O romance infantil de L. Frank Baum carrega uma mensagem linda de perseverança, esperança, coragem, amizade e, acima de tudo, autoconhecimento. A jornada da jovem garota é a nossa busca pela verdadeira felicidade. Seguimos pela estrada de tijolos amarelos em busca daquilo que teria o poder de nos fazer verdadeiramente felizes e completos, sem notar que já o somos durante todo o caminho. É sobre a jornada, não o destino.
A mensagem de que 'nenhum lugar é como a casa da gente' é muito presente na narrativa, Dorothy está desde o início de sua jornada determinada a voltar para sua família no Kansas. Perdida na Terra de Oz, ela precisa encontrar o grande e temível mágico para que ele a ajude a reencontrar seu lar. No meio do caminho, a menina conhece três personagens que vão acompanhá-la até o fim: o Espantalho que queria um cérebro, o Homem de Lata que queria um coração e o Leão que queria coragem. Cada um deles acredita que Oz poderá realizar seu maior desejo e lhes trazer aquilo que eles tanto sonham mal sabendo que todos eles já têm dentro de si o que procuram.
A influência teosófica na produção de Baum é notável, ainda que num texto infantil, os questionamentos filosóficos e o autoconhecimento como busca pela felicidade tornam essa história mais do que um conto de fadas moderno.
Nessa edição belíssima do Institujo Mojo, que desde seu projeto gráfico até a preparação do texto é impecável, nos encantamos com O Magnífico Mágico de Oz e A Maravilhosa Terra de Oz. Como Dorothy, ao chegar ao fim dessa história, voltamos para casa com a certeza de que foi uma grande experiência de aprendizado. Bati os calcanhares três vezes antes de fechar o livro e, em seguida, me vi diante da minha estante cheia de livros, preparada para a próxima aventura.
Sinopse: Voltar para casa é um desejo latente e instintivo em cada um de nós. As aventuras de Dorothy com seus amigos — o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde — pela estrada de ladrilhos amarelos em busca de propósito e do próprio lar compõem uma das obras mais icônicas do Século 20, repleta de interpretações e simbolismos e reverenciada fonte de inspiração para diversas outras obras, como a adaptação icônica de 1939 para o cinema.