abril 22, 2018

[Livros] Uma Proposta E Nada Mais - Mary Balogh (Clube dos Sobreviventes #1)

Título Original: The Proposal
Autor: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Páginas: 272
Gênero: Romance de Época
País: Canadá
ISBN: 9788580418170
Classificação: ★★★
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Primeiro livro da série Clube dos Sobreviventes, Uma Proposta E Nada Mais é um daqueles romances de época encantadores que nos fazem acreditar no amor que está guardado para nós. Clichê como o gênero pede, o livro de Mary Balogh promete suspiros, risadas e protagonistas adoráveis.

A autora nos presenteia com duas histórias de sobrevivência, uma após a guerra e a outra após a morte de um ente querido. Tanto Hugo quando Gwendoline lutam contra seus próprios fantasmas e a culpa pelo que fizeram no passado os impede de seguir em frente. Juntos, eles irão se levantar e perceber que sobreviver é mais do que continuar vivendo, é ter coragem de recomeçar a vida.

A teimosia de seus personagens - marca registrada desse tipo de romance - proporciona aos leitores momentos divertidos e situações surreais. Mesmo cientes de seus sentimentos, os dois protagonistas se mantém firmes em suas posições e lutam contra a atração evidente que surge entre eles. Se por um lado eles parecem perder muito tempo evitando o relacionamento, por outro, é notável que eles precisam resolver seus próprios conflitos antes de se entregarem ao amor.

Hugo Emes, lorde Trentham é um sobrevivente de guerra e seus feitos no exército lhe renderam um título de reconhecimento. No entanto, o peso por tudo o que viveu quase o destruiu e um clube de amigos - também sobreviventes de guerra - o ajudou a seguir em frente. Por coincidência do destino, durante o encontro anual com esse grupo de apoio, ele decide partir em busca de uma noiva e "esbarra" em uma encantadora viúva aristocrata. As diferenças sociais entre os dois são um grande impedimento, principalmente porque Hugo sente que não se encaixa no mundo de Gwen. 

Tudo o que os difere, no entanto, não é o bastante para diminuir o que sentem um pelo outro e se eles enfrentaram tantas coisas na vida, barreiras sociais não precisam ser intransponíveis. A narrativa deliciosa de Mary Balogh nos ensina que o amor é uma proposta que só os mais corajosos aceitam e apenas os mais sortudos a ele sobrevivem.

"- Acho que o mar nos lembra do pouco controle que temos sobre a vida, por mais que tentemos planejar e organizar tudo com cuidado. Tudo muda da forma mais inesperada e tudo é assustadoramente imenso. Somos pequenos demais.
- O que pode ser até reconfortante às vezes - comentou ele. - Quando ficamos com raiva de nós mesmos por haver perdido o controle, somos lembrados de que nunca teremos controle total, de que tudo o que a vida nos pede é que lidemos da melhor forma possível com o que está nas nossas mãos." (p. 76)

Sinopse: Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela.

Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa.

Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.

"- Já carrega muitas culpas sem ter que assombrar a alma com as minhas. Precisamos de alguém que nos liberte de tanto peso.
- Ninguém é capaz de fazer tal coisa - ressaltou ele. - Nunca se case motivada por essa esperança. Ela será destruída antes que se passe uma quinzena." (p. 180)

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