meu trabalho. Obrigada!

O Love Lovers tem orgulho em apresentar as editoras parceiras do blog em 2015:



O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.


Com a missão de publicar histórias empolgantes, tornar os livros cada vez mais acessíveis e despertar o amor pela leitura, a Editora Arqueiro é uma homenagem a esta figura extraordinária, capaz de enxergar mais além, mirar nas coisas verdadeiramente importantes e não perder o idealismo e a esperança diante dos desafios e contratempos da vida.


Tendo por denominador comum a busca da felicidade e da realização pessoal, nossos livros abrangem temas que vão do desenvolvimento espiritual à descoberta da vocação profissional, passando pela conquista da própria identidade e do amor que se deseja.


A editora Sextante e a editora portuguesa Saída de Emergência, dos irmãos António Vilaça Pacheco e Luís Corte Real, darão início a uma nova operação: A Saída de Emergência Brasil. Assim como a sócia portuguesa, a nova editora é dedicada a livros de fantasia e romances históricos luso-brasileiros.


A Editora Schoba foi instituída com o objetivo de desburocratizar a publicação de livros no Brasil. Como o autor é nosso foco principal, esperamos estabelecer uma parceria duradoura e transparente durante todo o processo de publicação de seu livro, zelando pela sua imagem e oferecendo um serviço que atenda cada necessidade.


A Editora D’Plácido é uma jovem editora que tem como objetivo apresentar ao mercado novos autores e títulos de qualidade. Publicando desde agosto de 2013, a editora já conta com nomes conhecidos no cenário jurídico profissional e acadêmico, e está captando mais autores para compor o seu quadro editorial.


Qualidade é nosso fio condutor desde 2008, ano da nossa fundação. A Qualis editora e comércio de livros ltda, nasceu com a importante missão de apresentar à sociedade, através da publicação e comercialização de livros, o conhecimento científico produzido no meio acadêmico, dentro e fora do Brasil.


Madras Teen é o novo selo da Madras Editora (conhecida como “A casa da magia e do estudo do ocultismo”) voltado ao público jovem, amante da Literatura Fantástica. É composto apenas por autores nacionais. Com toda sua experiência no mercado livreiro, a editora, que traz as melhores publicações, que fazem parte do mais primoroso e avançado trabalho em busca do saber, agora busca trazer também para o leitor, o melhor entretenimento.


Criada em 2008, a Primavera Editorial – editora brasileira alinhada ao conceito de “butique de livros” – estimula no cidadão brasileiro o hábito da leitura com conteúdos prazerosos, inteligentes e instrutivos. Os livros de ficção apresentados pela editora oferecem a possibilidade de “viver emoções” que não fazem parte do “enredo” cotidiano dos leitores.


O Grupo Editorial Arwen foi fundado em 2012 e conquistou leitores do mundo inteiro com publicações jovens e criativas. Apostando sempre em autores nacionais, temos como objetivo dar raízes aos sonhos de autores e leitores. E, mesmo sendo uma editora jovem, a Arwen vem com maturidade e experiência no mercado editorial oferecendo mais que títulos, mas sim publicações de qualidade. Por isso, levar o melhor da literatura nacional é o que nossa equipe Arwen deseja.

março 09, 2015

[Dos Livros] "Ten Years" - Fingindo / Faking It - Cora Carmack


Olá queridos! Quem me conhece sabe que eu adoro tocar violão (mal) e cantar (pior ainda), mas decidi transformar a letra de uma música do livro Fingindo de Cora Carmack em melodia. A música se chama 'Ten Years' e está nos últimos capítulos do livro (apesar disso, não é um spoiler, tá?), ela fala sobre a vida da protagonista Max, sobre a morte de sua irmã Alex e sobre a falta que ela faz. O resultado foi esse. Espero que vocês gostem! 


Inscreva-se no meu vlog!

[Promoções] Aniversário de 1 Ano dos Blogs Srta. Bookaholic e Interessante de Ler - 36 livros!

Em março o blog Srta. Bookaholic e Interessante de Ler completam 1 ano, então para comemorar esse primeiro aniversário eles se juntaram com alguns blogs amigos, autores parceiros e editoras parceiras para preparar uma super promoção. Vocês não vão ficar de fora, né?


São ao todo 36 livros separados em 9 kits para 9 sortudos, além de livros também tem kit de marcadores! Para participar é bem fácil, basta seguir as regras obrigatórias dos formulários e caso quiser mais chances no sorteio é só preencher as regras extras.

março 06, 2015

[Livros] Fingindo - Cora Carmack (Losing It #2)

Título Original: Faking It
Autor: Cora Carmack
Editora: Novo Conceito
Páginas: 336
Gênero: Romance, Ficção, Comédia
País: EUA
ISBN: 9788581636665
Classificação★★★★★
_______________

Hilário, romântico e fofo, o segundo livro da trilogia Losing It de Cora Carmack é tão bom quanto o primeiro. Aliás, eu não saberia dizer de qual gostei mais. Os dois livros trazem narrativas divertidíssimas e histórias de amor encantadoras, problemáticas e ao mesmo tempo, extremamente honestas. É possível perceber neste segundo volume, um pouco mais de drama e de comédia. O equilíbrio perfeito entre lágrimas e riso explica o porquê da autora figurar há tanto tempo as listas de best-sellers.

'Fingindo' é um spin-off de 'Perdendo-me' e mostra eventos posteriores ao término do primeiro livro. Neste, o protagonista é Cade Winston. E ao iniciar a leitura tive que fingir que não adorava o personagem, quando na verdade já gostava e muito dele. [spoilerdolivroanterior] Depois que Bliss e Garrick (ah, o Garrick!) assumem de vez o namoro, Cade não tem outra alternativa a não ser desistir de conquistar a sua melhor amiga. A amizade dos dois acaba se deteriorando e uma das únicas pessoas que ele ainda tinha desaparece da sua vida. [/spoilerdolivroanterior] É triste ver uma amizade sólida e tão bonita como a de Cade e Bliss acabar por ter se transformado num amor não-correspondido.

Cade Winston, porém, já está acostumado a ser abandonado. A mãe morreu quando ele ainda era pequeno e o pai o deixou para trás. Por conta disso, o garoto cresceu tentando ser perfeito para, quem sabe assim, conquistar o amor das pessoas. A busca pela aprovação dos outros só resultou em dor e a perfeição inatingível exige tudo dele e nada dá em troca. Ao descobrir que Bliss e Garrick ficaram noivos, ele literalmente perde o rumo de sua vida. Nada mais parece importar, mas tudo bem, ele é ator. Fingir é o que ele sabe fazer bem. 

Depois de se despedir de Bliss e ainda desnorteado com a notícia do noivado, Cade esbarra em uma garota nada comum. Ela é uma roqueira rebelde, cheia de personalidade, cabelos coloridos, tatuagens e piercings. A jovem diz se chamar Max e pede ajuda para ele. A 'ajuda' de que ela precisa é de um 'namorado de mentira para convencer seus pais de que ela tomou um rumo na vida. Max - também conhecida como Mackenzie - já é comprometida, mas seu namorado real é oposto do que ela deseja apresentar aos pais. 

O namoro de Mackenzie (o real) já não vai nada bem. E aos poucos, o que era só fingimento, vai se tornando mais que amizade e os dois ficam bem próximos. Surge uma atração incontrolável entre esses opostos e os dois mundos colidem. Ela é errada por todos os motivos, por já ter um namorado e principalmente por ser tão diferente dele. Ela é rebelde e ele é certinho. O Menino de Ouro e a Garota Furiosa, que dupla! A partir daí, os encontros e desencontros dos dois ficam mais intensos e as cenas descritas pela autora são geniais e muito, muito engraçadas.

Max vive fingindo ser algo que não é para os pais. Toda a sua raiva, revolta e rebeldia são segredo para a família conservadora que não percebe o quanto a filha é infeliz. Na frente deles, Max é Mackenzie, a garota doce e meiga que sua irmã, Alex, foi um dia. Antes de morrer. Suas tatuagens ficam cobertas e o cabelo volta ao tom normal. Até mesmo sua postura muda. Nada é original, o ator é Cade, mas Max finge tão bem quanto ele.

No decorrer da história, vamos conhecendo mais sobre os protagonistas. A narrativa intercala os pontos de vista dos dois e nos traz uma visão bem mais ampla de seus sentimentos e atitudes. Um completa o outro e juntos eles entram em sintonia. A música, algo muito importante na vida de Mackenzie, está bem presente em todo o livro. Suas letras mostram a dor que ela sente por dentro e toda a confiança que ela exala é só uma máscara, uma personagem. Ao mesmo tempo, Cade finge ser perfeito, quando na verdade, está sempre despedaçado e se sentindo sozinho.

Antes de começar qualquer coisa, eles precisam se encontrar e parar de fingir para o mundo. Esses personagens imperfeitos e suas máscaras de perfeição vão mostrar aos leitores que nós podemos ser tudo o que quisermos, mas no fim do dia, quando estamos sozinhos, somos apenas nós mesmos e nossos problemas. 

"- Você não vai querer brincar disso, querido.
Ela olhou para trás por um segundo ao atravessar a rua, e seus olhos me encararam pela janela. Um tremor cresceu no meu peito, algo que lembrava uma corrida, um teste de ator e uma disputa por um papel que eu sabia que devera ser meu." (p. 45)

Sinopse: Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la.Com seus cabelos cloridos, tatuagens e um namorado que combina com tudo isso, Max tem exatamente o estilo que seus pais mais desprezam... E eles nem sonham que a filha vive assim.

Ela fica em apuros quando seus pais a visitam na faculdade e exigem conhecer o futuro genro. A solução que Max encontra para não ser desmascarada é pedir para um desconhecido se passar por seu namorado. Para Cade, a proposta veio em boa hora: é a chance que ele esperava para acabar com a sua fama de bom moço, que até hoje só serviu para atrapalhar sua vida. Um faz de conta com data marcada para terminar... E um casal por quem a gente vai adorar torcer. Fingindo vai seduzir você.

"Foi naquele momento que tive certeza de que não estava mais apaixonado por Bliss. Não poderia. Porque, naquele momento, nada poderia me impedir de me aproximar de Max, nem mesmo se Bliss estivesse do outro lado me chamando." 
(p. 210)


março 05, 2015

[Promoções] Páscoa Premiada - 50 livros!


O Cantar em Verso está promovendo a sua primeira promoção e se juntou a diversos outros blogs para presentear doze leitores com quatro livros cada. <3 Segura o forninho e participe!

[Textos] 'Mind The Gap' - Uma Verdadeira História de Amor


Olá queridos, hoje vim trazer para vocês mais uma história de amor verídica. Os personagens dessa história triste e tocante são pessoas reais, que viveram um amor real. A tradução do texto original foi feita por mim, então pode haver modificações em alguns detalhes para que fosse mais fácil de entender. O vídeo no final do post é uma homenagem ao casal e uma representação de um amor tão grande que não acaba nem mesmo quando a vida acaba.


'Mind the gap, please!' (Tome cuidado com o vão entre o trem e a plataforma, por favor!), esse anúncio tão conhecido em todo o mundo já foi gravado por diversas vozes. Em todos os países que utilizam sistemas metropolitanos de trens, esse aviso importante se faz presente. Em Londres não é diferente, e essa é a história de um dos donos da voz nos auto-falantes do Underground (metrô).

Oswald Laurence era ator. Seus filmes nunca fizeram um grande sucesso. A história de sua vida, porém, ficou marcada pelo amor de sua esposa. Por décadas, a voz de Oswald anunciou a famosa frase de precaução do metrô londrino. E após sua morte em 2007, sua viúva Margareth, já aos oitenta anos costumava sentar na estação de Embankment apenas para ouvir a voz do marido. "Isso diminuía a saudade." - dizia a Margareth.

Com o passar dos anos os recados ficaram diferentes e diversos atores deram voz aos anúncios, mesmo assim, a sutileza com que Oswald dizia 'please' no final da frase nunca seria esquecida. Em 2013, para homenageá-lo, o metrô voltou a usar a voz de Oswald na estação de Embankment. Sempre que ouvia o marido dizer: 'Tome cuidado com o vão entre o trem e a plataforma, por favor!', Margareth sorria e respondia: 'Obrigada querido, eu tomarei.'

março 03, 2015

[Livros] Um Amor, Um Café & Nova York - Augusto Alvarenga

Título Original: Um Amor, Um Café & Nova York
Autor: Augusto Alvarenga
Editora: D'Plácido
Páginas: 168
Gênero: Romance, Ficção
País: Brasil
ISBN: 9788584250370
Classificação★★★★★
_______________

Fofo. Não há outra palavra para descrever Um Amor, Um Café & Nova York. O livro de Augusto Alvarenga me conquistou e me fez suspirar em vários momentos. A cada página virada, eu marcava uma frase ou um trecho com que eu me identifiquei. É um livro que fala de amor com bastante açúcar, feito para os românticos e sonhadores de plantão. Muito eu.

O amor adolescente, geralmente descrito nos livros como impetuoso, desregrado e avassalador, nesse livro toma contornos diferentes. Um amor cheio de ternura, carinho e meiguice, faz deste, um romance mais leve, gostoso de ser lido numa tarde de domingo. Todo o clichê dos YA's é deixado de lado e a narrativa do autor não segue os padrões atuais de livros best-seller. Pelo contrário, Um Amor, Um Café & Nova York ressalta um valor muitas vezes esquecido pelos jovens amantes: ele próprio, o amor.

Guimila são o casal mais guti-guti do mundo literário. Eles demoram para desligar o telefone, se falam várias vezes por dia, quase não brigam, fazem surpresas um para o outro. Quando estão prestes a completar três anos de namoro, Guilherme faz uma surpresa para a namorada, ele planeja uma viagem para Nova York. Essa, não é uma surpresa qualquer, pois Camila é apaixonada pela Grande Maçã. Talvez tanto quanto eu sou por Londres. A ansiedade e a expectativa de realizar o seu maior sonho com o amor da sua vida torna tudo ainda mais fantástico. E quando eu vivi a mesma coisa que a protagonista, eu também me sentia nas nuvens, antes mesmo de entrar no avião. 

Já em solo americano, os dois vão descobrindo juntos a beleza de Nova York. A cidade grande, que nunca dorme e onde os sonhos se tornam realidade. Acostumados com Belo Horizonte, o fascínio dos protagonistas é notável, tudo é diferente, desde o clima, até a forma de se comportar. Augusto fez um excelente trabalho de pesquisa e por algumas horas, eu realmente estive em Nova York enquanto lia.

O 'café' no título pode ser entendido como uma referência ao estado de Minas Gerais, de onde são as personagens criadas pelo autor. Além do mais, em países que experimentam as mais baixas temperaturas, como os do hemisfério norte, o café é parte essencial da viagem. Saudades, Starbucks. A capa e a diagramação são maravilhosas, fruto de um trabalho de ilustração do próprio autor, que não poderia passar despercebido. A representação de Belo Horizonte no topo e de Nova York no rodapé é genial da concepção à execução, e pode inclusive dizer muito sobre a história.

Tudo pode parecer perfeito, fofo e encantador, mas até os sonhadores precisam acordar. Em um determinado ponto da viagem, o amor do casal é colocado à prova e os sonhos e planos dos dois podem colidir. Todo casal passa por esse momento e a forma como Augusto trabalhou isso na narrativa foi bem plausível. Mais uma vez me identifiquei e cheguei a pensar que o autor tem me espionado nos últimos anos.

Os muitos momentos românticos do casal podem parecer exagero para os que não gostam do excesso de mel, mas para aqueles que preferem seu café e seu amor com duas pedrinhas de açúcar, o livro tem o sabor perfeito. Recomendo como uma boa história e como um trabalho de ilustração fantástico, cheio de significado.

"Eu quero realmente ter alguém. Eu não estou insinuando nada para você, ou talvez, eu esteja sim. - e pegou as minhas mãos - Mas o que eu quero por agora é isso: que você não fique pensando que não significou nada. Porque significou, sim! Não pense que eu não vou te ligar essa noite, pois eu vou! E não pense que eu estou falando isso da boca para fora, porque eu não estou. Ok?" (p. 24)

Sinopse: Um Amor, Um Café & Nova York - Camila sempre teve um grande sonho: viver um grande amor, como um desses de cinema. Ela só não imaginava que teria isso e muito mais, logo que conheceu Guilherme. Na véspera do aniversário de 3 anos de namoro do casal, e do aniversário de 19 anos de Camila, Guilherme surge com uma surpresa que mudaria pra sempre o romance e a vida do casal: uma viagem de um mês para Nova York. O que ele não sabia é que esse era mais um dos grandes sonhos de Camila, que vai fazer de tudo para que essa seja a melhor viagem deles. Porém, Nova York possui brilhos demais. Poderia algum deles ofuscar o do casal?

"Eu não sei nem o que te dizer,,, Eu só... Eu faria qualquer coisa para ouvir todas essas suas palavras para mim de novo. Eu faço qualquer coisa por você, Camila! Qualquer coisa! Eu só preciso ver o seu sorriso brilhando do meu lado. Eu te levo para a lua comigo se você quiser! Eu te amo tanto..." (p. 46)


março 02, 2015

[Vlog] Leituras de Fevereiro


Oi, lovers! Este mês eu não li tanto quanto esperava ter lido, mas fiz ótimas leituras. Você confere no vídeo um resumo (muito, muito resumido mesmo) de tudo o que eu li. Os livros foram: Outlander, As Cores do Entardecer, Tudo Que Um Geek Precisa Saber, Nascida À Meia-Noite, Desperta Ao Amanhecer, 'Um Amor, Um Café & Nova York' e O Guia do Mochileiro das Galáxias. Você pode conferir as resenhas nos links. E vocês, o que andaram lendo neste mês de Carnaval?

Inscreva-se no meu vlog!

março 01, 2015

[Promoções] Aniversário de 1 Ano do Escritos & Estórias - 48 livros!


Nem parece que faz um ano que o blog parceiro Escritos e Estórias saiu do papel para finalmente ir ao ar! Nós, blogueiros, nos unimos para agradecer a todos que nos acompanham nesse dia-a-dia turbulento. É aniversário do Escritos e Estórias, mas quem ganha presente é você, óbvio!

[Promoções] Aniversário de 2 Anos do Vício em Livros - 40 livros!


Março é mês de alegria! E melhor ainda, mês de aniversário do blog Vício em Livros! Por isso nos juntamos a vários outros blogs e montamos um super sorteio para vocês, com mais de 40 livros e muitos marcadores! Vamos participar?! 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...