Autor: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 364
Gênero: Ficção, YA, Romance
País: EUA
ISBN: 9788581636467
Classificação: ★★★★★
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Eu Te Darei O Sol é uma das melhores leituras da minha vida. Jandy Nelson escreveu uma história de cortar o coração e eu daria as estrelas para poder curar a dor desses protagonistas.
A narrativa expõe o drama de dois irmãos que se amam tanto quanto se odeiam e disputam a atenção dos pais. Gêmeos idênticos, eles sempre foram metades um do outro, mas a vida os separou e fez com que eles se perdessem de si mesmos. É como se não houvesse espaço para os dois juntos, mas só houvesse vazio quando estão separados.
Bullying, sexualidade, morte, rebeldia, arte, perdão, culpa, fé, felicidade e amor são apenas alguns dos temas que permeiam a obra de Jandy Nelson. Um livro complexo e repleto de metáforas, Eu Te Darei O Sol conta não só a jornada desses dois adolescentes tão parecidos quanto diferentes, mas também a de tantos outros jovens que sofrem por não se encontrarem em si mesmos.
É difícil escrever sobre um livro que mexeu comigo de forma tão intensa. Talvez minhas mãos pudessem expressar com mais precisão do que as palavras o sentimento que veio com essa leitura. Uma verdadeira obra-prima, esse young adult vai partir seu coração como que para dar vida a uma dolorosa escultura em pedra. E a arte final é única, sensível, brilhante como o sol.
"Eu a encontro e a encontro e a encontro, mas não consigo realmente encontrá-la." (p. 257)
Sinopse: Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.
Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém. Contado em perspectivas e tempos diferentes, EU TE DAREI O SOL é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.
"Platão falou sobre coisas que existiam e que tinham quatro pernas, quatro braços e duas cabeças. Eram coisas únicas, estáticas e poderosas. Poderosas demais, então Zeus as cortou pela metade e espalhou as metades pelo mundo, para que os humanos estivessem para sempre fadados a procurar suas metade, a metade com a qual compartilham a própria alma. Somente os humanos mais sortudos encontram suas metades, sabe?" (p. 338)