março 18, 2017

[Séries] Easy - Netflix


A Netflix tem apostado em projetos ousados e diferenciados para manter seus fiéis espectadores e atrair novos fãs. A produção e desenvolvimento de novas séries e novos formatos tem sido uma preocupação da empresa que atualmente tem os direitos de roteiros incríveis. Uma das apostas do ano passado foi Easy, uma série de oito episódios que funcionam como uma antologia e falam sobre oito diferentes tipos de relacionamento. 

Focada no tema relações amorosas e suas complicações, Easy é justamente o contrário do que aborda, simples e descomplicada. Não existem grandes acontecimentos ou reviravoltas, tudo é morno, não há muita evolução. A produção é extremamente realista e, por isso, traz um formato completamente novo para quem a assiste, por vezes, entediante e, outras, de fácil identificação. 


Os personagens não são aprofundados e talvez esta seja a intenção da trama, o espectador sabe pouco sobre o casal central de cada episódio, quase como se fossem pessoas de quem se ouve falar. Vamos aos poucos desvelando suas intenções e tentando compreender o que não está funcionando na relação deles. 

Atores fantásticos em atuações limitadas por seus papéis deixam a sensação de muito potencial desperdiçado. Grandes nomes como Orlando Bloom e Dave Franco trazem destaque aos seus episódios, mas não conseguem se sobressair perante o roteiro minimalista. Ressalto, novamente, esse minimalismo na ficção é absolutamente intencional.


Os meus episódios favoritos foram Vegan Cinderella, Controlada e Chemistry Read. Com histórias mais diferentes e algum tipo de desfecho, as três tramas não foram muito longe, mas, definitivamente, saíram do lugar e conseguiram trazer histórias de mais destaque. O final de Controlada é um dos mais interessantes, apesar de bem previsível, pois não se fecha, pelo contrário, deixa várias possibilidades.

Sexo é um tema recorrente em Easy e se há algo bem abordado é a relação os protagonistas com o sexo, cada um deles tem seu próprio tabu a quebrar e o faz de uma maneira nada ordinária. Existe todo o tipo de relacionamento e todo o tipo de situação, a que mais me intrigou foi a de Chemistry Read. A fabulosa Gugu Mbatha-Raw interpreta uma garota que opta por terminar seu relacionamento para começar a pensar em si mesma e em sua carreira, indo contra a corrente que a arrastava para o caminho oposto.

Se vale a pena assistir? Talvez tanto quanto vale a pena descobrir como anda a vida daquele casal da rua de cima. É uma história bem realista, com pouco a acrescentar além de recortes da realidade, mas que vai te deixar intrigado para descobrir se as relações vão dar certo. E como é a vida sendo retratada, nem sempre os finais são felizes, nem sempre as coisas têm final. 

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