Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Gênero: Ficção, Romance, NA
País: EUA
ISBN: 9788580415421
Classificação: ★★★★★
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Com muito amor e uma temática tão pesada quanto a de seu antecessor, o segundo volume de Desejo Proibido é diferente dos outros new adults em sua essência. Drogas, violência doméstica e crises de ansiedade são apenas alguns dos temas abordados no romance. Se a história de Carter e Kat já era encantadora e transbordava superação, a de Max e Grace é ainda mais intensa e prova que dois corações podem se consertar, não importa o quão quebrados estejam.
Sophie Jackson leva o clichê dos protagonistas complicados a outro patamar. Seus personagens, na verdade, todos até agora, tem algum trauma bem sério a ser resolvido. Apesar disso, as vidas de Kat e Max não são incomuns, pelo contrário, eles sofrem dramas que nos são bem familiares e, por isso, é fácil sentir uma conexão com eles. As crises de ansiedade de Grace e Max são minhas velhas companheiras de vida e seu potencial de destruição é ilimitado, o que leva a trama do segundo livro para uma problemática essencialmente psicológica.
Max, melhor amigo de Carter, ao qual fomos brevemente apresentados em Desejo Proibido, é um ex-viciado que tenta se manter sóbrio após ter chegado ao fundo do poço. O estopim para sua autodestruição foi ter sido abandonado pelo amor da sua vida. Sem apoio e desesperado, o jovem resolveu fugir da dor de sua própria realidade, mergulhando num mundo de prazeres momentâneos compactados em pó.
A dor de Max e sua luta contra o vício encontram em Carter um porto seguro. O melhor amigo que faz as vezes de irmão, tenta incessantemente resgatá-lo e trazê-lo de volta. Enquanto se recupera, Max acaba esbarrando em uma encantadora garçonete, tão destruída por dentro quanto ele. Um laço de compreensão e respeito se forma entre eles e única coisa que pode desestabilizá-los é a visível atração que nutrem um pelo outro. Por conta disso, eles fazem um acordo que será, de longe, o maior desafio deles até agora: manter a relação apenas num nível casual.
Não se envolver é sempre um problema para uma das partes e no relacionamento de Grace e Max não é diferente. O problema é a fragilidade que os envolve, fazendo com que qualquer decepção ou mágoa possa culminar em uma recaída. Tensão, expectativa e atração são os ingredientes para um romance desastrosamente interessante e, mais uma vez, Sophie acerta na química de seus protagonistas.
Não há muita surpresa ou grandes reviravoltas na trama e esta é a especialidade da autora, escrever histórias plausíveis, tão reais quanto se pode ser. O comportamento de Max é o da típica esquiva para não se comprometer e sofrer de novo, algo extremamente familiar para nós mulheres. Mais do que a análise psicológica de um romance, Paixão Libertadora é um retrato fiel de uma realidade em que o amor é a causa da loucura e, ao mesmo tempo, sua cura.
"- Mas, mesmo assim, você não faria...
- Porque você merece mais - interrompeu ele. - Você merece mais do que um babaca que não pode oferecer nada além de uma transa sem compromisso. Você merece alguém que a leve para sair e a trate direito. - Ele sacudiu a cabeça. - Não sou capaz de fazer isso nesse momento. E não sei se algum dia voltarei a ser capaz disso de novo." (p. 114)
Sinopse: Segundo livro da trilogia Desejo Proibido - que teve mais de 4,5 milhões de visualizações on-line - , Paixão Libertadora é uma história sensual e apaixonante sobre segundas chances.
Max OHare já passou por muitos momentos difíceis na vida. Depois de perder um grande amor e ter que se internar numa clínica para se livrar das drogas, ele decide que é hora de trocar Nova York por uma cidade do interior, na tentativa de se reerguer ao lado da família.
É lá que ele conhece a deslumbrante Grace Brooks. Amante da arte e da fotografia, ela parece a mulher perfeita. Mas o que Max não sabe é que ela guarda a sete chaves a verdade sobre o próprio passado.
Atraídos um pelo outro, mas com medo das consequências que um relacionamento sério pode trazer a suas vidas já complicadas, eles fazem um pacto para que a relação seja apenas sexual, sem sentimentos envolvidos. Até que as coisas começam a mudar entre os dois. Presos a grandes medos e a segredos profundos, Max e Grace precisam aprender a confiar de novo e se entregar um ao outro não apenas de corpo, mas também de alma.
"Eles eram dois adultos - fodidos, é verdade - que sentiam atração um pelo outro. Eram parceiros sexuais e nada mais. Mesmo assim, tanto Tate quanto seu tio o alertaram para o fato de que talvez Grace quisesse mais, que gostasse de Max mais do que deveria.
Max olhou para si mesmo no espelho.
- Merda." (p. 198)