Autor: Christine Bryden
Editora: Seoman
Páginas: 288
Gênero: Autobiografia
País: Austrália
ISBN: 9788555030611
Classificação: ★★★☆☆
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Um livro de memórias, Antes Que Eu Me Esqueça traz a incrível autobiografia de Christine Bryden. Sobrevivente de um diagnóstico de demência precoce, a autora enfrenta as consequências do devastador Alzheimer e se agarra às suas lembranças de sua vida para seguir em frente.
Desafiando as previsões de avanço da doença que estipulavam no máximo sete anos de sobrevida, Bryden já convive com seu diagnóstico há vinte anos e guarda parte de suas memórias - este livro é uma prova disso. Em um ritmo mais lento que o normal para pessoas afetadas por demência, ela faz o possível para ter uma vida parecida com a que levava antes e fortificar as conexões que seu cérebro insiste em romper.
Recordando de seu passado com um marido abusivo, as dificuldades para sustentar as filhas depois do divórcio, a busca espiritual, as incansáveis consultas médicas e seu recomeço como um diagnóstico de incapacidade mental, temos um vislumbre do que a autora enfrentou e minha admiração por ela só cresceu.
Inspirador, Antes Que Eu Me Esqueça mostra a batalha diária de uma mulher contra sua própria mente e Christine Bryden se recusa a perder a única coisa que conquistou em toda sua vida. Mesmo com frequentes lapsos de memória, dificuldade de raciocínio e problemas de concentração, ela continua exercendo suas funções normais e não desanima diante dos obstáculos. Ah, antes que eu me esqueça, construa boas memórias e apegue-se a elas, independente do que aconteça.
"Eu finjo todos os dias ser uma pessoa normal. Todo dia é uma luta para mim e, às vezes, vou para a cama. Algumas vezes por quatro horas, outras por alguns dias, apenas pela exaustão causada por uma viagem, ou por sorrir, falar, pensar e responder." (p. 9)
Sinopse: Quando tinha apenas 46 anos de idade, Christine Bryden – bioquímica, consultora do primeiro-ministro australiano na área de ciências e mãe de três filhas – foi diagnosticada com demência de início precoce, disfunção mental que abrange uma gama de doenças, entre elas o Alzheimer. Os médicos lhe disseram para deixar sua vida em ordem, pois, em breve, ela não conseguiria mais fazer isso.
Vinte anos depois, ela ainda trabalha com afinco para reconectar seu cérebro – que já foi seu grande trunfo e hoje é seu grande desafio –, mesmo quando ele perde a sua função. De forma corajosa e inspiradora, Christine relata suas sensações e desafios diários, deixando um legado para as pessoas que sofrem de Alzheimer e para aqueles que se preocupam com elas.
"Mas todos os dias eu luto para sobreviver com demência, tentando com toda a energia que me restou criar novas conexões cerebrais quase com a mesma rapidez com que meu cérebro está se tornando doente e disfuncional." (p. 14)