Autor: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Páginas: 224
Gênero: Romance Erótico, Ficção
País: EUA
ISBN: 9788562409943
Classificação: ★★★★★
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Um romance erótico leve, perfeito para esquentar esses dias frios, Big Rock de Lauren Blakely é um dos melhores livros do gênero que li nos últimos tempos. Com uma narrativa descomplicada, a autora não ousa e aposta no clichê que tanto adoramos - o sedutor galanteador que se interessa por uma garota em especial. O protagonista nos conquista com seus muitos atributos, sendo o mais importante deles sua capacidade de contar uma boa história.
Com uma auto-confiança típica de machos-alfa da literatura e da vida real, Spencer inicia a narrativa falando sobre suas qualidades. Nada modesto, ele se descreve como um profundo conhecedor do prazer feminino e promete arrancar suspiros das leitoras. De fato, sua promessa se cumpre e no decorrer de Big Rock, percebemos o porquê desse tipo de homem ser tão desejado.
Há uma referência ao "tamanho avantajado" do rapaz no primeiro capítulo e esse detalhe acaba aparecendo diversas vezes no decorrer da trama apesar de ser a menor - ou não - das qualidades na lista de Spencer Holiday. Essa e outras tiradas cômicas naturais, especialmente nos diálogos, não tornam a narrativa vulgar, pelo contrário, trazem leveza e fluidez a trama. Em muitos momentos, me vi rindo do comportamento do playboy convencido, tendo certeza que já conheci caras que se acham tanto quanto ele.
Spencer e Charlotte são melhores amigos desde a faculdade. Ele um solteirão inveterado, não se vê em um relacionamento com ninguém. Ela, acabou de sair de uma relação horrível e tenta se livrar do ex babaca que a traiu. Os dois são sócios numa rede de bares e, assim como nos negócios, parceiros para proteger um ao outro de problemas.
Quando a família de Spencer se vê tentando fechar negócio com um conservador e autoritário magnata, ele é obrigado a fingir que não é um conquistador que traz uma mulher diferente para casa todas as noites. Por uma semana, até a concretização do acordo, ele propõe fingir ser noivo de Charlotte e essa friendzone rapidamente vai evoluir para amigos com benefícios. As transformações no relacionamento dos dois são deliciosas de acompanhar e, de uma maneira fofa sem deixar de ser sensual, Lauren Blakely nos dá um romance apaixonante repleto de cenas arrebatadoras e momentos cômicos.
O título do livro - sabiamente não traduzido - tem duplo sentido e remete tanto ao instrumento de Spencer, quanto ao grande diamante que ele dá a Charlotte, sacada genial da autora! Bem costurada, a história retoma acontecimentos dos primeiros capítulos ao seu final, mostrando que foi bem planejada e desenvolvida. Aliás, não há nada que não funcione bem nesse livro, incluindo Spencer Holiday, tudo é perfeito e na medida certa.
"Eu posso ser mestre na arte de trepar, mas também sou um cavalheiro. Eu abro as portas do seu coração antes de abrir as suas pernas. Eu puxarei a cadeira para você se sentar, tirarei seu casaco, pagarei o jantar e a tratarei como uma rainha, na cama e fora dela." (p. 7)
Sinopse: “A maioria dos homens não entendem as mulheres.” Spencer Holiday sabe disso. E ele também sabe do que as mulheres gostam.
E não pense você que se trata só de mais um playboy conquistador. Tá, ok, ele é um playboy conquistador, mas ele não sacaneia as mulheres, apenas dá aquilo que elas querem, sem mentiras, sem criar falsas expectativas. “A vida é assim, sempre como uma troca, certo?” Quer dizer, a vida ERA assim.
Agora que seu pai está envolvido na venda multimilionária dos negócios da família, ele tem de mudar. Spencer precisa largar sua vida de playboy e mulherengo e parecer um empresário de sucesso, recatado, de boa família, sem um passado – ou um presente - comprometedor... pelo menos durante esse processo.
Tentando agradar o futuro comprador da rede de joalherias da família, o antiquado sr. Offerman, ele fala demais e acaba se envolvendo numa confusão. E agora a sua sócia terá que fingir ser sua noiva, até que esse contrato seja assinado. O problema é que ele nunca olhou para Charlotte dessa maneira – e talvez por isso eles sejam os melhores amigos e sócios. Nunca tinha olhado... até agora.
"Alguma coisa está acontecendo. Alguma coisa estranha, completamente desconhecida. Meu coração está falando uma língua que eu não compreendo, enquanto tenta me arrastar para Charlotte.
Era só o que faltava. Agora, em vez de lutar contra um órgão todo santo dia, vou ter de lutar contra dois." (p. 152)