junho 27, 2014

[Livros] Aura Negra - Richelle Mead (Academia de Vampiros #2)

Título Original: Frostbite
Autor: Richelle Mead
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 304
Gênero: Romance, Ficção, Sobrenatural
País: EUA
ISBN: 9788520923993
Classificação★★★★★
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Agora é oficial. Tá, já era oficial, agora é ainda mais. Eu estou viciada em Academia de Vampiros. Depois de um primeiro livro ótimo, entrei de cabeça no segundo volume da saga e gostei ainda mais. Richelle Mead sabe o que está fazendo e nesse volume cheio de reviravoltas seu coração será arremessado na parede pelo menos umas vinte vezes. Não há forma de largar o livro até chegar no capítulo final. É daquelas histórias que te fazem esquecer da hora, do restante do mundo. Todo o universo de A.V. é um mundo à parte que envolve o leitor e cria laços, literalmente.  

Eu ri, chorei, gritei, quis ficar amiga da autora, quis também matá-la. Richelle faz isso com os leitores, seus livros são uma montanha-russa emocional e com uma narrativa brilhante em primeira pessoa, é como se você fizesse mesmo parte da história. Rose já é uma das minhas personalidades, talvez meu alter ego. Me divirto demais com ela, é madura e ao mesmo tempo infantil, meiga e ao mesmo tempo sarcástica. E claro, já shippo demais Rose/Dimitri. Quem já leu os próximos volumes, nem me conte se ela não acabar com ele. Aliás, se você ainda não leu o primeiro volume da série, nem continue lendo essa resenha. Os spoilers do final do primeiro livro começam aqui.

Bom, em Aura Negra nós ficamos sabendo dos eventos que sucederam a morte de Natalie. Lissa, que agora toma remédios controlados para controlar sua depressão ainda busca entender seu dom e descobre que não é a única com o dom do espírito. Outras pessoas, antes dela já tiveram esse estranho poder. Poucas delas ainda vivem, quanto mais Lissa usar seu dom, mais fraca e louca ela fica. Mas como um poder de cura pode causar tanto mal em quem o maneja? Enquanto isso, os efeitos do laço mantêm as amigas conectadas, literalmente. E Rose, que foi beijada pelas sombras agora já domina melhor suas emoções e impulsos.

Os Moroi estão aterrorizados pois começam a acontecer alguns misteriosos ataques Strigoi. Aparentemente os Strigoi agora andam em bandos e caçam o que tiver pela frente, Moroi, humanos e dampiros. Muito sangue é derramado, mas o Conselho Real ainda não quer permitir atitudes mais drásticas. Então vemos que cada pequena decisão pode culminar em acontecimentos trágicos no futuro.

Rose continua dividida entre Mason, o fofo, cavalheiro e apaixonado colega de classe e Dimitri, o sensual, interessante e enigmático professor. Claro, que entre ela e Dimitri as coisas são bem mais complicadas, afinal os dois serão guardiões de Lissa, e não podem por conta disso se envolver, ou numa situação de risco não conseguirão colocar a protegida acima do outro. Mason, por outro lado, é uma graça, mas não faz o coração de Rose bater mais forte. É como se faltasse alguma coisa.

Richelle vai explorar nesse livro a relação conturbada de mãe-filha Hathaway. Por ser filha de uma das melhores guardiãs, Rose mal conhece sua mãe, que optou por trabalhar e cumprir sua missão ao invés de criar sua menina. Assuntos mal resolvidos no passado das duas surgem com força e chegam a emocionar, pois a autora consegue nos fazer compreender o ponto de vista de ambas.

Lissa e Christian, o casal lindo, fofo, tudo da Escola São Vladimir continua firme e forte. Uma paixão avassaladora entre dois fortes membros das famílias reais. Toda a antipatia que eu tinha por Christian Ozera se dissipou nesse segundo volume, sim, ele continua sarcástico e petulante, mas agora se comporta bem melhor. Mia, a sempre irritante ainda é a mesma, mas com inimigos maiores para se preocupar, ela e Rose estão praticamente em trégua.

Todos os vampiros deverão se unir para enfrentar os Strigoi que ficam cada dia mais fortes e resistentes, enquanto a população Moroi e dampira só diminui. É o início da guerra e aqui pequenas sementes foram plantadas para as próximas continuações. Ansiosa é pouco. Essa série me conquistou de uma maneira que vocês não imaginam. É impossível parar de ler.

Eu também não poderia encerrar essa resenha sem falar que o filme Academia de Vampiros é péssimo. Foi, de verdade, a pior adaptação que eu já vi na vida. Com efeitos especiais toscos, uma maquiagem medonha, personagens muito diferentes do livro, atuações medíocres e diálogos forçados, essa versão cinematográfica precisa ser apagada da memória. Não é assim que eu imagino Lissa, Mia ou Dimitri. Gente, o Dimitri no filme parece o Jack Black. Sério! O filme demasiadamente cômico é como uma versão mal-feita e parodiada do livro, nem se compara. Mas Rose lembra a Rose Hathaway do livro, talvez seja a única coisa da qual eu gostei. Petulante, divertida e ousada, ela é a alma de V.A. sejam no papel, seja nas telonas.

"- Por que há tanta escuridão à sua volta?
- O quê? - perguntei, franzindo o cenho.
- Você está rodeada de escuridão. Eu nunca vi uma pessoa como você. Rodeada de sombras. Nunca teria imaginado algo assim. Agora mesmo, enquanto você está aqui de pé, as sombras crescem ao seu redor.
Olhei para baixo, minhas mãos, não vi nada de extraordinário.
- Eu fui beijada pelas sombras...
- O que isso significa?
- Eu morri uma vez. E, depois de morrer, eu voltei." (p. 139)

Sinopse: A Escola São Vladimir está em alerta após um ataque dos sanguinários Strigoi. Os Guardiões admirados por suas habilidades e seus grandes feitos, se preparam para entrar em ação. A escola envia seus alunos para um hotel de luxo e bem protegido, porém um imprevisto obriga Rose a deixar a segurança de seu lar e impedir que o pior aconteça. Apenas quando a vida de seus amigos está por um fio é que a heroína descobrirá força dentro de si.

"- Não - respondeu ele, obviamente ainda irritado. - Eu aprendi a me controlar.
Alguma coisa nessa nova afirmação me encorajou.
- Não - informei a ele. - Não aprendeu. Você faz cara de bonzinho e, na maior parte das vezes, realmente mantém o controle. Mas às vezes você não consegue. (...)
(...) Eu sabia que isso era errado. Conhecia todos os motivos lógico pelos quais nós devíamos no manter afastados. Mas naquele momento eu não estava me importando. Eu não queria me controlar. Não queria ser boazinha.
Antes que ele se desse conta do que estava acontecendo, eu o beijei. Nossos lábios se encontraram, e quando eu senti que ele retribuiu o meu beijo, vi que estava certa." 
(p. 102)

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