Autor: Carol Townend
Editora: Harlequin
Páginas: 256
Gênero: Romance de Época
País: Reino Unido
ISBN: 9788539825592
Classificação: ★★★☆☆
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Um romance de época medieval, Os Segredos dos Olhos de Lady Clare me conquistou por fugir da tão conhecida era vitoriana que serve de inspiração para a maior parte dos livros do gênero. Carol Townend escreve sobre um período histórico que merece destaque enquanto nos encanta com um romance arrebatador.
Narrando a história de uma misteriosa jovem de olhos peculiares, o romance nos transporta para o século XII. Os olhos - um azul e outro verde - da garota despertam o interesse de um cavaleiro, não só por sua beleza e excentricidade, mas também por sua semelhança com os de um nobre conde que vive recluso. Decidido a desvendar o mistério dessa coincidência, Sir. Arthur se encarrega de levá-la até as terras distantes onde mora o homem, afinal, a jovem pode ser uma filha ilegítima perdida.
Durante a viagem, Arthur e Clare se aproximam e desenvolvem uma amizade, o que ele não imagina é que os belos e incomuns olhos dela escondem segredos dolorosos do seu passado. Teimosos e obstinados, os dois têm muito em comum e compartilham um desprezo absoluto pelo casamento. Em tempos em que os títulos e a ascendência importavam mais que o amor, a união matrimonial não representava muito mais que uma conveniência.
Falando de coragem, redenção e autoconhecimento, Os Segredos dos Olhos de Lady Clare é especial e tão único quanto os olhos de sua protagonista. Como que em dois tons diferentes, Carol Townend nos traz duas fortes mensagens que não se opõem, pelo contrário, são lindas: amor e liberdade.
"Não tinha propósito algum imaginar sir Arthur Ferrer como seu amante... mas desejava provar o beijo dele.
Impossível! Nunca ansiara por nada assim. De homem nenhum." (p. 76)
Sinopse: Enquanto investiga a causa do aumento de bandidos em Troyes, sir Arthur Ferrer encontra a misteriosa Clare, uma possível filha ilegítima do conde de Fontaine, da Bretanha. Ele então percebe que ela pode ser a chave para a sua própria salvação. A honra exige que Arthur a leve até o pai para que possa ser reconhecida, mas o desejo prefere que ela fique em seus braços.
"Clare estava ciente de que vivia em um mundo regido pelos homens. Entretanto, naquela noite a escolha seria dela. Queria ficar com Arthur. Os sentimentos que ele plantara em seu coração eram incomparáveis a qualquer coisa que já tivesse vivido ou experimentado." (p. 112)