Autor: Cherie Priest
Editora: Gutenberg
Páginas: 272
Gênero: Ficção, YA, HQ
Gênero: Ficção, YA, HQ
País: EUA
ISBN: 9788582353257
Classificação: ★★★★★
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Em um livro inteligente que mistura ficção e fantasia, Cherie Priest construiu uma incrível história sobre amizade e esperança. A narrativa combinada à uma história em quadrinhos fez de Ela Está Em Todo Lugar uma leitura singular e que resultou em uma bela parceria entre narrativa e ilustração.
Com duas jovens protagonistas corajosas, Ela Está Em Todo Lugar transforma garotas comuns em super-heroínas, literalmente. É um livro mais indicado para o público jovem, mas pode ser lido por pessoas de qualquer idade sem problemas. A trama envolve easter eggs da internet, referências ao mundo real e altas doses de cultura geek que fazem com que os jovens se identifiquem e, mais do que isso, se envolvam na história, procurando a Princess X no mundo real.
Duas garotas completamente diferentes, May e Libby se tornam melhores amigas por acaso. Juntas, elas criaram uma super-heroína chamada Princess X e escreveram, durante anos, histórias para sua protagonista. Enquanto uma criava o roteiro, a outra desenhava a história em quadrinhos. Era assim na vida, elas se complementavam. Até o dia em que foram separadas pela morte.
Libby e sua mãe sofreram um trágico acidente de carro e morreram. Com Libby, morreu uma melhor amiga, uma filha, uma desenhista, uma companheira, e também a uma princesa superpoderosa. May nunca superou a perda da amiga, mas seguiu em frente, viu seus pais se divorciarem e se mudou para longe da cidade que lhe trouxe tanta dor.
Por muito tempo, May sonhou com ela. No sonho, Libby pedia socorro, mas ninguém conseguia ajudá-la, nem mesmo sua melhor amiga. As lembranças foram ficando mais fracas, mas o sentimento nunca desapareceu, May continuava perdendo Libby.
Anos depois do falecimento de Libby, May começa a encontrar estranhos adesivos sobre uma princesa muito parecida com a que elas duas criaram. Ninguém mais conhecia a história, todos os arquivos se perderam. Os adesivos levam a um website - e aqui começam as referências no mundo real -, onde alguém posta a história em quadrinhos da Princess X semanalmente. A super-heroína é muito famosa, mas ninguém jamais descobriu quem escreve e desenha a webcomic. Ninguém imagina, exceto May que sabe que somente uma pessoa poderia estar por trás disso - a própria Libby.
Em um clima investigativo e com algumas informações para os leitores procurarem na internet junto com May, Ela Está Em Todo Lugar é um livro que envolve e cativa. Links, sites, dropbox, fóruns, muito do que é citado na narrativa pode ser encontrado na rede e essa interação é algo muito novo e interessante. Cherri Priest criou um mistério complexo que todos vão tentar solucionar. Misturar o mundo cibernético com o literário foi uma grande jogada e deu muito certo.
Contando com a ajuda de Trick - um jovem hacker, May vai seguir pistas que podem revelar mais sobre a morte de sua melhor amiga. A história em quadrinhos - uma história dentro da história - está diretamente conectada à trama e cada detalhe é essencial para o final incrível que Priest reservou para a Princess X. Poucas vezes um livro me deixou tão tensa, o mistério que a princesa esconde vai além das páginas dos livros ou da rede mundial de computadores. A obra de Cherie Priest é tão única quanto sua Princess X - corajosa, inovadora e superpoderosa.
"Mas claro que Libby não chegou a crescer. Em vez disso, ela morreu na Baía do Salmão. Supostamente." (p. 18)
Sinopse: May e Libby criaram a PRINCESS X no dia em que se conheceram, e desde então tornaram-se inseparáveis. Através da personagem, as garotas mataram todos os dragões e escalaram todas as montanhas que foram capazes de imaginar. Até Libby e sua mãe morrerem em um acidente de carro. Três anos depois, May começa a ver imagens da PRINCESS X em adesivos e pôsteres por toda a cidade. Isso só pode significar uma coisa: Libby está viva. E May não vai parar enquanto não encontrá-la.
"(...) Ela não tinha dúvidas.
Tinha certeza de que Libby estava viva e de que ela estava tentando chamar a atenção de May para alguma coisa: pedindo para ser resgatada ou para alguém ir libertá-la. Só que May se sentia a quilômetros de distância de saber como. Ou até anos-luz. Mais longe ainda do que se Libby estivesse morta de verdade.
Quando Libby estava morta, pelo menos May sabia onde encontrá-la." (p. 101)
Fonte:EditoraGutenberg|Skoob
