Título Original: Looking For Alaska
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 272
Gênero: Ficção, Young Adult
País: EUA
ISBN: 9788580575996
ISBN: 9788580575996
Classificação: ★★★★★
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Tudo na vida é um grande talvez, não há absolutos. Talvez esse seja um dos livros mais geniais de John Green e talvez ele tenha me afetado como nenhum outro conseguiu. Quem é você, Alaska? fala sobre a incerteza, o grande salto no escuro ao qual estamos todos destinados. O autor nos mostra, mais uma vez, que a grande pergunta não tem resposta e que a saída do labirinto é mesmo difícil de encontrar.
Nesse, como nos outros livros de John, conhecemos personagens hilários, palpáveis e que poderiam, talvez, ser representações de nós mesmos. Green escreve sobre a fase mais intensa da vida humana: a adolescência, e cria nesse cenário uma história comum, mas que nem por isso é menos significativa.
Miles é um garoto que não tinha amigos. Rejeitado em sua escola antiga, ele decide que em Culver Creek as coisas serão diferentes. Ele quer encontrar algum significado, alguma resposta e talvez, até fazer alguns amigos. Em busca do que ele chama de ‘O grande talvez’, ele parte nessa jornada, deixando os pais e indo, voluntariamente, para o colégio interno.
Lá, Miles por ser muito magro é apelidado de Gordo. Ele faz o seu primeiro amigo de verdade e conhece a garota mais bonita do universo. O problema é que a garota é Alaska, uma verdadeira incógnita. Brincalhona, sincera e ao mesmo tempo, tão misteriosa. Ela não deixa ninguém se aproximar demais. Além disso, ela tem namorado. Para Gordo, não tem problema, a amizade de Alaska basta, por enquanto.
Coronel é seu primeiro amigo e ele mostra a Miles o sentido de confiar em alguém. O trio e mais alguns personagens fantásticos de John Green vão arranjar bastante encrenca quando um grupo de alunos riquinhos começa a implicar com eles. As divertidas armações, trotes e escapadas para beber, fumar e provocar o zelador garantem muitas gargalhadas dos leitores.
O foco da história é Alaska e sua personalidade forte. Seu humor oscilante, sua alma brincalhona, sua inteligência, seus misteriosos olhos verdes e sua lealdade para com os amigos. Porém, Alaska também tem suas inseguranças e seus próprios problemas, diversas vezes ela se sente perdida e sozinha, tentando encontrar a saída do labirinto. A garota mais intensa que Miles já conheceu vai fazer com que ele encontre seu ‘Grande Talvez’ e, talvez, ela mude a história dele para sempre.
Outro livro incrível de John Green que vai fazer você se questionar, chorar, sorrir e como diz Markus Zusak, “querer mais”. Personagens apaixonantes e uma narrativa brilhante são a fórmula secreta do autor para encantar mais uma vez os leitores. Alaska Young assim como Margo Roth (de Cidades de Papel) é uma personagem que vai fazer a diferença e se destacar por ser encantadoramente brilhante e por fim, talvez você se sinta um pouco como ela.
“François Rabelais. Era poeta. Suas últimas palavras foram: ‘Saio em busca de um Grande Talvez.’ É por isso que estou indo embora. Para não ter de esperar a morte para procurar o Grande Talvez.” (p. 5)
Sinopse: Miles Halter leva uma vida sem graça e sem muitas emoções na Flórida. O garoto tem um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história, e uma dessas personalidades, François Rabelais, um escritor do século XV, disse no leito de morte que ia em busca de um Grande Talvez. Para não ter que esperar o próprio fim para encontrar seu Grande Talvez, Miles decide fazer as malas e partir. Ele vai para um internato no ensolarado Alabama, onde conhece Alasca Young. Ela tem em seu livro preferido, O general em seu labirinto, de Gabriel García Márquez, a pergunta para a qual busca incessantemente uma resposta: Como vou sair desse labirinto? Miles se apaixona por Alasca, mesmo sem entendê-la, e o impacto da garota em sua vida é indelével.
“Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltamos para o meu quarto e desabei no boliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela, um furacão.” (p. 91)
Fonte:EditoraIntrínseca|Skoob