Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Gênero: Romance, Ficção
País: Reino Unido
ISBN: 9788580573299
Classificação: ★★★★★
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Como Eu Era Antes de Você definitivamente entrou na minha lista de favoritos. Eu já tinha ouvido falar muito sobre ele e inclusive, comprei-o por dica da minha amiga Vanessa, do blog Paraíso em Papel. Ela me disse que eu ia gostar e que o livro era comovente e sensível. Não deu outra, de fato, é o meu tipo de livro.
Eu esperava uma história de amor, mas encontrei algo mais profundo. Uma história de amor, coragem, obstinação. E que mostra como algumas coisas na nossa vida são irreversíveis, e portanto, devemos aproveitar nosso tempo como se ele fosse acabar a qualquer momento. Porque um dia vai.
Jojo construiu uma trama diferente dos dramas que estou acostumada a ler, seus personagens, palpáveis de tão reais, poderiam ser alguém que você conhece. Não há nada de fantasioso nesse livro, tudo o que você vai encontrar é uma história que poderia ser verdade. O livro pode não agradar um tipo específico, os religiosos (fanáticos ou não), por conta do envolvimento com a questão 'suicídio' ou a 'eutanásia'.
Moyes aborda o tema com maestria, nos apresentando Will, um ex-esportista, um rapaz que um dia foi esquiador, mergulhador, empresário, que teve uma vida perfeita, até que um dia sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Will não consegue se conformar com isso, não aceita sua condição, sente dores, não tem possibilidade de cura e nem esperanças. Ele então, decide que quer morrer.
Enquanto isso, uma moça perde seu emprego e vê a vida dos seus sonhos, desmoronar. Ela que nunca quis muito, sempre sonhou em morar numa cidade pequena, com um emprego simples, casar, ter filhos, agora está desesperada. É quando lhe oferecem um emprego de cuidadora. É uma família rica, com um filho de trinta anos tetraplégico.
Will é uma pessoa difícil, ele já era assim antes do acidente e só piorou. Ele tem um humor ácido e faz o que pode para demonstrar sua amargura, seu sarcasmo e sua raiva com a vida. Com um diagnóstico desanimador de estagnação e certeza de que não há cura ele se torna obstinado a morrer, Will pede ajuda aos pais e eles lhe imploram um prazo para tentar fazê-lo mudar de ideia. O acordo era segredo, mas Lou acaba descobrindo e decide que esta será sua meta de vida. Salvar Will, fazê-lo mudar de ideia.
O livro é magnífico e eu me envolvi tanto com a história que já estou preparada para um bom tempo de ressaca literária. Will e Lou vão ficar pra sempre na minha memória. E a genial Jojo Moyes conquistou minha admiração, com passagens que me fizeram chorar litros e outras, que me fizeram gargalhar pra valer. Recomendo aos que são manteigas derretidas como eu, que gostam de um bom romance, de um bom drama e de uma boa história de amor.
"Olhei bem para o calendário, com a caneta na mão. Aquele pequeno pedaço de papel brilhoso passou a significar, de repente, uma grande responsabilidade.
Eu dispunha de cento e dezessete dias para convencer Will Traynor de que ele tinha motivos para viver." (p.125)
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
"- Espere um instante. Só um minuto.
- Está se sentindo bem? - Olhei para a cadeira dele, com medo de estar esmagado ou preso em alguma parte, ou de eu ter feito alguma coisa errada.
- Estou ótimo. É que...
Podia ver o colarinho claro da camisa em contraste com o terno escuro.
- Não quero entrar agora. Quero ficar sentado aqui e pensar que... - Engoliu em seco.
Mesmo no escuro, pareceu fazer esforço.
- Quero... ser apenas um homem que foi a um concerto com uma garota de vestido vermelho. Só por mais alguns minutos." (p.149)
Fonte:EditoraIntrínseca|Skoob
