Autor: Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Gênero: Ficção, Romance, Chick Lit, YA
País: Brasil
ISBN: 9788581631554
Classificação: ★★★☆☆
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Eu gostei do livro e da história, Marina nos surpreende com a riqueza de detalhes, nos fazendo sentir como a protagonista, encantada com a mudança da vida pacata e humilde em Belo Horizonte, para a fama, esplendor e glamour de uma princesa europeia.
Ana descobre que seu pai, (que ela achava que tinha abandonado sua mãe na adolescência) na verdade não sabia da sua existência, e ele passa a querer conhece-la melhor, iniciar uma relação pai e filha, o único problema é que seu pai é o rei da Krósvia, um pequeno país europeu. As descobertas recentes vão mexer com a jovem e virar seu mundo de cabeça pra baixo. Decidida a conhecer suas origens europeias, Ana vai passar alguns meses em Krósvia e lá conhece pessoas fantásticas, um pai que ela nunca havia sonhado ter, uma vida luxuosa, porém sem privacidade alguma e ainda tem a saudade da mãe, da melhor amiga, do namorado. É engraçado ver como a autora explora a vida de Ana do anonimato até a fuga frenética dos paparazzi, me diverti lendo o livro, é uma leitura leve e terminei ele em dois dias sem dificuldade.
Além do fato da nova vida de princesa, das aparições públicas, da mídia interessada em sua vida pessoal, ela também conhece o enteado de seu pai, pelo qual ela nutre uma relação de amor e ódio, sofrendo com as constantes mudanças de humor do rapaz, que às vezes parece interessado nela, outras não, só que ele tem namorada, uma megera chamada Laika (bitch). Esse relacionamento-paixonite-amor-ódio-fraternal-ou-não vai dar o que falar, e é a melhor parte do livro todo!
O único problema pra mim foram duas coisas recorrentes nos nacionais e que me incomodam demais, a primeira foi uma troca de emails entre Ana e sua melhor amiga ou seu namorado, não me lembro bem, cheia de abreviações do tipo 'naum', 'eh', 'XD'. Eu sei que a proposta do livro é YA, mas acho que isso não cria uma identificação maior com o público jovem, pelo contrário, parece forçado e desnecessário, achei feio no livro e me incomodou bastante. Outra coisa que me frustrou um pouco mais foi o fato da autora citar programas de tv, como Fantástico, Mais Você e afins... Além de ser uma propaganda gratuita para a Rede Globo me pareceu forçado e ao invés de tornar a história mais verossímil me tirou um pouco de dentro do livro. Não gosto muito de referências externas à personalidades ou programas de TV, isso é recorrente na literatura nacional, (mas deixando claro que não só nela, já li livros estrangeiros que também recorrem à esse recurso, eu não gosto e fez o livro perder pontos comigo). Mas como a história é boa e me manteve interessada do começo ao fim. Gostei muito do livro e bem vinda Marina ao mundo literário, agora como autora. Recomendo e agora também quero ser uma princesa, como eu faço, Marina?
"Falar de saudade era tão ruim quanto sentir. Mas pior ainda era sentir saudade de alguém que provavelmente não retribuiria esse sentimento. Portanto, quando a falta de Alexander apertasse de meu lado do Atlântico, seria a saudade mais solitária do planeta."
Sinopse: Foi o que aconteceu com Ana. Pega de surpresa pela informação de sua origem real, Ana agora vai ter que decidir entre ficar no Brasil ou mudar-se para Krósvia e viver em um país distante tendo como companhia somente o pai, os criados e o insuportável Alex.
Mudar-se para Krósvia pode ser tentador — deve ser ótimo viver em um lugar como aquele e, quem sabe, vir a tornar-se rainha —, mas ela sabe que não pode contar com o pai o tempo todo, afinal ele é um rei bastante ocupado. E sabe também que Alex, o rapaz que é praticamente seu tutor em Krósvia, não fará nenhuma gentileza para que ela se sinta melhor naquele país estrangeiro.
A não ser... A não ser que Alex não seja esta pessoa tão irascível e que príncipes encantados existam. Simplesmente Ana é assim: um livro divertido, capaz de nos fazer sonhar, mas que — ao mesmo tempo — nos lembra das provas que temos que passar para chegar à vida adulta.
"Senti lágrimas formando-se em meus olhos, mas eu não choraria. Por mim, por meu pai, por tudo, ficaria firme até o fim.
- É lindo - murmurei. E o abracei em seguida. - Obrigada por tudo. Vou fazer o meu melhor. Prometo papai.
E essa foi a primeira vez que chamei Andrej de pai. Deliberadamente."