novembro 05, 2014

[Livros] Onde Deixarei Meu Coração - Sarra Manning

Título Original: Nobody's Girl
Autor: Sarra Manning
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Gênero: Ficção, Romance
País: Reino Unido
ISBN: 9788501095169
Classificação★★★★☆
_______________

Encantada. Assim eu fiquei ao terminar de ler mais um livro da Sarra Manning. A autora, que já havia me conquistado com o livro "Os Adoráveis" no ano passado, traz mais um young adult fofo. Cheio de momentos girlie, é leitura indicada para as românticas e sonhadoras de plantão. Onde Deixarei Meu Coração fará com que os leitores se apaixonem por Paris (mais ainda, se for possível).

Com uma narrativa leve e cotidiana, Sarra nos apresenta Bea, uma garota careta que leva uma vida tediosamente comum. Ela é a típica adolescente britânica certinha e que nunca sai da linha. Diversas vezes no decorrer da narrativa, me identifiquei com a protagonista, ela passa pelos mesmos dramas que eu passava na minha adolescência. Não poder sair, não ter amigos, ser certinha demais, careta demais e nada interessante. 

Porém, algo estranho acontece e Ruby, a srta. perfeição, a convida para fazer parte do grupo das meninas descoladas e populares da escola. Bea se sente deslocada entre as meninas incrivelmente bonitas que bebem e ficam com vários garotos, mas nunca rejeitaria uma oportunidade dessas. Aos poucos ela percebe que as meninas querem transformá-la em outra pessoa e nunca a aceitarão como ela é.

Quando Bea descobre isso, ela já está numa viagem sozinha com as suas (agora) maiores bitch inimigas ever pela Espanha. Ruby é especialmente má, assim como as outras meninas e fazem de tudo para arruinar as férias da pobre garota. Como alguém sensata que nunca fez nada de errado, o mais óbvio seria que ela ligasse para a mãe e voltasse para casa. Porém, Bea percebe que cansou de ser previsível, careta e certinha. Ela decide então mudar seu itinerário e ir para Paris, a cidade que sempre sonhou conhecer e onde seu pai mora.

O pai é um desconhecido, a única coisa que Bea sabe sobre ele é que ele é francês. Numa jornada sem pistas, a garota vai procurar por muitas coisas além do pai. Felicidade, maturidade e um sentido para a vida. Essa é uma história sobre recomeços, descobertas e amadurecimento. A menina conhece um grupo de jovens que estão mochilando pela Europa e que passam a ser seus companheiros de viagem. A amizade passa a ter um significado real e nessas férias, Bea vai aprender muito sobre si mesma, sobre o amor e sobre a vida.

Dentre os jovens do grupo, um em especial é encantador. Toph, o garoto americano. Com toques de humor e com toda a fofura típica da autora, é uma leitura mais que agradável, que faz suspirar. Os cenários parisienses e europeus em geral, são muito bem descritos e eu marquei várias das sugestões turísticas que a autora nos dá no decorrer da narrativa. Toda a magia e o romantismo estão impregnados na história da cidade e por consequência, nas páginas desse livro. Sem dúvida seu coração ficará em Paris.

"Não quero beijar garotos estranhos em quartos estranhos - discursei. - Eu quero romance. Quero ser louca por um garoto e que ele seja louco por mim também, assim, mesmo que a gente acabe cometendo um erro, ele não me abandone num piscar de olhos. Mas romance parece estar tão fora de moda quanto usar vestidos da Primark." (p. 48)

Sinopse: Simples, careta e sem graça. É assim que Bea se vê. Então quando a super descolada Ruby e seu bando de populares passam a se interessar por sua opinião, isso só pode ser uma pegadinha. Certo? Pelo menos é assim que sempre acontece nos filmes... Mas o convite para passarem as férias em Málaga parece pra valer. E com um bônus: Bea pode se afastar da mãe irritante e controladora. No entanto, depois de apenas 48 horas na Espanha, Bea se flagra mudando o itinerário. A menina decide visitar Paris para encontrar o pai que nunca conheceu. Afinal, a cidade luz pode emprestar um pouco de clareza a um período nebuloso de sua vida familiar. No caminho, ela conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa. Enquanto procuram pelo pai dela nos cafés e boulevards de Paris, ela perde a cabeça em vez disso. Será que Bea é a garota de Toph ou a boa menina que sua mãe espera que ela seja? Ou será esse o verão mágico em que Bea finalmente torna-se dona do próprio nariz?

"Foi como se tivesse acordado de um sono profundo e eu vi o mundo de uma nova maneira. Que eu não precisava mais sonhar porque a vida que estava vivendo era melhor que qualquer coisa que pudesse inventar. E essa vida tinha você nela, Toph." (p. 314)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...